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PCBs

A História- breve -da Monsanto

4 de julho de 2018 por Luiz Jacques

“A Corporação Mais Maligna do Mundo”: Monsanto! Sua história nos mostra.

 

http://www.globalresearch.ca/the-complete-history-of-monsanto-the-worlds-most-evil-corporation/5387964

 

 

By E Hanzai
Global Research, March 02, 2018
Waking Times 22 June 2014

Primeiramente foi publicado pelo website Waking Times, em maio de 2014, e agora postado por outro, Global Research, este artigo oferece um ponto de vista histórico da Monsanto. Isso passa a ter particular relevância fase a fusão dela com a corporação alemã Bayer, aprovada nos EUA, em abril deste ano de 2018.


De todas os mega-corporações -globais- vorazes e avassaladoras, a Monsanto (Monsanto) tem consistentemente superado suas rivais. Conquista a coroa como “a mais maligna corporação da Terra!”. Não contente em simplesmente descansar em seu trono de destruição, ela continua focada, em maneiras mais inovadoras e cientificamente avançadas, de como prejudicar tanto o planeta como seus habitantes (nt.: ressaltamos que são todos, porque vão muito além dos que teriam racionalidade, alcançando aqueles que são profundamente indefesos frente a elas).


1901: A companhia foi fundada por John Francis Queeny, membro da instituição Knights of Malta (nt.: organização cristã católica que foi criada ainda na idade média, sob a égide das cruzadas), um veterano farmacêutico de trinta anos casado com Olga Mendez Monsanto, para o qual a Monsanto Chemical Works é nomeada. O primeiro produto da empresa é a sacarina química, vendida à Coca-Cola como adoçante artificial.

 

Monsanto Toxiclove

Mesmo o governo sabendo que a sacarina era venenosa e acionado para interromper sua fabricação, perde no tribunal abrindo-se então a Caixa de Pandora da Monsanto (Monsanto Pandora’s Box) que  parte então para iniciar o envenenamento do mundo através de um refrigerante.

1920s: A Monsanto se expande em produtos químicos industriais e medicamentos, tornando-se o maior fabricante de aspirina do mundo, do ácido acetilsalicílico/AAS, (tóxico, é claro). Este também é o momento em que as coisas vão horrivelmente errado para o planeta com pressa, com a introdução de seus bifenilos policlorados/PCBs (nt.: este produto tem o nome no Brasil de Ascarel, o nome comercial do produto da Monsanto é Aroclor, óleo usado em transformadores elétricos para impedir descargas elétricas nestes equipamentos. Produtos proibidos no Brasil e em todo o mundo e que vazou na Ilha de Florianópolis, em dezembro de 2012).

“Os PCBs foram considerados uma maravilha da química industrial, um óleo que não queimava, insensível à degradação e tinha aplicações quase ilimitadas. Hoje, os PCBs são considerados uma das ameaças químicas mais graves no planeta. Amplamente utilizados como lubrificantes, fluidos hidráulicos, óleos de corte, revestimentos impermeáveis e selantes líquidos, são potentes carcinógenos e têm sido relacionados a desfunções dos sistemas reprodutivo, imunológico e afetando o desenvolvimento dos seres. O centro mundial de fabricação de PCBs era a fábrica da Monsanto nos arredores da cidade do estado de Illinois, East St. Louis, que tem a maior taxa de mortes fetais e nascimentos prematuros no estado.”(1)

Embora os PCBs tenham sido finalmente banidos depois de 50 anos causando tal devastação, eles continuam ainda presentes no sangue e células dos tecidos de praticamente todos os animais e os seres humanos em todo o planeta. Documentos levados aos tribunais mostraram que a Monsanto tinha completo consciência dos efeitos mortíferos deles, mas criminalmente escondeu-os do público para deixar que esta mina de ouro fosse a toda velocidade!

1930s: Cria sua semente de milho hibrido e vai se expandindo em direção a detergentes, sabonetes, produtos químicos industriais, borracha sintética e plásticos. Mas claro, todos tóxicos, evidentemente!

1940s: Começam a pesquisar o urânio para ser usado na primeira bomba atômica do Projeto Manhattan, que mais tarde seria lançada em Hiroshima e Nagasaki, matando centenas de milhares de militares japoneses, coreanos e americanos e envenenando outros milhões.

A empresa continua sua farra de matanças sem trégua, criando agrotóxicos para a agricultura contendo dioxinas letais que envenenam tanto o abastecimento de alimentos como de água. Mais tarde descobriu-se que a Monsanto não divulgou de que a dioxina era usada em uma ampla gama de seus produtos porque isso forçaria que ela reconhecesse que havia criado um inferno na Terra.

1950s: Intimamente alinhada com a The Walt Disney Company, a Monsanto cria várias atrações no Disney’s Tomorrowland (Disney’s Tomorrowland), defendendo as glórias dos produtos químicos e dos plásticos. Sua “Casa do Futuro” é construída inteiramente de plástico tóxico que não é biodegradável como eles afirmaram. O quê?, a Monsanto teve coragem de mentiu? Chocante!

“Depois de atrair um total de 20 milhões de visitantes entre 1957 e 1967, a Disney finalmente destruiu a casa, mas descobriu que ela não iria cair sem muita briga. De acordo com a revista da Monsanto, as bolas de demolição literalmente ricochetearam no material de poliéster reforçado com fibra de vidro. Tochas, martelos, motosserras e pás não funcionavam. Finalmente, cabos de aço e gargantilhas foram usados para espremer partes da casa pouco a pouco para serem levadas por caminhão.”(2)

Visão de futuro do mundo, tipo Disney, da Monsanto:

1960s: A Monsanto, juntamente com sua parceira de crimes DOW Chemical, produz a molécula da dioxina (nt.: molécula sintetizada, considerada mais venenosa jamais criada pelo homem) atrelada ao Agente Laranja (nt.: nome ficcional dado às variações do mesmo veneno só que com quantidade desta molécula maior ou menor… o agente laranja era a mais letal) para uso na invasão do Vietnam pelos EUA. Os resultados? Mais de 3 milhões de pessoas contaminadas, meio milhão de civis vietnamitas mortos, meio milhão de bebês vietnamitas (nt.: link para reportagem do jornal inglês Daly Mail online, em abril de 2014, onde mostra fotos de como ainda nascem crianças deformadas pela dioxina/agente laranja) nascidos com defeitos congênitos e milhares de veteranos militares dos EUA sofrendo ou morrendo de seus efeitos até hoje!

A Monsanto está novamente sendo levada aos tribunais já que seus documentos internos mostram que eles sabiam dos efeitos mortais da dioxina no Agente Laranja quando o venderam ao governo. Escandalosamente, porém, a Monsanto pode anteriormente se defender apresentando suas próprias “pesquisas” que concluíam que a dioxina era segura e não apresentava, de jeito nenhum, preocupações negativas quanto à saúde. Satisfeitos, os tribunais na época, comprados e pagos, ficaram ao lado da Monsanto e derrubaram as ações. Mais tarde, veio à tona de que a Monsanto havia mentido sobre as descobertas e sua pesquisa real concluiu que a dioxina mata de forma muito eficaz.

Um memorando interno, mais antigo, num julgamento de 2002, admite

“que as evidências que comprovam a persistência destes compostos e sua presença universal como resíduos no meio ambiente estão fora de questão … as pressões públicas e legais para eliminá-las para evitar a contaminação global, são inevitáveis. O assunto é uma bola de neve. Para onde vamos daqui? As alternativas são: sair do negócio; vendê-los o quanto pudermos e não fazer mais nada; tente permanecer no negócio; tem produtos alternativos.”(3)

A Monsanto associa-se com a I.G. A Farben (I.G. Farben)(nt.: junção das empresas químicas alemãs unidas por Hitler para produzir suas armas químicas. Após 1945, esta empresa desmembra-se em Agfa, Basf, Bayer e Hoerst), fabricante da aspirina da Bayer e dos produtos químicos do Terceiro Reich, produzindo gás mortal Zyklon-B (nt.: gás utilizado nas câmaras de gás dos campos de concentração), durante a Segunda Guerra Mundial. Juntas, as empresas usam seus conhecimentos coletivos para introduzirem o aspartame, outra neurotoxina extremamente letal, no suprimento de alimentos. Quando surgem dúvidas sobre a toxicidade da sacarina, a Monsanto explora essa oportunidade de introduzir mais um de seus venenos mortais em um público desavisado.

1970s: A sócia da Monsanto, G.D. Searle, produz numerosos estudos internos que afirmam que o aspartame é seguro, enquanto a própria pesquisa científica da FDA (nt.: agência norte americana que regulamenta alimentos e medicamentos) revela claramente que o aspartame causa tumores e buracos maciços nos cérebros dos ratos, antes de matá-los. A FDA inicia uma investigação profunda sobre a G.D. Searle por “conscientemente deturpar descobertas e esconder fatos materiais além de fazer declarações falsas” em relação à segurança do aspartame.

Durante esse período, a Searle estrategicamente atrai Donald Rumsfeld, proeminente figura que manipula o poder em Washington, tendo sido Secretário de Defesa tanto no governo de Gerald Ford como de George W. Bush, para se tornar seu CEO. Seu principal objetivo era de que Rumsfeld usasse sua influência política e vasta experiência no negócio de assassinatos para subornar os membros da FDA com volumosas bolas.

Poucos meses depois, Samuel Skinner (nt.: serviu como procurador geral da república no governo de Gerald Ford e esteve próximo do poder institucional) recebe “uma oferta que não pode recusar”, retira-se da investigação e renuncia ao posto no escritório de advocacia dos EUA para ir trabalhar para o escritório de advocacia da Searle. Esta táctica da máfia impede o processo apenas o tempo suficiente para que o estatuto de limitação se esgote e a investigação do grande júri seja abrupta e convenientemente abandonada.

1980s: Face a pesquisas incontestáveis que revelaram os efeitos tóxicos do aspartame, o responsável pela FDA, Dr. Jere Goyan, fica prestes a assinar uma petição para mantê-lo fora do mercado. No entanto, Donald Rumsfeld pede um favor ao presidente Ronald Reagan, no dia seguinte à sua pose. Reagan demite o não-cooperativo Goyan e nomeia o Dr. Arthur Hayes Hull para chefiar a mesma agência. Rapidamente inclina sua balança a favor da Searle e seu produto comercial ‘NutraSweet‘ é aprovado para consumo humano em produtos secos. Isso se torna tristemente irônico desde Reagan, conhecido entusiasta de jujubas e balas, que mais tarde torna-se um vitimizado do Alzheimer durante seu segundo mandato, que é um dos muitos efeitos terríveis do consumo de aspartame.

O objetivo real da Searle porém, era ter o aspartame aprovado como adoçante de refrigerantes, já que estudos exaustivos revelaram que, em temperaturas superiores a 30 ºC graus centígrados, “ele se decompõe em toxinas conhecidas como dicetopiperazinas, álcool metílico (madeira) e formaldeído.” (4 ), Tornando-se muitas vezes mais mortífero do que a sua forma em pó!

A Associação Nacional de Refrigerantes (National Soft Drink Association/NSDA) esteve inicialmente em alvoroço, temendo futuros processos de consumidores lesionados permanentemente ou mortos por beber o veneno. Quando a Searle foi capaz de mostrar que o aspartame líquido, embora incrivelmente mortal, era muito mais viciante do que o crack, a NSDA fica convencida de que o aumento vertiginoso dos lucros da venda de refrigerantes misturados ao aspartame compensaria facilmente qualquer passivo futuro. Com isso, a ganância das corporações vence e os consumidores desavisados de refrigerantes pagam com saúde prejudicada.

(Monsanto’s GMO Killer Seeds: Profits Above Human Health)

A Coca-Cola lidera a tropa mais uma vez (lembram-se da sacarina?) e começa, em 1983, a envenenar as pessoas que bebem Diet Coke com aspartame. Como esperado, as vendas disparam à medida que milhões se tornam irremediavelmente viciados inebriados pelo doce veneno servido em uma lata. O resto da indústria de refrigerantes gosta do que vê e rapidamente segue o exemplo, esquecendo-se convenientemente de suas reservas iniciais de que o aspartame é um produto químico mortal. Há dinheiro para ser feito, muito dele, e isso é tudo o que realmente importa para eles de qualquer maneira!

Em 1985, destemida pelo turbilhão de corrupção e múltiplas acusações de pesquisas fraudulentas realizadas pela Searle, a Monsanto compra a empresa e forma uma nova subsidiária do aspartame chamada NutraSweet Company. Quando multidões de cientistas e pesquisadores independentes continuam a alertar sobre os efeitos tóxicos do aspartame, a Monsanto entra na ofensiva, subornando o Instituto Nacional do Câncer (nt.: National Cancer Institute/NCI) e fornecendo seus próprios documentos fraudulentos para que o instituto alegue que o formaldeído não causa câncer e o aspartame possa permanecer o mercado.

Os efeitos conhecidos pela ingestão do aspartame são: “mania/loucura, raiva, violência, cegueira, dores nas articulações, fadiga, ganho de peso, dor torácica, coma, insônia, dormência, depressão, zumbido, fraqueza, espasmos, irritabilidade, náusea, surdez, perda de memória, erupções cutâneas, tonturas, dores de cabeça, convulsões, ansiedade, palpitações, desmaios, cãibras, diarreia, pânico, ardor na boca. As doenças desencadeadas e mimetizadas estão incluídas diabetes, esclerose múltipla, lúpus, epilepsia, Parkinson, tumores, aborto espontâneo, infertilidade, fibromialgia, morte infantil, Alzheimer … Fonte: US Food & Drug Administration/FDA (nt.: organismo importante dos EUA quanto à realidade de saúde seja pelo alimento, seja pelos medicamentos).(5)

Além disso, 80% das reclamações feitas para a FDA relacionadas a aditivos alimentares são sobre o aspartame que  agora está presente em 5 mil produtos de consumo onde estão refrigerantes ‘diet’ e ‘não diets’ além de bebidas esportivas, guloseimas como balas, chicletes, sobremesas congeladas, biscoitos, bolos, vitaminas, medicamentos, bebidas lácteas, chás instantâneas, café, iogurte, alimento infantil e muito, mas muito mais!(6) Ler bulas, rótulos, ingredientes e componentes com cuidado e atenção para que não se compre nada que possa conter alguns destes terríveis assassinos! (nt.: muito se alega que a nomenclatura é totalmente estranha e só compreensível por especialistas…. ou é dito com palavras vagas sem identificar qual molécula é aquela…. SIM, ISSO É VERDADEIRO E REAL…. por isso, não comprar se não vier em linguagem que consumidor entenda…. isso exigirá muito amor e determinação no sentido de resguardar não só a nossa saúde, mas a de todos os seres e a de nossas crianças!).

Em meio a todas as mortes e doenças, o então líder da FDA no governo de Ronald Reagan entre 80 e 83, Arthur Hull Hayes (nt.: para saber quem é e o que fez este ‘professor-médico-cientista’, ler este artigo no New York Times, de 2010, onde mostra que ele aprova o uso do aspartame além do que já existia) renuncia sob uma nuvem negra de corrupção e imediatamente é contratado pela firma de relações públicas da Searle, como consultor científico de alta experiência. Não, isso aí não é brincadeira! A Monsanto, a FDA e muitas outras agências reguladoras públicas dos EUA, tornam-se uma e a mesma! Parece que o único pré-requisito para se tornar um comissionado da FDA, era que tenha dispendido tempo profissional na Monsanto ou numa das corporações do crime organizado do cartel das indústrias farmacêuticas.

1990s: A Monsanto dispendeu milhões de dólares destruindo tanto a legislação, federal e estadual, que obstruísse seu processo de continuar descarregando dioxina, agrotóxicos e outros venenos geradores de cânceres nos sistemas de suprimento de água potável do país. Ignorando toda a realidade, a transnacional ia sendo processada, incontáveis vezes, por causar enfermidades nos funcionários de suas plantas fabris, nas populações que moram nas cercanias delas e por defeitos congênitos nos bebês.

Com seus caixões de defunto abarrotados de bilhões de dólares de lucros, os 100 milhões pagos pelos seus acordos são considerados baixos custos de fazer seus negócios e, graças à FDA, ao Congresso e à Casa Branca, os negócios permaneceram muito bem, obrigado. Tão bom que a Monsanto é processada por dar ferro radioativo a 829 mulheres grávidas para uma pesquisa para observar o que poderia acontecer a elas.

Em 1994, a FDA mais uma vez, criminosamente, aprova a mais nova monstruosidade da Monsanto, o hormônio do crescimento bovino sintético (nt.: Synthetic Bovine Growth Hormone/rBGH), produzido a partir de uma bactéria, Escherichia coli, geneticamente modificada, apesar do óbvio ultraje à comunidade científica, quanto aos seus perigos. Claro, a Monsanto afirma que o pus doentio presente no leite, cheio de antibióticos e hormônios, não é somente seguro, mas realmente bom para o consumidor!

Pior ainda, as empresas de laticínios que se recusam a usar esse leite de vaca, tóxico com pus, que por um acaso rotulam seus produtos como sendo ‘livre de rBGH‘(“rBGH-free”) são processadas pela Monsanto. Alega que isso lhes dá uma vantagem injusta sobre os concorrentes. Em essência, o que a Monsanto estava dizendo é que, “sim, sabemos que o hormônio ‘rBGH‘ deixa as pessoas doentes, mas não está certo se anunciar que ele não faz parte de seus produtos”.

 No ano seguinte, a empresa diabólica começa a produzir cultivos transgênicas tolerantes ao herbicida tóxico ‘Roundup‘. O óleo de canola Roundup-ready (canola), de soja, de milho e de algodão BT (nt.: é a semente que tem o gene que faz a planta produzir a toxina do microrganismo Bacillus thuringiensis, por isso BT. A planta passa a produzir e ficar envenenada com a toxina do bacilo, das raízes ao fruto) começam a chegar ao mercado, sendo anunciados como alternativas mais seguras e saudáveis para seus concorrentes orgânicos não-transgênicos. Aparentemente, a propaganda funcionou já que hoje mais de 80% da canola no mercado é a sua variedade transgênica.

Algumas coisas que definitivamente devemos evitar na dieta são: soja, milho, trigo e canola, na forma de óleos ou não, apesar do fato de que muitos especialistas “naturalistas” afirmam que o de canola, por exemplo, é muito saudável. Ressalta-se de que, na verdade, não é. No entanto, é encontrado poluindo muitos produtos nas prateleiras dos super mercados.

A Monsanto sabe que as aves e especialmente as abelhas colocam uma cunha em seu monopólio devido à sua capacidade de polinizar plantas, criando naturalmente alimentos fora da “agenda de controle de dominação total” da empresa. Quando as abelhas tentam polinizar uma planta ou flor transgênica, ela é envenenada e morre. De fato, a síndrome chamada de ‘colapso da colônia de abelhas’ foi reconhecida e vem se mostrando cada vez mais desde que as culturas transgênicas foram introduzidas no planeta.

Para se contrapor as acusações de que eles deliberadamente causaram esse genocídio contínuo de abelhas, a Monsanto compra diabolicamente a ‘Beeologics‘, a maior empresa de pesquisa de abelhas que se dedicou a estudar o fenômeno do colapso das colônias e cuja extensa pesquisa classificou o monstro como o principal culpado! Depois disso, “abelhas, que abelhas? Está tudo está ótimo!” Novamente, eu não inventei isso, mas gostaria que tivesse!

Em meados dos anos 90, houve uma decisão de reinventar a corporação malévola com um foco sobre o controle dos suprimento mundial dos alimentos através de meios artificiais e biotecnológicos para preservar sua galinha dos ovos de ouro, o herbicida mata mato Roundup, pudesse perder a fatia do mercado em face da competição de outros herbicidas menos tóxicos. Pode-se ver que o Roundup é tão tóxico que elimina os cultivos não transgênicos, insetos, animais, a saúde humana e o ambiente, tudo ao mesmo tempo. Quanta eficiência!

Como as plantações preparadas para o Roundup são projetadas para serem plantas tóxicas, por isso elas se tornam caricaturas de alimentos, elas foram proibidas na União Europeia, mas não nos Estados Unidos da América! Existe alguma conexão entre isso e o fato de que os americanos, apesar do alto custo e da disponibilidade dos serviços de saúde, são coletivamente as pessoas mais doentes do mundo? Parece que não!

Como era o plano da Monsanto desde o início, todas as culturas que não seguissem sua ordenação, seriam destruídas. Forçam assim os agricultores de todo o mundo a usarem apenas suas sementes suicidas (terminator seeds) (nt.: ante esta ‘declaração‘ dela, poderemos ficar tranquilos de que não disseminarão como fizeram com seus outros ‘produtos’, este horror das sementes praticarem suicídio?). E a Monsanto garantiu que caso os fazendeiros se recusem a entrar no rebanho serão expulsos da agricultura ou processados quando sementes ‘suicidas’ espalhadas pelos ventos, envenenarem as fazendas orgânicas.

Isso deu à empresa um monopólio virtual como os cultivos de sementes ‘suicidas’ (nt.: terminator seeds) e o Roundup para que trabalhassem os dois imbricados lado a lado, já que as culturas transgênicas não poderiam sobreviver em um ambiente não químico, de modo que os agricultores fossem obrigados a comprar os dois.

Seu próximo passo foi gastar bilhões de dólares por todo o planeta comprando todas as empresas de sementes que foi possível, levando-as a serem empresas de sementes suicidas num esforço que viessem a eliminar quaisquer rivais bem como extirparem os alimentos orgânicos (eliminate organic foods) da face da terra (nt.: será que este não é ‘elo perdido‘ do porquê no Brasil de 2018, surge inesperadamente uma lei no Congresso Nacional para limitar e proibir a comercialização de orgânicos nos super mercados??!!). Na visão da Monsanto, todos os alimentos devem estar sob seu total controle e serem transgênicos, geneticamente modificados, caso contrário não serão considerados seguros para se ingeridos!

Eles fingem ficar chocados com seus críticos, da comunidade científica, que questionam se os transgênicos tendo genes de porcos doentes, vacas, aranhas, macacos, peixes, vacinas e vírus, possam ser considerados saudáveis como alimentos. A resposta para este questionamento é obviamente um imens brado: “sem chance!”

Imagina-se que a corporação, sendo tão orgulhosa de seus transgênicos, deva dar preferência e servi-los a seus funcionários, não é? Mas, não! A Monsanto baniu os transgênicos (Monsanto has banned GM foods) de serem colocados à disposição dos empregados em seus espaços de alimentação. A Monsanto só responde dizendo que: “acreditamos nas opções.” O que eles realmente dizem é: “não queremos matar nossos colaboradores.”

Não há problema em alimentar forçosamente países pobres e americanos com estas monstruosidades modificadas como um meio de acabar com a fome, já que mortos não precisam comer, não é?! Pode-se apostar que, na mente da maioria das pessoas hoje em dia, o pensamento é de que a Monsanto está claramente focada na eugenia e no genocídio, ao invés de fornecer alimentos que irão sustentar o mundo. Como na historieta do partner da Monsanto, a Disney, sua Bela Adormecida também foi enganada pela bruxa malévola que lhe dá a maçã envenenada -por ser transgênica- fazendo-a dormir para sempre!

2000s: A essa altura, a Monsanto controla a maior parte do mercado global de transgênicos. Por sua vez, o governo dos EUA gasta centenas de milhões de dólares para financiar a pulverização aérea do Roundup, causando enorme devastação ambiental. Peixes e animais, aos milhares, morrem em dias de pulverização, enquanto doenças respiratórias e mortes por câncer, em humanos, aumentam tremendamente. Mas tudo isso é considerado como uma coincidência incomum, então a pulverização continua. Se você acha que a Monsanto e a FDA são o mesmo, bem, podemos então adicionar agora, o governo a essa lista de responsáveis por todos estes danos.

Mas, o monstro continua crescendo: a Monsanto se funde com a Pharmacia & Upjohn, separa-se então dos negócios químicos e se redefine, neste momento, como uma empresa agrícola. Sim, isso mesmo, uma empresa química cujos produtos devastaram o meio ambiente, mataram milhões tanto de pessoas como de vida selvagem ao longo dos anos, e agora quer que acreditemos que ela só produz alimentos seguros e nutritivos que não matará mais nenhum dos seres terrestres. Isso é extremamente difícil de vender, mas mesmo assim ela continua crescendo por meio de fusões e parcerias secretas.

Em razão de sua rival, DuPont, ser uma corporação muito grande para ser permitida uma fusão, formam uma parceria invisível, onde cada uma concorda em descartar processos de patentes existentes uma contra a outra. Começam assim, a compartilhar tecnologias dos transgênicos para benefício mútuo. Em termos leigos, juntas, elas poderiam ser tão poderosas e politicamente conectadas, contra qualquer coisa que viesse impedi-las de desfrutarem de um monopólio virtual da agricultura; “que controla o fornecimento de alimentos, controla os povos!”

No entanto, nem tudo é cor de rosa. O monstro vem sendo processado repetidamente até um valor de 100 milhões de dólares por causar doenças, deformidades infantis e mortes ao despejar ilegalmente todo tipo de PCBs no lençol freático. Principalmente porque vinha continuamente mentindo sobre a segurança de seus produtos – e da forma que se conhece: sempre do mesmo jeito.

O monstro frequentemente persevera e prova dificuldade em trucidar, conforme começa a entrar com processos frívolos contra agricultores (frivolous suits against farmers), alegando infringirem suas patentes de sementes. Em praticamente todos os casos, as sementes indesejadas são levadas pelo vento (seeds are windblown onto farmers’ lands) das terras dos fazendeiros que plantam suas sementes. Essas horrendas sementes não só destroem as colheitas dos agricultores orgânicos, como também as ações judiciais os levam à falência, enquanto a Suprema Corte anula as decisões judiciais dos tribunais inferiores, dando ganho de causa à Monsanto toda vez.

Ao mesmo tempo, o monstro começa a patentear técnicas de criação de porcos, alegando que animais criados mesmo que remotamente de forma semelhante à sua patente, garantem-lhes a propriedade. Tão folgado foi este pedido de patente que ficou óbvio que eles irão alegar que todos os porcos criados no mundo estariam infringindo sua patente.

Seu terrorismo global espalha-se até a Índia onde mais de 100 mil agricultores estão falidos devido à quebra de safra de seus transgênicos, cometendo suicídio ao beberem o veneno Roundup (commit suicide by drinking Roundup) para que suas famílias sejam passíveis de receberem os pagamentos do seguro de morte. Em resposta, o monstro aproveita a situação alertando os meios de comunicação para um novo projeto para ajudar os pequenos agricultores indianos doando as mesmas coisas que causaram o drama, em primeiro lugar, da quebra das safras no país! A revista Forbes nomeia então a Monsanto como “companhia do ano” (company of the year). Doentio, mas é verdade.

Mais preocupante é que a empresa Whole Foods, corporação que se auto-intitula orgânica, natural e ecológica, provou ser tudo menos isso. Eles se recusam a apoiar a Proposição 37 (Proposition 37), a medida de rotulagem de transgênicos da Califórnia que a Monsanto e suas irmãs imbricadas nos transgênicos finalmente ajudaram a derrotar.

Mas por quê? Porque a Whole Foods (nt.: tradução – Alimentos Integrais) está na mesma cama com a Monsanto há muito tempo. Está, secretamente, enchendo suas prateleiras com porcarias, caras e fraudulentamente chamadas de “naturais e orgânicas”, carregadas de transgênicos, agrotóxicos,  contaminadas com o hormônio transgênico rBGH, além de outros hormônios e antibióticos. Então, é claro, eles não querem rotulagem obrigatória, pois isso os exporia como Whole Frauds (nt.: jogo de palavras do nome da empresa em inglês de ‘Alimentos Integrais‘ para ‘Fraudes Integrais‘) e Whore Foods (nt.: whore em inglês é prostituta, meretriz, assim Whore Foods, a tradução pode ser ‘Alimentos Prostituídos‘) que eles realmente são!

No entanto, quando mais de vinte companhias de comercialização de alimentos, mas amigáveis à biotecnologia, incluindo WalMart, Pepsico e ConAgra, recentemente se reuniram com a FDA (WalMart, Pepsico and ConAgra recently met with FDA), mostram-se como sendo favoráveis a leis que tornassem obrigatória a rotulagem dos produtos com transgênicos, isto depois de lutar com unhas e dentes contra a Proposição 37, a Whole Foods vê uma oportunidade de salvar a cara e tornar-se a primeira rede de loja de produtos naturais a anunciar a rotulagem obrigatória de seus produtos transgênicos … em 2018! Uau! Puta vida! Obrigadão, hein!

Mas se consideramos que seus parceiros de repente tornaram-se conscientes, é bom repensarmos novamente. Eles estão simplesmente reagindo ao clamor público pela derrota da Proposição 37 ao criarem leis fraudulentas de rotulagem dos transgênicos para enrolarem quaisquer mudanças reais. Assim, fica todo o status quo intacto, do mesmo jeito.

Para agregar um insulto a um dano global, a Monsanto e seus parceiros de crimes: Archer Daniels Midland, Sodexo e Tyson Foods, escrevem e patrocinam a Lei de Modernização da Segurança Alimentar de 2009: HR 875 (The Food Safety Modernization Act of 2009: HR 875). Esta “lei” dá às fazendas corporativas um monopólio efetivo para policiar e controlar todos os alimentos cultivados em qualquer lugar, incluindo os do próprio quintal. Além disso providencia severas penas e sentenças de prisão para aqueles que não usarem produtos químicos e fertilizantes solúveis industriais. O presidente Obama ‘sentiu’ que isso soava razoável e deu-lhe sua aprovação.

Com esta Lei, a Monsanto afirma que somente alimentos transgênicos são seguros e que os orgânicos ou caseiros potencialmente disseminam doenças. Daí então, devem ser descartados para a segurança do mundo. Se comer bolotas de agrotóxicos geneticamente modificadas é uma ideia de comida segura, assim gostaria de pensar que o resto do mundo é esperto suficiente para não deixar passar esta aí.

Conforme novas revelações se abriam a respeito das verdadeiras intenções desse gigante do mal, ela criou a ridícula HR 933 Resolução Contínua, também conhecida como Lei de Proteção à Monsanto (HR 933 Continuing Resolution, aka Monsanto Protection Act)(nt.: VALE A PENA LER E VER QUE LEI É ESTA, NESTE LINK. SIMPLESMENTE INCRÍVEL COMO DESCONHECEMOS TUDO!!), que Obama, roboticamente, também assinou na lei. Ela declara que não importa o quão prejudicial seja a produção de transgênicos pela Monsanto. Da mesma forma que não importa quanta devastação causem ao país, os tribunais federais dos EUA não poderão impedi-los de continuarem a plantá-los em qualquer lugar que escolherem.

Sim, senhores! Obama assinou uma disposição que torna a Monsanto um ser acima de qualquer lei, bem como mais poderosa do que o próprio governo. Temos que nos perguntar quem realmente está no comando do país porque certamente não é este governo que está aí!

Com isso tudo, o momento é de um ponto de inflexão. No entanto, quando uma corporação se torna tão malévola e o mundo recua … temos uma realidade muito difícil! Muitos países continuam a condenar a Monsanto por crimes contra a humanidade, proibindo-a completamente, dizendo-lhe “fora e fiquem longe daqui!”

O mundo começou a despertar para o fato de que este monstro corporativo não quer o controle sobre a produção global de alimentos simplesmente pelo objetivo do lucro. Não! Fica cada vez maia claro, dentro deste mais de um século de mortes e destruições, que o objetivo principal desta corporação é destruir a saúde humana e o meio ambiente, transformando o mundo num inferno na Terra!

Ao se estudar a origem do nome da corporação -“Monsanto”- vem do latim -“Meu santo”-, podendo explicar porque seus críticos muitas vezes se referem a ela como -“Meu Satã”-.

Mas nem tudo está perdido. O mal sempre perde no final, uma vez que seja amplamente exposto à luz da verdade como está ocorrendo agora. O fato de um governo ser liderado pela Monsanto achar necessário aprovar uma legislação desesperada para proteger seu verdadeiro líder, comprova esse ponto. Sendo excluída em outro lugar, os Estados Unidos são sua última posição, por assim dizer.

No entanto, mesmo aqui, nos EUA, muitos começaram a revidar, protestando e rejeitando os transgênicos e suas monstruosidades, ao optarem por cultivarem seus próprios alimentos e fazerem suas compras em mercados de agricultores locais, em vez das cadeias de supermercados corporativos apoiados pela Monsanto.

O despertar das pessoas está fazendo com que também comecem a ver que foram enganadas por trapaceiros corporativos e criminosos apossados do governo federal envenenados por poder, controles e ganância demais, resultando na criação desta monstruosa Fera Corporativa, fora completamente de quaisquer controles da sociedade.

Notas

(1,3) http://bestmeal.info/monsanto/company-history.shtml
(2) http://www.sourcewatch.org/index.php/Monsanto
(4,5) http://www.pfnh.org/article.php?id=65

The original source of this article is Waking Times
Copyright © E Hanzai, Waking Times, 2018
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2018.

Arquivado em: Agricultura, Agrotóxico, Biotecnologia, Corporações, Globalização, Saúde Marcados com as tags: Agrotóxicos, Dioxinas, Monsanto, PCBs

Salmões e peixes: criatórios em águas turvas

29 de julho de 2017 por Luiz Jacques

Salmões e peixes: criatórios em águas turvas. Uma percepção chocante sobre os criatórios, em vários lugares do mundo, de peixes, destacando-se os de salmão. Há uma convicção global de que o peixe é um alimento saudável. No entanto, em 40 anos, seu consumo mundial dobrou. E todos os anos, o mercado precisa encontrar mais peixes e novas formas de produção. Conheçamos onde se ‘faz’ o peixe nosso de cada dia.

 

O documentário foi realizado, em 2013, pelo diretor Nicolas Daniel.

 

 

Outro documentário importante sobre salmões, mas sem legenda em português:

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Festas, Yoga e Outras Vestimentas.

30 de abril de 2017 por Luiz Jacques

Festas, Yoga e Outras Vestimentas. Poliéster, nylon, ‘feece‘, colantes, cangas e tantas alternativas técnico desportivas e seus efeitos sobre a saúde.

 

Resumo da História

  • O algodão não orgânico é um cultivo químico-dependente. Mesmo que constitua só 2,4 % das terras cultivadas, recebe 10 % do total dos químicos agrícolas e 25 % do total dos inseticidas;
  • Vestimentas desportivas, como as roupas para yoga e jaqueta de ‘fleece‘ (nt.: feito com a resina plástica poliéster), liberam quantidades enormes de fibras microscópicas das resinas plásticas de que são feitas, cada vez que são lavadas;
  • Cada ano, chegam aos oceanos em torno de 1,7 milhões de toneladas de microfibras;
  • Para reduzir a contaminação: optemos pelo uso de tecidos orgânicos tingidos com corantes naturais; evitemos os artigos impressos por serigrafia e os tecidos técnicos de marcas registradas; instalemos filtro de microfibras em nossa máquina de lavar roupa; levemos em consideração como lavamos nossa roupa sintética e procuremos a Certificação do Sistema ‘Bluesign‘ (nt.: ver este sistema criado para controlar a poluição têxtil – https://www.bluesign.com/).

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2017/03/29/microfibers-yoga-pants-athletic-wear.aspx

 

 

By Dr. Mercola

A poluição da água tem várias fontes. A agricultura é muito significante, mas a indústria têxtil é outra que não tem recebido a devida atenção.

A produção de algodão não orgânico contribui para os problemas ambientais já que a maioria é geneticamente modificado (GM) e sobre ele são aspergidas  copiosas quantidades de herbicida da Monsanto, o ‘Roundup‘. Um de seus ingredientes é o princípio ativo glifosato (glyphosate), possível cancerígeno humano conforme a OMS (nt.: importante: a OMS não pode afirmar que é cancerígeno por uma questão ética. Senão pareceria que teria existido pesquisa diretamente sobre pessoas humanas).

De fato, o algodão não-orgânico é uma das culturas mais dependentes da química sintética da agricultura modernizada. Enquanto constitui somente 2,4% da área agrícola global, ela recebe 10% dos insumos agrícolas químicos no total e 25% de todos os inseticidas.1

No entanto, as fibras sintéticas como poliéster e nylon são muito destrutivas. 2 Em 2014, o poliéster — uma resina plástica de material feito de nafta petroquímica — constituía mais de 60% de todo o tecido produzido pela indústria têxtil. 3

Infelizmente, tecidos flexíveis como os colantes e confortáveis de yoga, o aconchegante ‘fleece‘ (nt.: feito de poliéster que imita a lã de ovelha), tornaram-se itens de uma verdadeira maldição por derramarem copiosas quantidades de fibras microscópicas da resina plástica que são feitas, a cada vez que elas são lavadas. Devida a seu diminuto tamanho, estas microfibras (microfibers) 4 fluem direto através das estações de tratamento de esgoto sem serem capturadas.

Microfibras causam a Maioria da Poluição de plásticos

Amostras demonstram que microfibras sintéticas constituem 85% dos detritos nas costas marinhas de todo o mundo,5 e estão particularmente concentradas nos sedimentos das praias próximas de estações de tratamento de esgoto.6

De acordo com estimativa feita pela International Union for Conservation of Nature, acima de 1,7 milhões de toneladas de microfibras entram em cada oceano, a cada ano. 7

Uma vez na coluna d’água, estes micro detritos plásticos bloqueiam a luz solar requerida pelo plâncton e algas para medrarem e as ramificações desta situação reverbera, inteiramente, através da cadeia alimentar. Para se ter uma ideia exata de como este problema tornou-se tão severo, consideremos isto: em algumas águas oceânicas, os detritos plásticos excede o plâncton num fator de 6 para 1!8 

Corantes tóxicos, tratamentos dos tecidos como o uso de retardadores de chamas (flame retardants) = (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/retardadores-de-chama-e-as-criancas/) e substâncias químicas que tornam os tecidos resistentes a manchas, além de detergentes para lavagem dos tecidos mais agregam os crescentes problemas ambientais trazidos por todo o ciclo das roupas e dos tecidos.

Micro plásticos são a Maior questão no Golfo do méxico

A pesquisadora da Universidade da Florida, Maia McGuire, Ph.D., estuda plásticos nas vias hídricas da Florida. No início, ela espera encontrar principalmente micro esferas — pequeninas esferas de plástico encontradas em esfoliantes de rosto e corpo — mas ela rapidamente constatou que as microfibras eram longe a maior preocupação. McGuire contou à ABC News:9

“A grande preocupação é nós conhecermos que a quantidade de plástico está crescendo e cresce de tal forma que se torna exponencial neste momento. E, pela própria natureza do plástico,  sendo um químico sintético, outras moléculas artificiais aderem a ele e finalmente os animais por similitude acabam comendo-o.

Constatamos o grande número de animais grandes que sofrem o impacto dos detritos plásticos maiores, levando-nos a imaginar o efeito destas moléculas sobre os pequenos animais (oriundo dos microplásticos) …

O que podemos fazer quanto a isso é uma questão de bilhões de dólares. O consenso parece ser de que necessitamos aprimoramento tecnológico das máquinas de lavar roupas e de processos eficazes no tratamento das estações de esgoto em combinação , no sentido de tentar filtrar e reter estas fibras. Há tanta coisa que não temos nem noção.”

Entre setembro de 2015 e agosto de 2016, o Projeto de Consciência dos Microplásticos da Florida, da pesquisadora Maia McGuire, coletou e analisou amostras de água de 256 locais na Florida. 89% continham plástico, 82% delas estavam na forma de microfibras. Somente 7% foram de micro esferas (nt.: material empregado em produtos de cuidado pessoal tipo xampus e pasta de dente para agirem como esfoliantes).

A partir de julho deste ano (nt.: em 2016 nos EUA – http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/lei-que-proibe-uso-de-microesferas-e-aprovada-nos-estados-unidos/), produtos de cuidado pessoal não são mais permitidos conterem estas microesferas (nt.: no Brasil, pelo que consta, ainda, em 2017, são permitidas).10 No início de julho de 2018, as microesferas também serão banidas de cosméticos e a partir de julho de 2019, devem ser eliminadas também de medicamentos sem receita obrigatória, vendidos nos EUA.11

Enquanto banir as microesferas é um passo na direção adequada, as análises de água revelam que elas não estão sendo as prevalentes no ambiente como são as microfibras. Assim, banir as microesferas enquanto não se faz nada quanto às microfibras não se estará fazendo o impacto necessário, realmente significativo.

Microfibras ameaçam vida selvagem e terminam no suprimento alimentar humano

Uma vez que estas fibras estejam nos lagos, rios e oceanos, é lógico que serão consumidos pela vida selvagem, migrando mais e mais na cadeia alimentar e foi o que os pesquisadores detectaram. As fibras foram encontradas tanto no sal de cozinha como em vários frutos de mar vendidos para consumo humano (nt.: ver http://nossofuturoroubado.com.br/plastico-e-cadeia-alimentar/).13 

Microfibras têm demonstrado aumentar a mortalidade entre as pulgas d’água 14 e reduzindo a ingestão alimentar de caranguejos, vermes e lagostins (também conhecidos como ‘Norway lobster‘),15,16  por isso ameaçando suas taxas de sobrevivência. Análises de peixes tanto de água doce como salgada mostraram que 90% têm resíduos de microfibra em seus corpos.17,18

As fibras não fazem, na verdade, só danos à saúde da vida marinha, mas também em quem os consome, já que elas são bio acumulativas. Atuam também como esponjas, adsorvendo e concentrando tóxicos como os PCBs (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/mulheres-ameacadas-pelos-disruptores-endocrinos/), agrotóxicos e mesmo petróleo, fazendo com que o animal — que pode terminar em nosso prato do almoço — torne-se muito mais tóxico do que poderia ser.

Estas substâncias químicas têm mostrado causar danos ao figado, como tumores, e sinais de serem também disruptores endócrinos (endocrine disruption) em peixes e outros frutos do mar, incluindo baixa na fertilidade e na função imunológica. No último ano, citando um relatório 19 do British Department for Environment, Food and Rural Affairs [DEFRA], o periódico Daily Mail escreveu: 20

“Microplásticos têm sido detectados em ampla variedade de espécies incluindo zoo plâncton, mexilhões, ostras, camarões, vermes marinhos, peixes, focas e baleias. Substâncias químicas aderidas aos microplásticos, ingeridos por um organismo, podem dissociarem-se das partículas plásticas e serem absorvidas pelos tecidos de seu corpo …

[O DEFRA] informa ser evidente das pesquisas com animais, que pequenas partículas plásticas podem atravessar as membranas das células, causando danos e inflamação.

Observando as implicações sobre os seres humanos, [o DEFRA] diz: ‘Muitos estudos mostram que os microplásticos, vindos do Atlântico, estão presentes nos frutos do mar vendidos para consumo humano, incluindo mexilhões em criatórios do Mar do Norte tanto de mexilhões como ostras. ‘A presença de microplásticos marinhos nos frutos do mar podem gerar uma ameaça à segurança alimentar.’”

Também de acordo com este mesmo relatório, comendo seis ostras pode-se introduzir em torno de 50 microplásticos no corpo de quem consome. Um terço dos peixes capturados no Canal de Mancha também contêm microesferas, como 83% dos camarões fritos vendidos no Reino Unido.21

Fatores que pioram a liberação de Microfibras

Testes demonstram que cada vez que se lava uma jaqueta de fleece (nt.: novamente a indústria tenta copiar a natureza e até ‘rouba’ o nome natural para seus produtos como agora quando esta palavra em inglês significa velo de lã, como direto de um pelego de ovelha) sintética mostra que libera de 1,7 a 2,7 gramas de microfibra. 22,23,24  Para efeitos de comparação, um clip de papeis pesa em torno de 1,5 gramas.

As estimativas sugerem que uma cidade de 100.000 habitantes descarte acima de 120 quilos de microfibras em seus mananciais hídricos a CADA DIA — uma quantidade que equivale a 15.000 sacos plásticos que entram nos cursos d’água diariamente. Uma série de diferentes fatores contribuem para esta quantidade de fragmentos de fibras, incluindo:

  • Idade do produto. Uma jaqueta velha de ‘fleece‘, mais microfibras serão liberadas 25
  • Qualidade do material. Material de marca genérica de baixa qualidade pode perder até 170% mais em sua vida útil do que produtos de boa qualidade
  • Tipo de tecido. Em uma comparação entre o acrílico, o poliéster e a mistura de poliéster com algodão, o acrílico é o pior, por espalhar microfibras mais do que quatro vezes mais rápido do que a mistura poliéster e algodão 26,27
  • Tipo de máquina de lavar. Testes mostram que as máquinas que tem carregamento superior (nt.: a grande maioria dos modelos brasileiros) liberam em torno de 530% mais microfibras do que as que têm o carregamento frontal 28
  • Temperatura da água, comprimento e resistência à agitação do ciclo de lavagem além do tipo de detergente (nt.: outra forma de chamar o sabão em pó) usado. Calor, agitação e agressividade do sabão/detergente, todos promovem a degradação e a liberação das microfibras.

Soluções Potenciais

Um dos remédios mais rápidos e fáceis é adicionar um filtro na máquina de lavar roupa que capture as microfibras. 29 Wexco é atualmente o distribuidor exclusivo (nt.: esta informação é dos EUA) do Filtrol 160 , 30 projetado para capturar fibras que não sejam biodegradáveis das descargas das máquinas de lavar roupa. Aqui está – link to Google – para encontrar as fontes deles.

Infelizmente, esta solução resolve somente parcialmente o problema, já que no final as microfibras irão ainda para um aterro de lixo quando se tiver o filtro cheio.  A partir daí, poderão entrar na cadeia biológica.

Outra nova solução potencial — uma máquina de lavar sem água — que foi desenvolvida pela TERSUS Solutions no Colorado, com o financiamento da empresa Patagonia (nt.: grande empresa que desenvolve roupas para aventuras e que usa praticamente só tecidos artificiais). Ela lava as roupas usando dióxido de carbono pressurizado em vez de água. 31  A empresa Patagonia também está buscando soluções para mitigar esta realidade, incluindo produtos reprojetados para prevenirem a liberação de microfibras.

Talvez o caminho mais simples para contornar todos estes problemas é também biologicamente a mais elegante, é a que evita a compra de roupas com fibras sintéticas. Assim, em primeiro lugar será a que fizer a opção por tecidos de algodão orgânico, cânhamo, seda, lã e mesmo bambu, em vez das sintéticas.

a degradação gerada pelo Poliéster vai além da poluição pelas Microfibras

Muito além da poluição da microfibra, o poliéster e outros tecidos sintéticos feitos pelo homem têm muita outras desvantagens ambientais, incluindo o que segue: 32

•O poliéster não é só feito do petróleo; o processo de fabricação dele e de outros tecidos sintéticos é também energético-intensivo, liberando grandes quantidade de emissões atmosféricas tóxicas, incluindo os compostos orgânicos voláteis, material particulado e gases ácidos (nt.: situação que gera a agressiva chuva ácida).

•Subprodutos da produção de poliéster também incluem poluentes da água como os monômeros (nt.: como o poliéster é um polímero, este é a agregação de milhares de monômeros – mono=um; poli=muitos) voláteis e os solventes.

•Substâncias químicas tóxicas também são usadas durante a produção de muitos tecidos sintéticos como os perfluorados (nt.: em inglês perfluorochemicals/PFCs – ver http://nossofuturoroubado.com.br/busca/?q=pfcs), os ftalatos (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/busca/?q=ftalato), corantes  azóicos (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/onze-grupos-de-substancias-perigosas-que-devem-ser-eliminadas-de-nossas-roupas/), dimetilformamida (DMF), nonilfenol etoxilado (nt.: em inglês – nonylphenols ethoxylates/NPEs), nonilfenóis (nt.: em inglês = nonylphenols/NPs) e triclosan (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/onu-lanca-alerta-sobre-impacto-de-produtos-quimicos-do-dia-a-dia/). Pesquisa sueca estima que 10% de todos os químicos usados na indústria têxtil são potencialmente perigosos para a saúde humana. 33

De acordo com um relatório do Greenpeace, 34 as roupas esportivas tendem a conter os mais altos níveis de substâncias químicas tóxicas, incluindo os disruptores endócrinos que podem ter efeitos tóxicos agudos se formos suscetíveis. Produtos químicos são aplicados à maioria dos tecidos sintéticos para melhor sua performance na drenagem, permitindo a resistência à água e a manchas, além de diminuir os odores corpóreos.

Alguns fabricantes de roupas estão agora começando a tomar estes fatos com maior seriedade. Por exemplo, a Patagonia está trabalhando para desenvolver tratamentos com os tecidos usando matérias primas naturais e, junto com a   Adidas, estão prometendo eliminar os PFCs (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/saude-bane-tres-toxicos-de-embalagens-nos-eua/). Adidas prometeu ter produtos 99% livre de PFCs a partir deste ano. Outros, como Ibex, Alternative Apparel, SilkAthlete e Evolve Fit Wear estão usando algodão orgânico, combinações de seda e lã merina para suas linhas de roupas esportivas. 35

Corantes de vestuários Tóxicos causam estragos ambientais

O tingimento têxtil é outro grande destruidor ambiental. Muitos destas fábricas estão localizadas em países em desenvolvimento onde as normas são frouxas e custos operacionais baixos. Águas residuais, sem tratamento ou minimamente tratadas (untreated or minimally treated wastewater), são normalmente descartadas nos rios próximos, de onde se dirigem para os lagos e oceanos, atravessando todo o globo através da correntes marinhas. Estima-se que 40% das substâncias químicas da indústria têxtil são descartadas pela China. 36 A Indonésia também está lutando com as consequências químicas da indústria do vestuário.

O rio Citarum (nt.: rio da Indonésia, localizada na Ilha de Java, perto da capital Jacarta) é, atualmente, um dos mais fortemente poluídos no mundo, graças a congregação de centenas de fábricas têxteis ao longo de suas margens. As análises feitas pelo Greenpeace revelam que a água do rio contém quantidades alarmantes de chumbo, mercúrio (mercury)  arsênio (arsenic) , nonilfenol (um disruptor endócrino – endocrine disrupting chemical) e muitos outros químicos tóxicos — todos eles são descartados diretamente pelas fábricas no rio, sem mesmo a mais básica filtração química ou tratamentos dos efluentes líquidos.

O produto final dos vestuários pode também conter nonilfenol (nt.: para se ter uma ideia este foi um dos primeiros disruptores endócrinos a ser descoberto como feminizador dos machos. Ver o documentário – http://nossofuturoroubado.com.br/saude-agressao-ao-homem-documentario/). Esta substância pode estar nos detergentes (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/produtos-quimicos-altamente-toxicos-em-roupas-de-grife/) que se usa para muitas fases de lavagens, até fazer parte do processo de desbotamento do tecido. Significa que esta substância está sendo despejada nos nossos próprios mananciais hídricos onde se desbota roupas já confeccionadas. O nonilfenol (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/a-mae-que-expos-as-conexoes-entre-a-obesidade-e-os-quimicos-comuns/) é considerado tão venenoso que muitos membros da União Europeia baniram seu uso na indústria de vestuários (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/disruptores-endocrinos-moleculas-alienigenas-nao-criadas-pela-vida/). Nem sequer é permitido  nos produtos têxteis importados. Surpreendentemente, nos EUA (nt.: e muito menos no Brasil) não existe este tipo de restrições.

Sejamos parte da solução: tiremos tudo isso de noso armário

Enquanto algumas companhias estão ativamente investigando maneiras de produzir roupas ambientalmente seguras, cada um e todos nós podemos contribuir na solução, restringindo nosso consumo e pondo mais atenção no que estamos comprando e como podemos cuidar e lavar aquilo que já temos.

Como venho descrevendo em artigos anteriores quando trato de “fast fashion”, o ciclo de vida de uma peça de roupa deveria, idealmente levar em conta, antes de sua compra, o seu descarte (discarded clothes).  Isso porque, atualmente, a maioria  acaba em aterros de lixo ou são revendidas para países em desenvolvimento onde as indústrias locais de tecidos, por sua vez, sofrem esta concorrência.

A maioria dos norte americanos tem roupas suficiente para vestir comunidades inteiras de alguns outros países. Não haveria dúvidas se alguns deles absorvessem algumas das premissas de vida sugeridas pelo movimento minimalista (minimalism movement). Como afirmou o diretor de estratégia ambiental da empresa Patagonia à rede de tevê CBS em 2015: 37

“As pessoas precisam aprender como comprar menos e as companhias necessitam saber como serem rentáveis vendendo menos … Alguma coisa deve, radicalmente, mudar no mundo do consumo para que se reduza a pressão sobre as matérias primas e daí a pressão sobre o planeta …”

Rejeitar substâncias químicas tóxicas e reduzir a poluição ambiental, associando à lavagem e ao uso de roupas, se levarmos em consideração as seguintes recomendações:

Optar por tecidos de algodão orgânico, cânhamo, seda, lã e bambu. Embora  estes itens, normalmente, custam mais caro do que os não orgânicos e sintéticos, comprando menos permitirá que gastando menos podermos investir nos melhores produtos. Por outro lado, produtos orgânicos com mais alta qualidade tendem a ser mais duradouros, com um cuidado apropriado, valorizando assim, no final, mais o nosso desembolso.
Optar por itens tingidos com corantes naturais não tóxico, quando possível. Entre as empresas que estão investindo em fazendas orgânicas e corantes naturais, inclui a PACT (roupas íntimas e roupões – https://wearpact.com/men), Boll & Branch (linha cama e banho – https://www.bollandbranch.com/), Jungmaven (cânhamo orgânico e algodão para camisetas T-shirts – https://jungmaven.com/), Industry of All Nations (roupas em geral – http://www.industryofallnations.com/) e muitas outras.
Rejeitar todos os produtos impressa em ‘screen printed’, já que normalmente no processo pode conter o disruptor endócrino ftalato (nt.: ver – http://nossofuturoroubado.com.br/os-ftalatos-estao-por-toda-parte-e-os-riscos-sobre-a-saude-preocupantes-quanto-sao-eles-realmente-prejudiciais/).
Procurar pela certificação ‘Bluesign System Certification’ (nt.:  ver – http://www.bluesign.com/),38 que nos fala do item que está sendo fabricado com a mínima quantidade de químicos perigosos ou nenhum.
Evitar tecidos técnicos de marcas registradas, a maioria está recoberto com substâncias químicas que irão no final sair com a lavagem.
Ser consciente de onde e como lavar as roupas sintéticas. Lavar as roupas sintéticas de forma tão inusitada quanto possível. Usar sabão neutro e secar a roupa no varal em vez de colocá-la em uma máquina secadora. Na máquina tanto o calor como a agitação irão liberar as fibras.

Lavar a mão ou usar água fria na máquina também irá minimizar a soltura das fibras, como será com uma máquina que tenha entrada frontal (nt.: tipo de máquina pouco comum no Brasil). Evitar amaciantes de roupas e as esferas secadoras de roupas. Deixam uma película sobre os tecidos que bloqueiam a capacidade de absorção das fibras.

Instalar um filtro para microfibras na máquina de lavar (nt.: algo ainda impensado no Brasil e a pergunta é a já feita: o que fazer com o filtrado? jogar no lixo?).

Fontes e Referências

  • 1,36Ecowatch August 17, 2015
  • 2Algalita.org Greening Laundry Day: Avoid Polyester Fabrics
  • 3,4Story of Stuff, Microfibers
  • 5Environmental Science and Technology 2011; 45 (21): 9175–9179
  • 6,29Outside June 20, 2016
  • 7IUCN, Primary Microplastics in the Ocean
  • 8Science, Why is the world’s biggest landfill in the Pacific Ocean?
  • 9ABC News March 15, 2017
  • 10CNN December 31, 2015
  • 11Royal Society of Chemistry January 6, 2016
  • 12Environmental Science and Technology 2015; 49(22): 13622-13627
  • 13Scientific Reports 2015; 5, article number: 14340
  • 14Environmental Pollution December 2015; 219: 201-209
  • 15Environmental Science and Technology 2015; 49(24): 14597-14604
  • 16,24Washington Post October 30, 2016
  • 17EcoWatch September 30, 2015
  • 18Marine Pollution Bulletin November 15, 2014: 88(1-2): 325-333
  • 19Environmental Impact of Microplastics (PDF)
  • 20Daily Mail August 31, 2016
  • 21Daily Mail August 28, 2016
  • 22Microfiber Pollution and the Apparel Industry, Project Findings
  • 23NPR February 6, 2017
  • 25GulfNews July 13, 2016
  • 26Marine Pollution Bulletin November 15, 2016; 112(1-2): 39-45
  • 27Gizmodo September 28, 2016
  • 28Fusion June 22, 2016
  • 30Wexco, Filtrol 160
  • 31The Guardian June 20, 2016
  • 32Environmental Health Perspectives September 2007; 115(9): A449-A454
  • 33,35Shape.com July 21, 2015
  • 34Greenpeace.org, May 19, 2014
  • 37CBS News November 27, 2015
  • 38Bluesign System Certification

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, abril de 2017.

 

 

 

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Cuidado: Cadeirinhas de carro contaminadas com tóxicos

8 de janeiro de 2017 por Luiz Jacques

Cuidado: cadeirinhas de carro contaminadas com tóxicos.
toxic chemicals in child's car seat

Resumo da história

  • A compra de cadeirinhas de criança para carros depende mais das taxas de seguridade e conveniência do que dos riscos significativos de contaminação por substâncias químicas tóxicas; 
  • Uma pesquisa recente sobre estas cadeirinhas mostra que os fabricantes estão progredindo em reduzirem a quantidade de tóxicos nestes produtos, mas ainda estão impregnadas com retardadores de chama relacionados a múltiplas questões de saúde;
  • Reduzir a contaminação tóxica de nossas crianças poderá diminuir o risco geral a certos cânceres, a mudanças neuro comportamentais, hiperatividade e infertilidade. 

 

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2016/12/28/toxic-chemicals-childrens-car-seat.aspx

 

By Dr. Mercola

Comprar cadeirinhas de crianças para carros pode não ter nenhuma conexão com cuidado quanto a substâncias químicas tóxicas (toxic chemicals). É irônico que a cadeirinhas das quais se imagina que se está protegendo as crianças, podem expô-las a substâncias tóxicas conhecidas por provocarem sérios danos à saúde,  particularmente a crianças pequenas.

Estes produtos que protegeriam, podem estar contaminados com ftalatos (phthalates), retardadores de chamas e bisfenol A (BPA). Em vez de serem responsabilizados pelas contaminações tóxicas, os fabricantes vêm recebendo luz verde tanto para a produção como distribuição destes produtos para um tipo de público totalmente indefeso.

Depois de um estudo de 2011 no  qual os pesquisadores descobriram que, pelo menos, 60% das mais do que 150 cadeirinhas testadas continham ao menos um químico tóxico,1 os fabricantes começaram a reduzir a maioria das substâncias tóxicas nelas.2

É importante que se continue a usar a cadeirinha nos automóveis para o transporte das crianças já que esta é a maneira mais segura de protegê-las em um acidente automobilístico. No entanto, existem várias alternativas para auxiliar a redução da contaminação das crianças a substâncias tóxicas presentes nas cadeirinhas enquanto for necessário para sua segurança dentro dos automóveis.

 

A Última Pesquisa feita sobre Cadeirinhas de Carros Revela Progresso e Danos Persistentes

Apesar do último estudo publicado pela ONG Ecology Center demonstra que as cadeirinhas de automóveis continuam a conter substâncias químicas tóxicas conhecidas como retardadores de chamas. Também mostra que os fabricantes estão começando a fazer algum progresso na eliminação da maioria das substâncias químicas tóxicas.

No entanto, enquanto reduzir químicos com maior toxicidade representa progresso, nenhuma criança deveria estar exposta aos que têm conhecidos efeitos negativos à saúde.

Pela primeira vez em mais de 10 anos, nenhuma cadeirinha de automóveis foi testada positivamente para chumbo (no car seat tested positive for lead), que afeta negativamente o fígado, rins, sistemas reprodutivo e nervoso.3 As cadeirinhas também não foram testadas positivamente para a substância química chlorinated tris [nt.: Tris(1,3-dicloro isopropil)fosfato/TDCPP], conhecido por ter propriedades que geram câncer.4

A regulamentação federal atual dos EUA exige que os fabricantes sigam os padrões para prevenirem a inflamabilidade do produto.

No entanto, os pesquisadores neste estudo sugerem que os fabricantes podem respeitar os padrões sem o uso de substâncias químicas, apesar do processo tornar também as cadeirinhas de carros mais caros. Jeff Gearhart, M.S., diretor científico do Ecology Center, comentou:5

“É fundamental que os pais coloquem seus filhos em cadeirinhas de carros apropriadamente instaladas que cumpram com sua proteção a acidentes, independentemente do perigo químico. Destaque-se, entretanto, de que algumas são mais saudáveis do que outras quanto à presença de substâncias químicas tóxicas.”

Retardadores de Chamas Muito Além do que Cadeirinhas de Carros

 

O documentário da HBO, “Toxic Hot Seat” 6  (nt.: ‘Perigo: Cadeirinha Tóxica’) desvela a verdade tóxica dos retardadores de chamas, revelando muitos fatos perturbadores sobre estas substâncias químicas alegadamente “salvadoras de vidas”. O filme não estará livre por muito um tempo, mas ainda é disponível de ser visto no computador.

A cadeirinha de carro é só um dos muitos produtos domésticos contaminados por retardadores de chamas (flame retardants) que são empregados para cumprir com os padrões de inflamabilidade. Então, mesmo sendo as cadeirinhas de carro o objeto do mais recente estudo, estas substâncias tóxicas também são encontradas em roupas de cama, colchões, mobiliário, brinquedos, mordedores infantis e andadores de nenês.

Existem numerosas diferentes substâncias tóxicas empregadas para reduzir a inflamabilidade de produtos de consumo; no entanto, todas são considerados carcinogênicos perigosos, disruptores hormonais e tóxicas ao desenvolvimento.

Apesar de muitas destas substâncias ainda estejam sendo utilizadas em brinquedos infantis, não se deve perder de vista do fato de serem seus sistemas neurológico especialmente vulneráveis aos efeitos das poeiras e das fumaças.

Enquanto os autores do Children’s Car Seat Study (nt.: ‘Estudo de Cadeirinhas de Carros de Crianças’) dizem ter havido melhoramentos na fabricação das cadeirinhas de carro — esta foi a primeira vez que a substância química conhecida como “Chlorinated tris” (nt.: tris clorada = tris(1,3-dicloro-2-propil) fosfato/TDCPP) não foi detectada na avaliação das cadeirinhas de carros — elas ainda continuam sendo um risco para as crianças.7 Por exemplo, todas as 15 cadeirinhas estudadas continham substâncias químicas retardadoras de chamas.

Alguns fabricantes pararam de usar retardadores feitos de bromo já que são particularmente perigosos, mas os químicos que foram usados como substitutos não foram totalmente testados. Um deles é o V6, que é aplicado à espuma de poliuretano tanto em carros como em móveis (nt.: procurar ver na internet fotos da espuma de poliuretano para saber bem o que é isso).

Em um estudo publicado no website do Environmental Science and Technology os pesquisadores encontraram concentrações muito altas do químico em carros (chemical were higher in cars) do que nas casas e o tris phosphate, um conhecido carcinogênico, era parte desta mistura química no V6 como uma impureza.8

O medo de fogo é primordial. Esta é possivelmente a razão de ser tão difícil haver leis aprovadas relacionadas ao uso de químicos retardadores de chamas, apesar do fato deles fazerem mais mal do que bem tanto a cada uma das pessoas atingidas como aos bombeiros que atuam junto aos incêndios.9

Os Retardadores de Chama Contribuem para o Retardo do Neuro Desenvolvimento e para a Hiperatividade

Um estudo da American Chemical Society detectou que certos químicos retardadores de chamas aumentam a quantidade de monóxido de carbono e do gás cianeto de hidrogênio no fogo.10 Inalar estes gases é uma da principais causas de mortes em incêndios, não de queimaduras.

Químicos retardadores de chama também afetam o feto não nascido. Em uma audiência pública na Califórnia, Gretchen Lee Salter, executiva de projetos e de política do Breast Cancer Fund, testemunhou que:11

“Os retardadores de chama atravessam a barreira placentária e podem alterar a configuração normal do desenvolvimento da mama que a criança tem em seu processo, no sentido de aumentar seu risco do câncer de mama.”

Os retardadores de chamas estão conectados a retardos no neuro desenvolvimento e na hiperatividade em crianças. Estas substâncias químicas também se acumulam no leite materno. Pesquisadores demonstraram que crianças nascidas de mães contaminadas com altos níveis de retardadores de chamas em seus corpos, apresentam quedas de 4,5 pontos na médias de seus QI.12

Éteres difenilos polibromados (nt.: em inglês = Polybrominated diphenyl ethers, daí a sigla = PBDEs) os bifenilos polibromados (nt.: em inglês = polybrominated biphenyls, sigla = PBBs) são dois dos mais comuns retardadores de chamas utilizados nos lares, nos negócios e nas indústrias de transportes, mesmo sendo considerados produtos orgânicos persistentes.13

Estas substâncias que são usadas em nossa mobília (furniture) e em brinquedos infantis, vêm demonstrando ter consequências no neuro desenvolvimento tanto na fase pré-natal como na infância.

Pesquisadores mostram que exposições na infância estão fortemente associadas com o déficit de atenção, redução da coordenação motora fina e o decréscimo da habilidade cognitiva.14

Estes resultados são de um trabalho de coorte do Centro de Avaliação de Saúde Materno e Infantil (nt.: Center for the Health Assessment of Mothers and Children of Salinas/CHAMACOS) de crianças de idade escolar, de todas as faixas etárias, e contribui para a ampliação do corpo de evidências de que estas substâncias químicas têm um impacto significativamente adverso sobre o comportamento no desenvolvimento neurológico das crianças.

Mais Problemas Negativos de Saúde Trazem Efetividade à Questão do Retardadores de Chamas

Os PBDEs são estruturalmente muito similares aos policlorados bifenilos/PCBs (nt.: em inglês – polychlorinated biphenyls/PCBs). Historicamente a exposição aos PCBs resultou em uma imensa associação com cânceres de múltiplos órgãos como fígado, sistema sistema gastrointestinal, da medula óssea, dentre outros.15 Tanto os PCBs como os PBDEs são magnificados através da cadeia alimentar e estocados nas gorduras das células.16

Isso significa que estes químicos não são metabolizados por nossos organismos e, como os humanos estão no topo da cadeia alimentar, os alimentos que ingerimos, devem conter altos volumes de PBDEs ou PCBs (nt.: situação que ficou bem conhecida conforme os links a seguir, na ilha de Sta.Catarina – http://nossofuturoroubado.com.br/busca/?q=ostras%20da%20ilha%20de%20Santa%20Catarina).

Sérios efeitos de saúde associados com a exposição a estes químicos incluem neuro-toxicidade, retardo no desenvolvimento, mudanças neuro-comportamentais e o aumento do risco a certos cânceres.17

Surpreendentemente, podemos também encontrar os químicos retardadores de chamas (flame retardant chemicals) nos refrigerantes que nossos filhos consomem. Os óleos vegetais bromados (brominated vegetable oils/BVO), (nt.: composto artificial feito com óleo de milho ou soja – hoje ambos transgênicos – em bebidas como Fanta, Gatorade e outras, para atuar como emulsionante. O bromo é um disruptor endócrino, feminizando os machos) foi primeiro desenvolvido como um retardador de chamas. No entanto, vem sendo adicionado aos refrigerantes e outras bebidas por décadas. Somente em 2014 a Coca-Cola e a PepsiCo renderam-se à pressão pública aceitaram retirar os BVOs de seus refrigerantes num futuro próximo.18

O bromo tem um efeito sedativo quando está próximo da toxicidade. Este elemento químico também se acumula no organismo, aumentando o risco de se experimentar, no tempo, seus efeitos tóxicos. Nos anos 50s, o sobreuso de produtos com bromo resultou em comas induzidas por ele.19

Tanto a Coca-Cola com a Pepsi negam que suas decisões para remover os BVOs estivessem de alguma forma relacionadas à saúde. A Coca-Cola diz que planeja trocá-los por isobutirato acetado de sacarose (nt.: em inglês – sucrose acetate isobutyrate/SAIB) e pelo éster glicerol de madeira de rosina (nt.: em inglês – glycerol ester of rosin/GEGR e GEWR). Infelizmente, a segurança destes aditivos é discutível, há muito poucos estudos existentes sobre eles. A Alemanha e outros países encontraram substitutos aos BVOs,  mais naturais e seguros.

Os riscos do bromo são comandados por seu acúmulo, resultando na deficiência de iodo, incluindo aumento nos riscos de câncer,20,21 infertilidade,22  desordens psicológicos, erupções na pele,23 fatiga, anorexia e dores abdominais.

Manter Nossas Crianças Seguras Destes Químicos Tóxicos

Lembrar que,  grama por grama, as crianças sofrem o maior volume de exposição aos químicos tóxicos, tanto originária do ar como às estas substâncias presentes na poeira das casas. Crianças e animais domésticos, que estão perto do solo, estão provavelmente muito propensas a ingeri-la. Da mesma forma, as crianças têm o sistema neurológico imaturo, ainda em desenvolvimento, tendo menores números de certas proteínas que se conectam a estes químicos e que com isso acabam permitindo que mais deles alcancem seus órgãos.

O fato delas também terem sua habilidade reduzida à desintoxicação química bem como excretá-los de seus corpos, aumenta o potencial destas substâncias produzirem significativo dano à sua saúde por longo tempo. No sentido de reduzir o risco, existem numerosas maneiras que se pode diminuir a carga sobre nossas crianças:

Amamentar (breastfeed) o nenê e a seguir utilizar somente alimentos locais e/ou orgânicos. Usar somente mamadeiras de vidro. Usar tecidos naturais (natural fabrics) ou brinquedos de madeira não tratada em vez de plástico.
Ter a água da torneira testada quanto a contaminantes; se detectados, instalar um filtro apropriado de água, mesmo na banheira e no chuveiro. Mudar para produtos naturais de cuidado pessoal, incluindo shampoo, pasta de dente livre de flúor, loções e sabão de lavar roupa. Usar somente produtos de limpeza naturais em casa, como bicarbonato de sódio e vinagre branco.
Buscar alternativas “verdes” livres de toxinas para pinturas, carpetes e para pisos. Escolher mobiliário livre de tóxicos para o quarto do nenê e para a creche. Aspirar frequentemente tanto a cadeirinha (car seat) como o próprio carro.
Usar a cadeirinha somente para transportar e não para fora do carro. Investir num carrinho padrão que não acople a cadeirinha do carro. Lavar as mãos e da criança frequentemente já que as crianças colocam seus dedos, muitas vezes, em sua boca. Não comprar mobílias sem a etiqueta ‘TB 117‘ (nt.: boletim técnico do estado da Califórnia, atualizada em 2013, que controla e elimina os retardadores de chamas).
Umedecer a poeira de móveis e do piso regularmente. Usar cadeiras de madeira sem estofamento na mesa de jantar e não se alimentar nem no sofá, nem perto dele (nt.: quando for de tecido e estofamento sintéticos). Antes de comprar móveis novos, carpetes ou outros produtos, informar ao vendedor que está procurando produtos sem retardadores de chamas.
A ONG Ecology Center tem uma lista com as melhores e as piores escolhas para as cadeirinhas (list of the best and worst picks for car seats) em termos de exposição química.

Fazer a escolha baseada na relação exposição tóxica e segurança.

Abrir as janelas do carro para sair o gás interno antes de ligar o ar condicionado ou o aquecimento, senão estará recirculando o ar contaminado. Quanto mais quente o carro, mais envenenado com gás tóxico.

Se o carro ficar no sol, deixar uma janela aberta, lembrando de fechá-la se ameaçar chover.

Procurar por um colchão (mattress)  100% orgânico ou de lã para reduzir a exposição aos PBDEs, que são obrigatórios como retardadores de chamas em colchões.

Oito horas ou mais, por dia, do rosto do nenê pressionando o colchão, aumenta sua exposição às substâncias químicas tóxicas presentes nele.

Manter plantas que não sejam tóxicas na casa para auxiliarem na redução da contaminação geral de substâncias químicas no ar da residência. Abrir as janelas da casa, cada dia, por 15 minutos, inverno e verão, para permitir a troca dos gases e reduzir a contaminação tóxica da residência.

 

Fontes e Referências
  • 1Natural Healing News, Feb 23, 2012
  • 2Healthy Stuff, 2016, Children’s Car Seat Safety Study
  • 3Global Healing Center, Toxic Metal: The Health Dangers of Lead
  • 4Toxipedia, Chlorinate Tris
  • 5,7Environmental Health News, Flame Retardants and Car Seats? Still a Thing
  • 6HBO Documentary, Toxic Hot Seat
  • 8Environmental Science and Technology, 2013;47(9):4449-54
  • 9A Report to the Minnesota State Legislature, Flame Retardants and Firefighter Exposure and Health
  • 10American Chemical Society, March 27, 2012
  • 11Physicians for Social Responsibility, March 26, 2013
  • 12Environmental Health Perspectives August 2014; 122(8)
  • 13U.S. National Library of Medicine, ToxTown, Polybrominated diphenyl Ethers
  • 14Environmental Health Perspectives, 2013 Feb;121(2):257-62
  • 15Green Facts, Polychlorinated Biphenyls
  • 16,17Toxipedia, Polybrominated Diphenyls Ethers
  • 18USA Today, May 5, 2014
  • 19Chemistry World, March 2, 2016
  • 20Advances in Experimental Medicine and Biology, 1977;91:293-304
  • 21Breast Cancer Choices, Bromide Dominance Theory How Competitive Inhibition Causes Iodine Deficiency
  • 22Clinical and Molecular Teratology, December 1983, DOI: 10.1002/tera.1420280302
  • 23WebMD, Ioderma and Bromoderma

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2017.

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Como a Monsanto Promove a Infertilidade Global

6 de outubro de 2016 por Luiz Jacques

Chemical Poisoning

Resumo da História

  • Monsanto tem uma história infame de produzir e vender substâncias tóxicas como o DDT, Agente Laranja, Roundup/Glifosato, Dioxina, PCBs e Aspartame;
  • Por ter sido uma vez o maior produtor de PCBs/policlorado bifenilos nos EUA, a Monsanto está agora sendo processada em múltiplas frentes por danos de saúde e ambiental pela poluição dos PCBs;
  • O envenenamento químico começa antes mesmo do nenê nascer já que estas substâncias químicas atravessam a barreira placentária, afetam tanto seu desenvolvimento neurológico como hormonal.

 

(Ressalva da tradução: Caso seja referendada a operação de negócio, TODO ESTE ‘PATRIMÔNIO’, desde setembro de 2016, PERTENCERÁ À EMPRESA ALEMÃ – BAYER – E COMO TUDO ‘O QUE É BAYER, É BOM‘, AGORA TUDO ‘O QUE É MONSANTO, É BOM‘ … também??)

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2016/08/24/monsanto-pcb-infertility.aspx

 

By Dr. Mercola

É longa e ultrajante a história da Monsanto tanto na fabricação como na disponibilização no mercado de substâncias químicas  como – DDT, Agente Laranja, Aspartame, Roundup/Glifosato e a Dioxina1 — dos quais a sociedade permanece sofrendo seus efeitos.

Num esforço de distanciar a corporação atual destes malfeitos passados, ela tem se referido a si mesma, em seus novos ‘releases‘, como  a “ex-Monsanto”, daquela de antes de 2002.2 No entanto, nada realmente mudou a não ser sua máquina de relações públicas/RP.

Enquanto a Monsanto mantém sua ramificação na engenharia genética (EG) de plantas, a venda de sementes geneticamente modificadas continuará alimentando, efetivamente, a necessidade dos agrotóxicos da transnacional. Conclui-se que a Monsanto é AINDA preliminarmente uma fornecedora de venenos, não de vida.

A Monsanto começou a forjar uma relação única e financeiramente vantajosa com o governo dos EUA já durante os anos 40 com o envolvimento da empresa no Projeto Manhattan – que produziu as primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial. Na Guerra do Vietnã foram os principais produtores do Agente Laranja.

Tanto a especialização na produção como na distribuição das substâncias tóxicas continuam nos dias de hoje.

Sua influência sobre o governo anda tão profunda que mesmo o fato de 64 outros países terem rotulado os alimentos geneticamente modificados (genetically engineered -GE- foods) há anos, os EUA agora tem a distinção de ser a primeira nação sem ter estes alimentos rotulados face a ação de uma corporação que produz massivas quantidades de sementes geneticamente modificadas.

A Monsanto e os Policlorados Bifenilos/PCBs (nt.: conhecido entre nós pelo nome comercial ‘Ascarel’)

Na última parte dos anos 20s, a Monsanto era a maior produtora dos PCBs. Esta substância química foi usada em lubrificantes para motores elétricos, em fluído hidráulico e como isolante em transformadores e equipamentos elétricos.3 Instalações antigas de luzes fluorescentes e ‘timers’ elétricos com capacitores com PCB podem ainda conter esta substância.

Durante anos o PCB foi fabricado e usado, não havia controle nem locais adequados para seu descarte. Já que os PCBs não se metabolizam sob nenhuma condição, eles estão ainda, neste momento, x distribuídos, amplamente, pelos ecossistemas globais, fazendo seu estrago através das cadeias alimentares.4

Entre a sua síntese na fábrica e a distribuição dos produtos industrializados e seu derradeiro banimento, no final dos anos 70s, mais ou menos uns 800 milhões de quilos foram dispersos em produtos comerciais em torno de todo o planeta.5

A Monsanto foi o fabricante original dos PCBs nos EUA sob a marca comercial de Aroclor. Problemas de saúde associados com a exposição à esta substância química foram observados já em 1933 quando 23 dos 24 trabalhadores na produção da fábrica desenvolveram pústulas, perda de energia, apetite e da libido além de distúrbios na pele.6

De acordo com a programação pública da transnacional, foi em 1966 que a “Monsanto e outros fabricantes começaram a estudar a persistência do PCB no ambiente.” 7 No entanto, sete anos antes, o diretor assistente do Departamento Médico da Monsanto já havia escrito:

“… [E]xposição suficiente, seja por inalação dos vapores ou por contato com a pele, pode resultar em cloro-acne que penso que devemos aceitar como uma indicação de mais lesões sistêmicas se esta exposição continuada seja consentida.”8

Em 1967, a Shell Oil comunicou-se com a Monsanto para informá-la sobre uma reportagem da Suécia, noticiando de que havia sido observado de que os PCBs estava se acumulando em mamíferos nas camadas elevadas da cadeia alimentar. A Shell solicitou amostras de PCB para fazer suas próprias pesquisas analíticas.9

Com absoluto conhecimento da devastação deflagrada tanto no ambiente como na própria humanidade, somente 11 anos mais tarde, em 1977, foi que a Monsanto foi constrangida a parar com sua produção de PCB.10

Os PCBs São Provavelmente Cancerígenos Humanos

A International Agency for Research on Cancer/IARC/OMS/ONU, a U.S. Environmental Protection Agency/EPA, o National Toxicology Program e o National Institute for Occupational Safety and Health/NIEHS identificaram os PCBs com potencial ou mesmo como prováveis e razoavelmente certos de causarem câncer em seres humanos.11

Se parece como se estas agências estivessem escamoteando suas palavras, elas realmente estão. Estudos humanos têm observado um incremento nas taxas de cânceres de fígado, tanto na vesícula como no trato biliar, gastrointestinais, melanomas, câncer cerebral e de mamas quando os indivíduos apresentam altos níveis de PCBs em seus sangue e tecidos.12

No entanto, a EPA limita a capacidade dos pesquisadores em poder conectar efetivamente uma substância química como sendo um carcinogênico a não aceitar a não ser havendo prova conclusiva. Enquanto esta prova é incontestável em pesquisa animal, não podemos experimentar esta substância em humanos (nt.: por uma óbvia questão ética!) para podermos computar os resultados como se faz com animais. Assim, os PCBs passam a ser tidos somente como “prováveis” carcinogênicos em seres humanos. No entanto, outros efeitos originários dos PCBs incluem:

  • Bebês nascem com retardo neurológico e controle motor deficiente, incluindo QI mais baixo, memória de curto prazo empobrecida além de baixa performance em testes de avaliação comportamental estandardizados;
  • Disfunção dos hormônios sexuais, incluindo o encurtamento dos ciclos menstruais, redução na contagem de espermatozoide e puberdade precoce;
  • Desequilíbrio dos hormônios da tireoide (thyroid hormone) afetando o crescimento e o desenvolvimento intelectual e comportamental;
  • Efeitos imunológicos, incluindo crianças com mais infecção de ouvido e catapora.

Uma vez que os PCBs sejam absorvidos pelo corpo, depositam-se no tecido gorduroso. Nem se metabolizam como não são excretados. Significa que numerosos PCBs acumulam-se por muito tempo, entrando nas camadas mais altas da cadeia alimentar. Os peixes menores são comidos pelos maiores e assim sucessivamente até que afinal tudo isso aterrissa em nossa mesa de jantar.

O Envenenamento Químico Começa Antes do Nascimento

Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia demonstrou que os PCBs foram detectados na corrente sanguínea de mulheres grávidas.13 Antes do nascimento, o cordão umbilical libera aproximadamente 300 litros de sangue para o feto a cada dia.

Não muito tempo atrás, os pesquisadores acreditavam que a placenta poderia proteger o feto em desenvolvimento da maioria dos poluentes e substâncias químicas. Agora sabemos que não há esta barreira placentária para estes produtos.

O cordão umbilical (umbilical cord) é a tábua de salvação entre a mãe e feto, sustentando a vida e propelindo o crescimento. No entanto, em pesquisa recente percebeu-se no cordão que o sangue continha entre 200 e 280 diferentes químicos; 180 eram conhecidos carcinogênicos e 217 eram tóxicos ao sistema nervoso do feto em desenvolvimento.14

Toda a química depositada em nosso organismos ou no corpinho do feto em desenvolvimento é chamada de “carga corporal” de substâncias químicas e poluentes.

A corrente constante de substâncias químicas originárias do ambiente durante qualquer momento crítico no desenvolvimento de um órgão e de um sistema, gera um impacto significativo sobre a saúde de nossa criança, tanto em sua infância como no seu desenvolvimento em direção à adultez.

Tracey Woodruff, Ph.D., diretor da Universidade da Califórnia de São Francisco do Programa sobre a Saúde Reprodutiva e o Ambiente, foi citada em um press release, por afirmar que:

“Foi surpreendente e preocupante detectar tantas substâncias químicas em mulheres grávidas sem o completo conhecimento de suas implicações sobre a gravidez. Muitas destas substâncias, nestas mulheres grávidas, estavam nas mesmas concentrações que têm sido associadas gerando efeitos negativos em crianças de outras pesquisas.

Enfatizo de que a exposição a múltiplos químicos pode tornar maior ainda o risco do mesmo tipo de resultado adverso à  saúde, do aquelas exposições a somente uma substância.”

Butil Benzil Ftalato — Outro Produto da Monsanto

O Butil benzil ftalato/BBP (phthalate), também fabricado pela Monsanto, foi recentemente correlacionado ao armazenamento de gordura na célula.15 Este ftalato específico foi detectado nos fluidos humanos e tem como efeito a acumulação de gordura no interior de todas as células.

O BBP é usado na fabricação de pisos de PVC ou vinil (nt.: ou vinyl em inglês, o mesmo dos afamados discos de colecionadores e ‘discos de vinil’ !), como um aditivo/plastificante em tubos de PVC, carpetes, correias transportadoras e mesmo fitas de calafetação empregadas tanto nas residências como em escritórios e espaços de trabalho e convivência humana, todos eles produtos de consumo feitos com PVC.

Como outros ftalatos utilizados na produção de artigos de consumo plásticos, o BBP não se mescla na trama da estrutura do produto, podendo então ser liberado para o ambiente onde se está. Desta forma, pode ser absorvido pelas plantas e/ou produtos alimentícios e então percorrer toda a cadeia alimentar.16 Sem dúvida que a maior fonte de contaminação desta substância é o alimento.

Alimentos, como ‘hamburgers’ e mesmo pizzas de ‘delivery’, podem incrementar nossa contaminação com os ftalatos. O perigo pode não estar no alimento em si, mas nos produtos que se utiliza para embalá-los e transportá-los.

Pesquisa analisou informações de, mais ou menos, 9.000 pessoas, detectando que um terço tinha se alimentado em restaurantes de ‘fast food’, e apresentavam maiores níveis de dois ftalatos diferentes.17

Potencialmente, o BBP pode afetar fortemente nossa função reprodutiva. Ressalta-se que, mesmos em doses baixas também tem efeitos negativos sobre nossos rins, fígado e pâncreas.18 Além disso, riscos aumentados de desordens no sistema respiratório e múltiplos mielomas também têm sido relatados em pessoas que são contaminadas com produtos fabricados com BBP.19 Um aumento na linha da cintura, com esta gordura típica, muito rica em hormônios femininos, mostra que a exposição ao BBP acaba, mesma forma, reduzindo a fertilidade masculina.

Baixa Contagem de Espermatozoides e Infertilidade  Afetando Animais e Seres Humanos

Uma pesquisa de 26 anos sobre fertilidade de cães, publicado recentemente, tem semelhanças e distinções às taxas humanas de infertilidade. Nesta pesquisa, os pesquisadores avaliaram a ejaculação de perto de 2.000 cães. Num período de mais de 26 anos, detectaram uma queda na motilidade dos espermatozoides de 2,4%  por ano.20

Soma a isso de que tanto os espermatozoides como os testículos de cachorros castrados continham PCBs e ftalatos, implicados noutros estudos como redutores da fertilidade (fertility). Ftalatos vem sendo relacionados tanto com o decréscimo da motilidade dos espermatozoides como com a sua qualidade,21 afetando tanto a fertilidade como a saúde presente e futura de nossas crianças.22

Os pesquisadores empregaram cachorros nestas pesquisa já que eles viviam no mesmo ambiente que seus donos e muitas vezes comendo a mesma comida. Estas correlações entre função e concentração de espermatozoides, ambiente e alimentação, em animais e humanos são bastante significativas.

Nestes 26 anos ocorreu também uma elevação de criptorquidismo em filhotes machos (uma condição na qual os testículos não descem em direção ao escroto) nascidos para serem os reprodutores e que experimentaram um declínio tanto na qualidade como na motilidade dos espermatozoides. 23 O criptorquidismo e os testículos que não descem, ocorrem a uma taxa de 1 para 20 em meninos que nascem no tempo e de 1 para 3 em prematuros.24

Problemas com infertilidade (infertility) também estão afetando animais marinhos do topo da cadeia alimentar. Nas águas ocidentais do Atlântico, o último cardume de Orcas estão condenados à extinção. Altos níveis de PCBs são detectados na gordura de mais de 1.000 golfinhos (nt.: uma das fontes de alimentos das orcas) e de orcas, nos últimos 20 anos. Agora observando o impacto sobre a fertilidade deste animal, o cardume que não vem se reproduzindo nestes últimos 19 anos, está sob avaliação.25

As Orcas viviam no Mar do Norte até os anos 60s. Neste tempo o pico da poluição pelos PCBs nesta área fez com que estes cetáceos desaparecessem. O mesmo ocorreu no Mar Mediterrâneo, onde as baleias prosperavam até os anos 80s. Este cardume ao longo da costa do Reino Unido é o último ainda vivo nesta região.

O Argumento da Monsanto nos Processos Judiciais dos PCBs

https://www.youtube.com/watch?v=LnJHWdkWuT4

 

((((((( AQUI ESTÃO OS ACESSOS AO YOUTUBE DO DOCUMENTÁRIO NA SUA INTEGRALIDADE, LEGENDADO E DUBLADO:

 

))))))

Mesmo a Monsanto negando sua culpabilidade e conhecimento dos perigos que estão por detrás dos PCBs, poderemos perceber pela documentação interna trazida por este vídeo, que de fato eles conheciam o perigo enquanto estavam em pela fabricação e distribuição do produto. A Monsanto está, no momento, emaranhada numa série de demandas judiciais em oito cidades. E o debate gira em torno de se ver quem está com as rédeas na mão. As cidades estão acionando a Monsanto junto à Corte Federal, informando de que a fabricação dos PCBs pela Monsanto poluiu a baia de São Francisco.26

O advogado da Monsanto, Robert Howard, fundamenta de que a cidade não tendo direitos sobre a água não poderia ajuizar este tipo de litígio contra ela. E, em razão dos PCBs não terem danificado a propriedade da cidade, tal como a corrosão da tubulação, o advogado reclama de que este tema passaria então a ser um problema do estado. Já Scott Fiske, advogado de três cidades, refutou com o argumento de que os interesses reguladores da cidade, na administração das águas pluviais, é uma de suas funções primordiais.27

Enquanto Fiske afirma que pode comprovar de que a Monsanto sabia que o produto era perigoso, desde 1969, Howard mantém de que a companhia não deve ser responsabilizada pelo uso das substâncias químicas que ela só produziu.

Em 2001, os advogados da Monsanto na disputa entre Owens v. Monsanto (nt.: disputa entre a contratada da Monsanto, Owens que, ao colocar seus funcionários a lidar com os PCBs, argumenta de que não dispunha de conhecimento da periculosidade do produto), reconhecem somente uma ameaça à saúde pela exposição aos PCBs: a cloracne. E em vez de reconhecer de que a Monsanto contaminou o planeta inteiro, clamam de que ela é totalmente isenta de qualquer responsabilidade.28 O advogado da Monsanto foi citado nos Chemical Industry Archives, dizendo que:

“A verdade é que os PCBs estão por toda a parte. Estão na carne, e assim nos corpos de todos os presentes nesta sala de audiências. Estão por todos os espaços e terão longa vida. Da mesma forma que uma série de outras substâncias.” 29

As cidades atualmente estão empenhadas em ações judiciais contra a Monsanto pelos danos aos ecossistemas e às fontes d’água, incluem-se Berkley, Oakland, San Jose, Portland, Spokane, Seattle, Long Beach e San Diego. Todas as oito cidades tentaram se agregar em suas ações contra a esta gigante da agroquímica (agrochemical), mas não tiveram êxito porque um juiz decidiu que eram fatos diferentes o suficiente que justificasse tramitarem como casos separados.30

Os Bolsos Profundos da Monsanto

A Monsanto peticionou a Federal Court para indeferir a ação judicial da cidade de Portland/Oregon, alegando de que ela poderia recorrer, adicionando anos ao processo. Isso possivelmente propiciaria de que a Monsanto pudesse aumentar a abrangência da ação, incluindo empresas e companhias que tivessem utilizado o produto e assim liberado os PCBs.31 Enquanto isso, três querelantes em St. Louis/Missouri, receberam notícias excelentes em maio deste ano de 2016. Foi quando um jurado deu-lhes ganho de causa num total de $46,5 milhões de dólares, ao considerar que a Monsanto foi  negligente na própria produção e fabricação dos PCBs.32

Esta ação denuncia de que a Monsanto vendeu PCBs mesmo depois de saber sobre seus perigos, ao anexar à ação, documentos internos datados de 1955, que afirmam: “Nós sabemos que os Aroclors [misturas de compostos da família dos PCBs] são tóxicos, mas o seu real limite não está definido com precisão.”33 Até esta data, este tipo de vitória sobre a Monsanto vem sendo muito rara. Williams Kherkher, advogado dos querelantes, explicou ao EcoWatch (nt.: website de notícias ambientais): 34

“A única razão porque estas vitórias são raras é em função de que ninguém tem um montante de recursos para lutar e enfrentar a Monsanto.”

Kherkher e outras firmas de advogados juntaram seus recursos neste caso e esperam ter sucesso em outras ações judiciais que virão. A firma vem agregando nomes de aproximadamente 1.000 litigantes com ações contra a Monsanto e os PCBs.

Fontes e Referências

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  • 6,8,9The History of PCBs | America Unites. (2016). Malibuunites.com.
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  • 22BLAKESLEE, S. (2016). Research on Birth Defects Shifts to Flaws in Sperm. Nytimes.com. Retrieved 13 August 2016
  • 23Environmental chemicals impact dog semen quality in vitro and may be associated with a temporal decline in sperm motility and increased cryptorchidism
  • 24Undescended Testes (Cryptorchidism) | myVMC. (2005). myVMC. Retrieved 14 August 2016
  • 25Carrington, D. (2016). UK’s last resident killer whales ‘doomed to extinction’. the Guardian. Retrieved 14 August 2016
  • 26,27,30CNS – Polluted Stormwater Isn’t Owned by Bay Area Cities, Monsanto Says. (2016). Courthousenews.com. Retrieved 15 August 2016
  • 28,29The Inside Story: Anniston, AL In-depth: Monsanto knew about PCB toxicity for decades. (2016). Chemicalindustryarchives.org.
  • 31In move to dismiss Portland Superfund lawsuit, Monsanto threatens to expand it wider – Portland Business Journal. (2016). Portland Business Journal.
  • 32,33,34Monsanto Ordered to Pay $46.5 Million in PCB Lawsuit in Rare Win for Plaintiffs. (2016). EcoWatch. Retrieved 15 August 2016

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2016.

 

 

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Mulheres Ameaçadas pelos Disruptores Endócrinos

16 de janeiro de 2016 por Luiz Jacques

Mulheres ameaçadas pelos disruptores endócrinos. Contaminação que irá assombrá-las pelo resto de suas vidas, da infância à velhice.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/12/30/precocious-puberty-endocrine-disrupting-chemicals.aspx
  •  Nota do site – Para quem não conhece sobre os disruptores endócrinos, trazemos para este plano da tradução, parte do texto abaixo que explica que ação eles têm:
  1. Imitam a ação dos hormônios produzidos naturalmente como o hormônio feminino estrogênio e o masculino testosterona;
  2. Bloqueiam os receptores dos hormônios que ficam nas membranas das células para levá-los para o núcleo, impedindo assim a ação dos hormônios gerados naturalmente pelos organismos;
  3. Afetam a síntese, o transporte, o metabolismo e a excreção dos hormônios, alterando então as concentrações dos hormônios naturais em nossos corpos.
  • Dicas do autor e do site para interromper a contaminação – Algumas aqui e as outras no final do texto:
  1. Comprar produtos que venham em vasilhames de vidro mais do que em plásticos e latas, já que destes dois últimos podem lixiviar estes químicos dos recipientes e irem para o produto. O Bisfenol A (BPA) representa uma séria preocupação; ter toda a segurança de que os vasilhames de plásticos e enlatados sejam BPA-free (nt.: destacamos de que devem ser livres de todos os Bisfenóis).
  2. Também estocar os alimentos e as bebidas em vasilhames de vidro em vez de em plástico e evitar os filmes plásticos (nt.: ver se os filmes não são feitos de PVC).
  3. Usar mamadeiras de vidro e bicos bem como todos os utensílios infantis dos filhos BPA-free.
  4. Comer normalmente alimentos frescos, orgânicos e crus. Alimentos processados e pré-empacotados (de todos os tipos) são comumente fontes destas substâncias químicas como o BPA e os ftalatos.
  5. Troquemos nossos utensílios e panelas feitos com antiaderente por cerâmica ou de vidro (nt.: no Brasil temos as de cerâmica do ES e as de pedra sabão de MG).
  6. Trocar os produtos de higiene feminina como os tampões e absorventes (tampons and sanitary pads) por alternativas seguras.
  7. Evitar os aromatizantes artificiais de ambiente, produtos para secar a roupa na máquina, amaciantes de tecidos e fragrâncias sintéticas.
  8. Procurar produtos que sejam livres de aromatizantes sintéticos, que sejam fragrance-free. Um aromatizante artificial pode conter centenas — mesmo milhares — de químicos potencialmente tóxicos.
  9. Trocar pisos, as cortinas de banheiro e outros materiais feitos de PVC ou Vinil por outros de materiais naturais e sem nenhum tipo de preservativo biocida.
  10. As outras no final do texto…….
sugary drinks

Resumo da história

  • A puberdade precoce está sendo desencadeada pela prematura liberação de hormônios, resultado em maturação sexual, alguns anos antes do que seria natural;
  • Exposição ambiental às substâncias conhecidas como disruptores endócrinos tem desempenhado o maior, senão um decisivo, papel neste processo. Pesquisa recente também conclama que alto consumo de refrigerantes pode afetar o ritmo de maturação de jovens meninas; 
  • Muitos destes químicos que causam a puberdade precoce, também estão associados com a menopausa antecipada, podendo ter efeitos adversos no funcionamento ovariano.  

By Dr. Mercola

Pesquisa recente revela que meninas norte americanas estão atingindo a puberdade mais cedo do que nunca. A idade média para este processo agora está em torno de 9 anos, com raros casos extremos dela ocorrer com idade tão jovem como 4 anos.

Interessantemente, pesquisa recente 1 também clama que alto consumo de açúcar — especificamente refrigerante — pode afetar o ritmo na maturação sexual das meninas. De acordo com a professora Karin Michels, que estuda as conexões entre exposições ambientais, questões genéticas e doenças:

“Nosso estudo adiciona a crescente preocupação sobre a ampliação no consumo de bebidas adoçadas com açúcar entre as crianças e os adolescentes.

A preocupação central é quanto à obesidade infantil, e nosso estudo sugere que a idade para a primeira menstruação (menarca) está ocorrendo mais cedo, independentemente do índice de massa corpórea, entre meninas que mais consomem bebidas adoçadas com a adição de açúcar.”

O início precoce da puberdade tem ramificações que vão muito além das meras mudanças físicas. Emoções, comportamento, saúde mental e física podem ser afetados de forma prejudicial.

Enquanto alguns pais estão recorrendo a tratamentos medicamentosos para manterem a puberdade longe do desenvolvimento prematuro de suas filhas, uma abordagem mais proativa deveria ser tomada para limitar a exposição aos químicos disruptores endócrinos. Começando o mais cedo possível, mesmo antes do nascimento, bem como dirigindo a dieta de sua filha — especificamente restringindo todas as formas de açúcares o mais possível.

As Ramificações da Puberdade Precoce

Hormônios, emoções e comportamento tendem a ir de mãos dadas, podendo levar à angústia tanto a menina como os pais quando a puberdade chega anos antes da normalidade. Como observado em recente artigo no periódico Newsweek 2:

“A mãe de uma menina de 8 anos de idade escreveu que sua filha ‘é muito sensual. Embora ela não entenda o que a definição de ‘sexualidade’ signifique, vem exibindo uma consciência muito particular de seu corpo e quer que outras pessoas lhe notem…’

[N]ão importando quão desenvolvida fisicamente a menina esteja, sua maturação psicossocial permanece ancorada em sua idade cronológica. ‘Estas jovens meninas sendo sendo, vamos usar o termo, ‘fisgadas’ pelos meninos mais velhos e mesmo homens, mas como elas podem ser preparadas para lidar para isso?

Obviamente, mulheres adultas têm momentos [bastante] difíceis ao lidarem com a atenção sexual não desejada,’ observa [Dra. Marcia] Herman-Giddens [professora de saúde pública junto à Universidade de Carolina do Norte].

O cérebro é altamente plástico e experiências estressantes como estas têm o seu preço. Meninas que maturam precocemente estão mais propensas a fumarem, estão fragilizadas frente a drogas e a terem altos níveis de transtornos alimentares.”

A puberdade precoce está também associada com o aumento do risco, no decorrer dos tempos, ao câncer de mama conectado ao estrogênio. Por exemplo, um estudo 3 de 2013 detectou que a puberdade precoce estava associada com o aumento em 30% do risco de câncer de mama comparado à entrada na puberdade mais tarde.

Da mesma forma, para cada idade em que o estabelecimento da menstruação foi retardado, o risco de câncer pré menopausa foi reduzido em mais ou menos 9%. Já para o câncer de mama pós menopausa foi reduzido em 4%.

Puberdade Precoce Associada à Elevação de Exposição Química

A definição de puberdade em meninas inclui o desenvolvimento das mamas, o crescimento dos pelos pubianos e o estabelecimento da menstruação. A idade média do aparecimento da puberdade em meninas nos EUA, estava entre os 16 e os 17 na virada do século 20. Hoje a idade média que as meninas começam seu primeiro período está nos 12. 4

De acordo com os dados da mais recente National Health and Nutrition Examination Survey,5  (nt.: Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional) o estabelecimento precoce do aparecimento da menstruação está relacionado com os elevados níveis de certos químicos como o 2, 5-diclorofenol (2, 5-DCP).

Na verdade, o 2, 5-DCP é um metabólito do 1,4-dichlorobenzene (paradiclorobenzeno), um químico usado em naftalina, desodorizantes ambientais, limpadores de vasos sanitários e outros produtos de limpeza doméstico. De acordo com os Centers for Disease Control and Prevention/CDC 6 (nt.: equivalente ao Ministério da Saúde brasileiro):

“O paradiclorobenzeno tem sido detectado na atmosfera dos ambientes domésticos, banheiros e em novas edificações além de amostras de ar das respirações de pessoas que vivem em casas onde desodorizantes ambientais e cristais de naftalina são utilizados.

O 2,5-dichorofenol pode também se formar em águas de tratamento de esgotos, em processamento de polpa de celulose e durante a incineração de madeira, carvão e lixo doméstico municipal.”

Os 12 Piores Disruptores Endócrinos

Como explanado pelo informativo 7 sobre agrotóxicos e disruptores endócrinos feito pelo website da ONG Beyond Pesticides, estas substâncias, os disruptores endócrinos, causam danos por:

  1. Mimetizarem a ação dos hormônios naturalmente produzidos, como o estrogênio e a testosterona;
  2. Bloquearem os receptores dos hormônios em nossas células, impedindo assim a ação normal dos hormônios;
  3. Afetarem a síntese, o transporte, o metabolismo e a excreção dos hormônios, alterando assim as concentrações dos hormônios naturais em nosso organismo.

Alguns dos maiores agressores são os plastificantes, compostos agregados às resinas plásticas (nt.: para lhe dar determinadas características como maleabilidade e transparência), como os ftalatos e os bisfenóis (BPA e BPS) — sendo por isso tão onipresentes.

Plásticos são usado em inimagináveis produtos domésticos, por isso temos que fazer uma mudança realmente decisiva e radical em nosso estilo de vida para podermos limitar nossa exposição a estes químicos.

Mesmo assim, será muito pouco provável que consigamos evitá-los completamente. Os plásticos continuam liberando estes químicos presentes em suas estruturas internas para o meio ambiente mesmo depois de terem sido usados e jogados fora. Partículas plásticas microscópicas agora formam e preenchem colunas e camadas de nossos oceanos. Acabam re-circulando, retornando à nossa cadeia alimentar, através da vida marinha.8

Como está mencionado no artigo em destaque, 9 nosso corpo não consegue metabolizar os ftalatos e outras moléculas sintéticas, fazendo com que, indiretamente, estas substâncias químicas possam ter efeitos adversos tanto sobre nosso peso como sobre o início da puberdade. Inquietantemente, recente pesquisa também sugere de que a exposição pré natal aos ftalatos (phthalate) pode levar à redução do QI em nossas crianças.

O bisfenol-A/BPA e o bisfenol-S/BPS mimetizam o hormônio feminino estrogênio e como observado em um estudo de 2011,10 o BPA é similar em potência hormonal ao estradiol (nt.: dos estrogênios femininos, é o mais potente) e pode influenciar um série de diferentes vias endócrinas.

Além disso, em pesquisa com animais, efeitos adversos do BPA foram detectados a partir de níveis abaixo da atual dose diária aceitável.

Juntamente com os ftalatos e os bisfenóis, outros potentes disruptores endócrinos estão inclusos no quadro que segue. 11 Já tratei em outros artigos de muitas destas substâncias anteriormente, assim mais informações sobre quaisquer um deles, acessar os links que estão associados por ‘hiperlink’ a cada uma das substâncias.

 

  Dioxina

 

  Atrazina  Retardadores de chamas   Chumbo   Mercúrio
  Perclorado

 

  Arsênico   Perfluorados químicos     (PFCs)   Agrotóxicos organofosfatados   Éteres  glicol

Os Disruptores Endócrinos Podem Afetar a Saúde Reprodutiva Ao Longo de Toda a Vida

O reverso de uma puberdade precoce é a menopausa precoce. Muitas destas substâncias químicas que causam esta precocidade estão também associadas com o mesmo evento na menopausa que poderá apresentar efeitos adversos na função ovariana.

Em recente pesquisa 12 descobriu-se que as mulheres que têm altos níveis de 15 diferentes químicos, incluindo os PCBs, os agrotóxicos e os ftalatos, normalmente entram na menopausa dois ou três anos mais cedo do que as outras com menores níveis.

A saúde reprodutiva de uma mulher pode também ser afetada em qualquer momento, durante a seu período de fertilidade, através de uma série de diferentes mecanismos que podem estar relacionados à super exposição química.

Por exemplo, a glândula tiroide é parte do sistema endócrino, sendo também vulnerável aos disruptores endócrinos. Curiosamente, recente pesquisa sugere que o hipertiroidismo (hyperthyroidism), uma condição na qual nossa tiroide é superativa, pode contribuir com problemas de fertilidade e gravidez em mulheres. Os autores sugerem que mulheres que lutam com infertilidade e/ou repetição de abortos podem ser dignosticadas como tendo doenças ligadas à tiroide.

A pesquisa, 13,14 publicada no periódico The Obstetrician & Gynecologist, detectou que 2,3% das mulheres com problemas de fertilidade tinham tiroides hiperativas (hipertiroidismo), comparadas a 1,5% das pertencentes à população em geral. De acordo com a co-autora Amanda Jeffreys:

“Anomalias na função da tiroide podem ter efeitos adversos sobre a saúde reprodutiva e resultar na redução nas taxas de concepção, aumentando o risco de abortos, reações adversas na gravidez e resultados neonatais.”

Em termos de tratamento, opções convencionais para o hipertiroidismo—como cirurgia ou o uso de iodo radioativo—tendem a produzir resultados pobres. Não recomendo a suplementação de iodo. Se houver confirmação de hipertiroidismo, a opção de tratamento mais efetivo pode ser o que está sendo apresentado pelo Dr. Jonathan Wright no vídeo abaixo.

De acordo com ele, os níveis normais da tiroide podem muitas vezes ser alcançados em menos de duas semanas com o seguinte procedimento:

  • Começar com cinco gotas de iodo lugol, três vezes ao dia;
  • Depois de quatro ou cinco dias, começar a receber 300 mg de carbonato de lítio, uma ou três vezes ao dia.

Caso decida fazer este procedimento é importante ser com o conhecimento do médico particular pelos sérios efeitos que podem ocorrer se fizermos tanto um como o outro procedimento, principalmente no que se refere ao carbonato de lítio.

 

A OMS Diz que Banir estes Disruptores Endócrinos Pode Ser Necessário para Proteger a Saúde Humana

Em 2013, a Organização Mundial da Saúde/OMS (nt.: em inglês – World Health Organization/WHO) liberou um relatório co-produzido com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/PNUMA (nt.: em inglês – United Nations Environment Program/UNEP), intitulado “Estado da Ciência dos Disruptores Endócrinos.” 15 O relatório sugere que o indiscutível banimento de todos os químicos disruptores endócrinos (nt.: em inglês – endocrine disrupting chemicals/EDCs) pode, na verdade, ser necessário para proteger a saúde das futuras gerações. Segundo o relatório:

“Os diversos sistemas afetados pelos disruptores endócrinos possivelmente incluem todos os sistemas hormonais e vão daqueles que controlam o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutivos aos tecidos e órgãos que regulam o metabolismo e a saciedade. Efeitos sobre estes sistemas podem levar à obesidade, à infertilidade e/ou sua redução, dificuldades de memória e aprendizado, estabelecimento de diabetes em adulto ou mesmo doenças cardiovasculares, bem como uma variedade de outras enfermidades.”

Dicas que Auxiliar a Evitar os Químicos Tóxicos

Mesmo que seja praticamente impossível manter-se livre dos disruptores endócrinos, podemos minimizar a exposição pessoal e familiar, seguindo estas dicas:

  1. Aqui estão as outras dicas trazidas pelo autor ….
  2. …….
  3. …….
  4. Filtrar a água da torneira—tanto para beber como para banho. De fato, se puder se fazer somente uma das opções, filtrar a água do banho por ser mais importante, já que nossa pele absorve todos os contaminantes. Para remover o herbicida disruptor endócrino Atrazina, ter a segurança de que o filtro é certificado para removê-lo.
  5. Procurar produtos que sejam feitos por empresas que, em seus processos, não prejudiquem o ambiente, os animais, que sejam ecológicos e não tóxicos e/ou 100% orgânicos. Isso se aplica a tudo que se relaciona de alimentos a produtos de cuidado pessoal, bem como materiais de construção, carpetes e tapetes, tintas e vernizes, itens infantis, mobiliário e tudo mais. .
  6. Usar aspirador de pó com o filtro HEPA/ High Efficiency Particulate Air para remover a poeira e o pó contaminados de nossas casas.
  7. Quando comprar novos produtos como móveis, colchões (mattresses), ou a forração e carpetes, perguntar que tipo de retardador de chamas contêm. Ser conscientes e/ou evitar os itens que contenham PBDEs, antimônio, formaldeído, ácido bórico e outros químicos bromados (brominated chemicals). Assim que trocar estes itens tóxicos de toda a casa, selecionar aqueles que contenham naturalmente menos material inflamável como couro, lã e algodão.
  8. Evitar roupas, móveis e carpetes que sejam resistentes a manchas e a água para se evitar os químicos perfluorados.
  9. Ter certeza de que os brinquedos infantis sejam BPA-free, como os bicos, os mastigadores e tudo o que o bebê ou a criança possa tender a querer morder ou chupar.
  10. Somente usar produtos naturais de limpeza em casa ou fazê-los com as receitas que o site fornece. Evitar os produtos que contenham 2-butoxietanol (EGBE) e metoxidiglicol (DEGME)—dois éteres glicol que podem prejudicar a fertilidade e causar prejuízos ao feto. 12
  11. Mudar completamente para marcas orgânicas de produtos de toalete como xampus, pastas de dente, antiperspirantes e cosméticos. Lembrar que se pode trocar muitos dos produtos tóxicos pelo óleo de coco e o bicarbonato de sódio, por exemplo. A ONG  Environmental Working Group/EWG dispõe de um grande arquivo de dados 13 para auxiliar a se encontrar produtos de cuidado pessoal que sejam livres de ftalatos e de outros químicos potencialmente perigosos. Eu também ofereço uma linha de alta qualidade de produtos para pele, xampus e condicionadores, além de creme para o corpo totalmente naturais e seguros.
  12. Quanto for possível, comprar e ingerir produtos cárneos produzidas organicamente de animais em pastos para reduzir nossa exposição aos hormônios fornecidos aos animais, agrotóxicos e fertilizantes solúveis. Evitar também leite e outros produtos lácteos que contenham hormônio de crescimento recombinante, geneticamente modificado,(nt.: sigla em português – hrGH  e em inglês – recombinant bovine growth hormone/rBGH ou rBST).
  13. Em vez de comer peixe convencional ou de criatório, que podem estar muitas vezes pesadamente contaminados com os organoclorados PCBs (nt.: ver materiais sobre estes produtos, conhecido comercialmente como Ascarel, em vários textos no site) e mercúrio, complementar a nutrição com óleo de krill purificado de alta qualidade, ou comer peixe que foi capturado no mundo selvagem e testado em laboratório sobre sua pureza. Salmões selvagens capturados no Alasca é praticamente o único peixe que como por estas razões.

 

Fontes e Referências

  1. 1Toronto Sun January 29, 2015
  • 2,9Newsweek January 26, 2015
  • 3J Adolesc Health. May 2013; 52(5 0): S15–S20
  • 4,5Environmental Health Perspectives DOI:10.1289/ehp.1104748
  • 6CDC Biomonitoring Summary, 2,5-Dichlorophenol
  • 7Beyond Pesticides, Pesticides and Endocrine Disruption (PDF)
  • 8The Observer January 25, 2015
  • 10Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology: October 2011: 127(1-2); 27-34
  • 11Environmental Working Group October 28, 2013
  • 12WebMD January 28, 2015
  • 13The Obstetrician and Gynecologist January 2015: 17(1); 39-45
  • 14Medicinenet.com January 26, 2015
  • 15WHO February 19, 2013 Press release
  • 16EWG Skin Deep

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2016.

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