Como a Monsanto Promove a Infertilidade Global

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Chemical Poisoning

Resumo da História

  • tem uma história infame de produzir e vender substâncias tóxicas como o DDT, Agente Laranja, Roundup/Glifosato, , e Aspartame;
  • Por ter sido uma vez o maior produtor de /policlorado bifenilos nos , a está agora sendo processada em múltiplas frentes por danos de saúde e ambiental pela dos PCBs;
  • O envenenamento químico começa antes mesmo do nenê nascer já que estas substâncias químicas atravessam a barreira placentária, afetam tanto seu desenvolvimento neurológico como hormonal.

 

(Ressalva da tradução: Caso seja referendada a operação de negócio, TODO ESTE ‘PATRIMÔNIO', desde setembro de 2016, PERTENCERÁ À EMPRESA ALEMÃ – – E COMO TUDO ‘O QUE É BAYER, É BOM‘, AGORA TUDO ‘O QUE É MONSANTO, É BOM‘ … também??)

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2016/08/24/monsanto-pcb-infertility.aspx

 

By Dr. Mercola

É longa e ultrajante a história da Monsanto tanto na fabricação como na disponibilização no mercado de substâncias químicas  como – DDT, Agente Laranja, Aspartame, Roundup/Glifosato e a Dioxina1 — dos quais a sociedade permanece sofrendo seus efeitos.

Num esforço de distanciar a corporação atual destes malfeitos passados, ela tem se referido a si mesma, em seus novos ‘releases‘, como  a “ex-Monsanto”, daquela de antes de 2002.2 No entanto, nada realmente mudou a não ser sua máquina de relações públicas/RP.

Enquanto a Monsanto mantém sua ramificação na engenharia genética (EG) de plantas, a venda de sementes geneticamente modificadas continuará alimentando, efetivamente, a necessidade dos agrotóxicos da transnacional. Conclui-se que a Monsanto é AINDA preliminarmente uma fornecedora de venenos, não de vida.

A Monsanto começou a forjar uma relação única e financeiramente vantajosa com o governo dos EUA já durante os anos 40 com o envolvimento da empresa no Projeto Manhattan – que produziu as primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial. Na Guerra do Vietnã foram os principais produtores do Agente Laranja.

Tanto a especialização na produção como na distribuição das substâncias tóxicas continuam nos dias de hoje.

Sua influência sobre o governo anda tão profunda que mesmo o fato de 64 outros países terem rotulado os alimentos geneticamente modificados (genetically engineered -GE- foods) há anos, os EUA agora tem a distinção de ser a primeira nação sem ter estes alimentos rotulados face a ação de uma corporação que produz massivas quantidades de sementes geneticamente modificadas.

A Monsanto e os Policlorados Bifenilos/PCBs (nt.: conhecido entre nós pelo nome comercial ‘Ascarel')

Na última parte dos anos 20s, a Monsanto era a maior produtora dos PCBs. Esta substância química foi usada em lubrificantes para motores elétricos, em fluído hidráulico e como isolante em transformadores e equipamentos elétricos.3 Instalações antigas de luzes fluorescentes e ‘timers' elétricos com capacitores com PCB podem ainda conter esta substância.

Durante anos o PCB foi fabricado e usado, não havia controle nem locais adequados para seu descarte. Já que os PCBs não se metabolizam sob nenhuma condição, eles estão ainda, neste momento, x distribuídos, amplamente, pelos ecossistemas globais, fazendo seu estrago através das cadeias alimentares.4

Entre a sua síntese na fábrica e a distribuição dos produtos industrializados e seu derradeiro banimento, no final dos anos 70s, mais ou menos uns 800 milhões de quilos foram dispersos em produtos comerciais em torno de todo o planeta.5

A Monsanto foi o fabricante original dos PCBs nos EUA sob a marca comercial de Aroclor. Problemas de saúde associados com a exposição à esta substância química foram observados já em 1933 quando 23 dos 24 trabalhadores na produção da fábrica desenvolveram pústulas, perda de , apetite e da libido além de distúrbios na pele.6

De acordo com a programação pública da transnacional, foi em 1966 que a “Monsanto e outros fabricantes começaram a estudar a persistência do PCB no ambiente.” 7 No entanto, sete anos antes, o diretor assistente do Departamento Médico da Monsanto já havia escrito:

“… [E]xposição suficiente, seja por inalação dos vapores ou por contato com a pele, pode resultar em cloro-acne que penso que devemos aceitar como uma indicação de mais lesões sistêmicas se esta exposição continuada seja consentida.”8

Em 1967, a Shell Oil comunicou-se com a Monsanto para informá-la sobre uma reportagem da Suécia, noticiando de que havia sido observado de que os PCBs estava se acumulando em mamíferos nas camadas elevadas da cadeia alimentar. A Shell solicitou amostras de PCB para fazer suas próprias pesquisas analíticas.9

Com absoluto conhecimento da devastação deflagrada tanto no ambiente como na própria humanidade, somente 11 anos mais tarde, em 1977, foi que a Monsanto foi constrangida a parar com sua produção de PCB.10

Os PCBs São Provavelmente Cancerígenos Humanos

A International Agency for Research on Cancer/IARC/OMS/, a U.S. Environmental Protection Agency/EPA, o National Toxicology Program e o National Institute for Occupational Safety and Health/NIEHS identificaram os PCBs com potencial ou mesmo como prováveis e razoavelmente certos de causarem em seres humanos.11

Se parece como se estas agências estivessem escamoteando suas palavras, elas realmente estão. Estudos humanos têm observado um incremento nas taxas de cânceres de fígado, tanto na vesícula como no trato biliar, gastrointestinais, melanomas, câncer cerebral e de mamas quando os indivíduos apresentam altos níveis de PCBs em seus sangue e tecidos.12

No entanto, a EPA limita a capacidade dos pesquisadores em poder conectar efetivamente uma substância química como sendo um carcinogênico a não aceitar a não ser havendo prova conclusiva. Enquanto esta prova é incontestável em pesquisa animal, não podemos experimentar esta substância em humanos (nt.: por uma óbvia questão ética!) para podermos computar os resultados como se faz com animais. Assim, os PCBs passam a ser tidos somente como “prováveis” carcinogênicos em seres humanos. No entanto, outros efeitos originários dos PCBs incluem:

  • Bebês nascem com retardo neurológico e controle motor deficiente, incluindo QI mais baixo, memória de curto prazo empobrecida além de baixa performance em testes de avaliação comportamental estandardizados;
  • Disfunção dos hormônios sexuais, incluindo o encurtamento dos ciclos menstruais, redução na contagem de espermatozoide e puberdade precoce;
  • Desequilíbrio dos hormônios da tireoide (thyroid hormone) afetando o crescimento e o desenvolvimento intelectual e comportamental;
  • Efeitos imunológicos, incluindo crianças com mais infecção de ouvido e catapora.

Uma vez que os PCBs sejam absorvidos pelo corpo, depositam-se no tecido gorduroso. Nem se metabolizam como não são excretados. Significa que numerosos PCBs acumulam-se por muito tempo, entrando nas camadas mais altas da cadeia alimentar. Os peixes menores são comidos pelos maiores e assim sucessivamente até que afinal tudo isso aterrissa em nossa mesa de jantar.

O Envenenamento Químico Começa Antes do Nascimento

Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia demonstrou que os PCBs foram detectados na corrente sanguínea de mulheres grávidas.13 Antes do nascimento, o cordão umbilical libera aproximadamente 300 litros de sangue para o feto a cada dia.

Não muito tempo atrás, os pesquisadores acreditavam que a placenta poderia proteger o feto em desenvolvimento da maioria dos poluentes e substâncias químicas. Agora sabemos que não há esta barreira placentária para estes produtos.

O cordão umbilical (umbilical cord) é a tábua de salvação entre a mãe e feto, sustentando a vida e propelindo o crescimento. No entanto, em pesquisa recente percebeu-se no cordão que o sangue continha entre 200 e 280 diferentes químicos; 180 eram conhecidos carcinogênicos e 217 eram tóxicos ao sistema nervoso do feto em desenvolvimento.14

Toda a química depositada em nosso organismos ou no corpinho do feto em desenvolvimento é chamada de “carga corporal” de substâncias químicas e poluentes.

A corrente constante de substâncias químicas originárias do ambiente durante qualquer momento crítico no desenvolvimento de um órgão e de um sistema, gera um impacto significativo sobre a saúde de nossa , tanto em sua infância como no seu desenvolvimento em direção à adultez.

Tracey Woodruff, Ph.D., diretor da Universidade da Califórnia de São Francisco do Programa sobre a Saúde Reprodutiva e o Ambiente, foi citada em um press release, por afirmar que:

“Foi surpreendente e preocupante detectar tantas substâncias químicas em mulheres grávidas sem o completo conhecimento de suas implicações sobre a gravidez. Muitas destas substâncias, nestas mulheres grávidas, estavam nas mesmas concentrações que têm sido associadas gerando efeitos negativos em crianças de outras pesquisas.

Enfatizo de que a exposição a múltiplos químicos pode tornar maior ainda o risco do mesmo tipo de resultado adverso à  saúde, do aquelas exposições a somente uma substância.”

Butil Benzil Ftalato — Outro Produto da Monsanto

O Butil benzil /BBP (phthalate), também fabricado pela Monsanto, foi recentemente correlacionado ao armazenamento de gordura na célula.15 Este ftalato específico foi detectado nos fluidos humanos e tem como efeito a acumulação de gordura no interior de todas as células.

O BBP é usado na fabricação de pisos de PVC ou vinil (nt.: ou vinyl em inglês, o mesmo dos afamados discos de colecionadores e ‘discos de vinil' !), como um aditivo/ em tubos de PVC, carpetes, correias transportadoras e mesmo fitas de calafetação empregadas tanto nas residências como em escritórios e espaços de trabalho e convivência humana, todos eles produtos de consumo feitos com PVC.

Como outros ftalatos utilizados na produção de artigos de consumo plásticos, o BBP não se mescla na trama da estrutura do produto, podendo então ser liberado para o ambiente onde se está. Desta forma, pode ser absorvido pelas plantas e/ou produtos alimentícios e então percorrer toda a cadeia alimentar.16 Sem dúvida que a maior fonte de contaminação desta substância é o .

Alimentos, como ‘hamburgers' e mesmo pizzas de ‘delivery', podem incrementar nossa contaminação com os ftalatos. O perigo pode não estar no alimento em si, mas nos produtos que se utiliza para embalá-los e transportá-los.

Pesquisa analisou informações de, mais ou menos, 9.000 pessoas, detectando que um terço tinha se alimentado em restaurantes de ‘fast food', e apresentavam maiores níveis de dois ftalatos diferentes.17

Potencialmente, o BBP pode afetar fortemente nossa função reprodutiva. Ressalta-se que, mesmos em doses baixas também tem efeitos negativos sobre nossos rins, fígado e pâncreas.18 Além disso, riscos aumentados de desordens no sistema respiratório e múltiplos mielomas também têm sido relatados em pessoas que são contaminadas com produtos fabricados com BBP.19 Um aumento na linha da cintura, com esta gordura típica, muito rica em hormônios femininos, mostra que a exposição ao BBP acaba, mesma forma, reduzindo a fertilidade masculina.

Baixa Contagem de Espermatozoides e Infertilidade  Afetando Animais e Seres Humanos

Uma pesquisa de 26 anos sobre fertilidade de cães, publicado recentemente, tem semelhanças e distinções às taxas humanas de infertilidade. Nesta pesquisa, os pesquisadores avaliaram a ejaculação de perto de 2.000 cães. Num período de mais de 26 anos, detectaram uma queda na motilidade dos espermatozoides de 2,4%  por ano.20

Soma a isso de que tanto os espermatozoides como os testículos de cachorros castrados continham PCBs e ftalatos, implicados noutros estudos como redutores da fertilidade (fertility). Ftalatos vem sendo relacionados tanto com o decréscimo da motilidade dos espermatozoides como com a sua qualidade,21 afetando tanto a fertilidade como a saúde presente e futura de nossas crianças.22

Os pesquisadores empregaram cachorros nestas pesquisa já que eles viviam no mesmo ambiente que seus donos e muitas vezes comendo a mesma comida. Estas correlações entre função e concentração de espermatozoides, ambiente e alimentação, em animais e humanos são bastante significativas.

Nestes 26 anos ocorreu também uma elevação de criptorquidismo em filhotes machos (uma condição na qual os testículos não descem em direção ao escroto) nascidos para serem os reprodutores e que experimentaram um declínio tanto na qualidade como na motilidade dos espermatozoides. 23 O criptorquidismo e os testículos que não descem, ocorrem a uma taxa de 1 para 20 em meninos que nascem no tempo e de 1 para 3 em prematuros.24

Problemas com infertilidade (infertility) também estão afetando animais marinhos do topo da cadeia alimentar. Nas águas ocidentais do Atlântico, o último cardume de Orcas estão condenados à extinção. Altos níveis de PCBs são detectados na gordura de mais de 1.000 golfinhos (nt.: uma das fontes de alimentos das orcas) e de orcas, nos últimos 20 anos. Agora observando o impacto sobre a fertilidade deste animal, o cardume que não vem se reproduzindo nestes últimos 19 anos, está sob avaliação.25

As Orcas viviam no Mar do Norte até os anos 60s. Neste tempo o pico da poluição pelos PCBs nesta área fez com que estes cetáceos desaparecessem. O mesmo ocorreu no Mar Mediterrâneo, onde as baleias prosperavam até os anos 80s. Este cardume ao longo da costa do Reino Unido é o último ainda vivo nesta região.

O Argumento da Monsanto nos Processos Judiciais dos PCBs

https://www.youtube.com/watch?v=LnJHWdkWuT4

 

((((((( AQUI ESTÃO OS ACESSOS AO YOUTUBE DO DOCUMENTÁRIO NA SUA INTEGRALIDADE, LEGENDADO E DUBLADO:

https://www.youtube.com/watch?v=J22coHHotpw

 

))))))

Mesmo a Monsanto negando sua culpabilidade e conhecimento dos perigos que estão por detrás dos PCBs, poderemos perceber pela documentação interna trazida por este vídeo, que de fato eles conheciam o perigo enquanto estavam em pela fabricação e distribuição do produto. A Monsanto está, no momento, emaranhada numa série de demandas judiciais em oito cidades. E o debate gira em torno de se ver quem está com as rédeas na mão. As cidades estão acionando a Monsanto junto à Corte Federal, informando de que a fabricação dos PCBs pela Monsanto poluiu a baia de São Francisco.26

O advogado da Monsanto, Robert Howard, fundamenta de que a cidade não tendo direitos sobre a água não poderia ajuizar este tipo de litígio contra ela. E, em razão dos PCBs não terem danificado a propriedade da cidade, tal como a corrosão da tubulação, o advogado reclama de que este tema passaria então a ser um problema do estado. Já Scott Fiske, advogado de três cidades, refutou com o argumento de que os interesses reguladores da cidade, na administração das águas pluviais, é uma de suas funções primordiais.27

Enquanto Fiske afirma que pode comprovar de que a Monsanto sabia que o produto era perigoso, desde 1969, Howard mantém de que a companhia não deve ser responsabilizada pelo uso das substâncias químicas que ela só produziu.

Em 2001, os advogados da Monsanto na disputa entre Owens v. Monsanto (nt.: disputa entre a contratada da Monsanto, Owens que, ao colocar seus funcionários a lidar com os PCBs, argumenta de que não dispunha de conhecimento da periculosidade do produto), reconhecem somente uma ameaça à saúde pela exposição aos PCBs: a cloracne. E em vez de reconhecer de que a Monsanto contaminou o planeta inteiro, clamam de que ela é totalmente isenta de qualquer responsabilidade.28 O advogado da Monsanto foi citado nos Chemical Industry Archives, dizendo que:

“A verdade é que os PCBs estão por toda a parte. Estão na carne, e assim nos corpos de todos os presentes nesta sala de audiências. Estão por todos os espaços e terão longa vida. Da mesma forma que uma série de outras substâncias.” 29

As cidades atualmente estão empenhadas em ações judiciais contra a Monsanto pelos danos aos ecossistemas e às fontes d'água, incluem-se Berkley, Oakland, San Jose, Portland, Spokane, Seattle, Long Beach e San Diego. Todas as oito cidades tentaram se agregar em suas ações contra a esta gigante da agroquímica (agrochemical), mas não tiveram êxito porque um juiz decidiu que eram fatos diferentes o suficiente que justificasse tramitarem como casos separados.30

Os Bolsos Profundos da Monsanto

A Monsanto peticionou a Federal Court para indeferir a ação judicial da cidade de Portland/Oregon, alegando de que ela poderia recorrer, adicionando anos ao processo. Isso possivelmente propiciaria de que a Monsanto pudesse aumentar a abrangência da ação, incluindo empresas e companhias que tivessem utilizado o produto e assim liberado os PCBs.31 Enquanto isso, três querelantes em St. Louis/Missouri, receberam notícias excelentes em maio deste ano de 2016. Foi quando um jurado deu-lhes ganho de causa num total de $46,5 milhões de dólares, ao considerar que a Monsanto foi  negligente na própria produção e fabricação dos PCBs.32

Esta ação denuncia de que a Monsanto vendeu PCBs mesmo depois de saber sobre seus perigos, ao anexar à ação, documentos internos datados de 1955, que afirmam: “Nós sabemos que os Aroclors [misturas de compostos da família dos PCBs] são tóxicos, mas o seu real limite não está definido com precisão.”33 Até esta data, este tipo de vitória sobre a Monsanto vem sendo muito rara. Williams Kherkher, advogado dos querelantes, explicou ao EcoWatch (nt.: website de notícias ambientais): 34

“A única razão porque estas vitórias são raras é em função de que ninguém tem um montante de recursos para lutar e enfrentar a Monsanto.”

Kherkher e outras firmas de advogados juntaram seus recursos neste caso e esperam ter sucesso em outras ações judiciais que virão. A firma vem agregando nomes de aproximadamente 1.000 litigantes com ações contra a Monsanto e os PCBs.

Fontes e Referências

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2016.

 

 

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