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Povos Originários: Os conflitos entre imigrantes alemães e kaingang no Sul

Duas matérias, no mesmo dia e na mesma mídia pública alemã, DW. A mesma história, mas vista sob prismas diferentes. As duas partes vítimas da mesma ideologia que promoveu a ocupação dos territórios originários com o intuito de instalar uma colônia que estivesse a serviço dos Impérios Coloniais, uns mais visíveis e explícitos do que outros. No entanto, a doutrina sempre foi igual: agregar patrimônios=recursos móveis e imóveis aos cofres dos Impérios. E para tanto, os espaços americanos deveriam ser considerados como terras sem gente para abrigar gente sem terra. Argumento este que foi propalado, séculos depois, pela ditadura militar, do século XX, quando fez o mesmo com as terras do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado. Lembram do discurso do Garrastazu Médici quando, na televisão em cadeia nacional, ‘apresentou’ as obras da Transamazônica? Idêntica visão de mundo que se perpetua no tempo e nos espaços. Será que não dá para se ver no exato dia de hoje com os homens do ‘agronegócio’ o mesmo de sempre? Percebam que esta ideologia da apropriação do patrimônio da humanidade, que sempre os povos originários de todas as Américas foram os guardiães e, com inteligência e harmonia, conservando e integrando, por princípios sociais e éticos, antes da chegada dos primeiros invasores, supremacistas brancos eurocêntricos, na modalidade portuguesa, no século XVI e que vem se desdobrando, sob várias modalidade europeias, desde então? Hoje são os crentes da doutrina da colonialidade, mas a visão sobre a Vida permanece idêntica. Como se vê, a história branca sempre é contada por eles, os ‘cristãos’, os ‘bravos’, os ‘competentes’, os ‘progressistas’, os ‘meritocratas’, em contraposição aos ‘selvagens’, os ‘obtusos’, os ‘primitivos’, os ‘desgrenhados’, os ‘pagãos’, os ‘impuros’, os ‘bugres’. Leia mais

Tradições: Marco temporal: violência contra indígenas dispara com incerteza jurídica sobre demarcação de terras

Texto abaixo demonstra que todas as reflexões que fizemos nos dois textos que a mídia alemã DW publicou sobre os 200 anos da imigração alemã, não fogem do nosso cotidiano. É o mesmo dia a dia como se ainda estivéssemos vivendo a mesma ladainha desde o final do século XV e início do século XVI. A visão de mundo, com todos os seus paradigmas, se escracha até hoje. Mas até quando? Será que vai ser quando o último dos ‘parentes’ dos povos originários der ó derradeiro suspiro? Este futuro está em nossas mãos, mas antes passa pelos nossos corações e mentes. Leia mais

Relações humanas: Os 200 anos da saga alemã no Brasil

É sabido que a história é contada pelos ‘vencedores’ e os litígios ficam por conta dos vencidos. Esse texto publicado pela mídia pública alemã DW procura, dentro de um aparente esforço, mostrar ‘todos’ os aspectos que poderíamos considerar como positivos e negativos da imigração de etnias germânicas desde as primeiras décadas do século XIX. Sob o aspecto historiográfico, este material é importante, mesmo que, por menos que se queira, seja parcial. Infelizmente há um certo vício de origem na história das Américas que remonta à Bula do Papa Alexandre Vl, chamada de ‘Inter Coetera’ ou ‘Inter Caetera’, exarada no final do século XV e que deu origem ao afamado Tratado de Tordesilhas.. Nela era determinado que todas as terras Além Mar seriam dos Reis da Espanha e de Portugal. Ou seja, terra sem gente para gente ‘esfomeada’ por terra e por recursos, na época chamados de ‘especiarias’. E mais, de preferência que fossem ‘economicamente ‘interessantes’. E assim, como o mito de Erisícton da antiga Grécia, nada nem ninguém mereceria ser considerado a não ser os interesses dos Impérios Coloniais de então. E esta ideologia foi se fortalecendo a ponto de ser a verdadeira face da história da maioria das nações que se formaram nas Américas. Assim, haver no Brasil uma pressão para que se pudesse alterar a constituição no sentido de podermos ter duas nacionalidades, abriu as portas para os eurodescendentes de hoje se consideram mais de lá do que de cá. E estarmos vivendo a doutrina do supremacismo branco eurocêntrico com a prática e a fé na colonialidade, passa a ser o paradigma inclusive da invasão nas últimas décadas das ‘novas fronteiras agrícolas’ e da produção desesperada e avassaladora de ‘commodities’, um fato atual, corriqueiro e ‘louvável’. Constata-se tristemente que é a mesma visão de mundo do século XVI até às imigrações, fomentada pelos prepostos dos Impérios, que se espraia, nos dias de hoje, pela Amazônia, pelo Pantanal, pelo Cerrado como já foi na costa atlântica e nos interiores e sertões do Oiapoque ao Chuí. A pergunta é: quando seremos, todos, responsáveis pelas terras que a Humanidade nos colocou como guardiões como os povos originários foram, são e serão desde o passado mais remoto até o futuro mais longínquo de nossos descendentes? Leia mais

Tradições: A ofensiva da extrema direita sobre Terras Indígenas no Brasil

A insensatez das chamadas bancadas ruralista e da BBB/Bala/Boi/Bíblia, vem demonstrando que podem ser tudo menos concidadãos em nosso país. Mesmo que fossem praticantes da colonialidade, fundada no capitalismo indigno e cruel, e crentes da doutrina do supremacismo branco eurocêntrico em seu confronto com os povos originários, os verdadeiros ‘donos’ imemoriais de todo o continente das Américas, jamais poderão negar que são eles que criam as possibilidades reais de podermos superar os embates das crises climática, social e ambiental de todas as Américas. Esta pretensão dos eurodescendentes de se sobreporem aos povos que vieram por séculos mostrando que só com a integração objetiva com a natureza iremos legar um planeta saudável para todas as futuras gerações de todos os seres, humanos e não-humanos, demonstra como são realmente anti-humanos e tacanhos. Além de criminosos pela violência de suas ações inviabilizarem um devir harmônico para seus filhos e netos. Leia mais

Tradições: Pensando como ancestrais para salvar o planeta

Reflexões que se coadunam com a visão de mundo do nosso ‘parente’ e imortal Ailton Krenak. Sim, existe entre nós muitos que também pensam que o que chamam de progresso foi um decisão equivocada e fantasiosa já que vivemos num planeta com seus patrimônios finitos. Recuperarmos práticas que nosso povos originários, nossos ancestrais, queiramos ou não, sempre utilizaram, mostram que humilde e sabiamente reconhecem exatamente isso: a Grande Mãe Terra nos disponibiliza tudo o que todos, mas todos mesmo, seres, humanos e não-humanos que aqui coabitam, tem o que precisam. O resto é roubo e crueldade. Leia mais

Globalização: Os fundamentos míticos do capitalismo.

Os dois textos publicados hoje, longos no entanto indispensáveis, nos mostram a profecia levantada pela Dra. Theo Corborn, ao escrever seu livro “Our Stolen Future” (em português, ‘O Futuro Roubado’, L&PM). Não tratava do capitalismo, mas sobre os resultados da arrogância do chamada civilização ocidental, fundada na visão de mundo greco-romano-judaico-islâmico-cristão, que hoje abarcada toda a humanidade, queira-se ou não. E foi mobilizados por isso, que criamos, sem nenhuma noção de sua extensão, o nosso website. Ou seja, um local onde, em português, pudéssemos tocar contato com informações que nem sempre transitam entre nós. Leia mais

Globalização: Crescimento – seis décadas de ilusões

Uma reflexão muito oportuna face a todas as mazelas que a humanidade sofre, talvez, deste momento histórico em diante. Em torno de 50 anos depois da trágica proposta hegemonia econômica trazida pelo Reino Unido e pelos EUA, estamos num impasse. Como romper de forma pública e social, o poder das economias serem geridos pelas nações e que foi, irresponsavelmente, transferido para os ‘empreendedores’, os ‘meritocratas’? Agora, cada um e todos nós do planeta, vivemos ao seu bel prazer. Estão submetendo a humanidade a um sofrimento inquestionável em todas as áreas face sua autocracia econômica. E então? Como as pessoas e as nações poderão retomar o domínio de suas vidas econômicas depois de estarem completamente à mercê dos humores dos rentistas, com se egocentrismo e sua voracidade de Fantasmas Famintos que demonstram jamais saciarem sua fome e sua sede de ‘dinheiro’? Leia mais

Resíduos: Brasil importa resíduos, mas luta para reciclar seu lixo

Aqui está bem claro qual a ‘commodity’ que o Brasil ‘troca’ com a ‘commodity’ soja que o nosso ‘agronecrócio’, devastando a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, envia para o mundo. Pode-se ver explicitamente como tratamos a nossa nação. Importamos lixo e exportamos toda nossa riqueza que o Planeta nos colocou para sermos guardiões. As nossas florestas, os nossos povos originários e a nossa biodiversidade. E incrível, o Rio Grande do Sul, o berço dos primórdios da chegada da soja, lá no final dos anos 60, depois de ter devastado, junto com o Paraná e Canta Catarina, toda a sua floresta de araucárias que foi exportada, como madeira, para a reconstrução europeia. E o que o RS é hoje, o grande ‘lixão’ dos resíduos estrangeiros. E quem está noticiando isso? A mídia de propriedade púbica alemã, Deutsche Welle/DW. E com esta devastação, o quê os gaúchos receberam em troca? A modernização da agricultura com seus ‘insumos modernos’= agrotóxicos (todos estrangeiros), adubos solúveis (praticamente todas as corporações que vendem são estrangeiras), máquinas (todas de matrizes estrangeiras) e as sementes (praticamente todas transgênicas e patenteadas por corporações estrangeiras). E para o que a soja brasileira serve? Para ser ração de vacas, porcos, salmões, galinhas e ‘pets’ europeus, principalmente. Esta é a opção cidadã dos ‘brasileiros’=os invasores do século XVI e seguintes. Sim, porque ‘brasileiro’ era a alcunha dos portugueses que vinham ‘fazer’ o pau-brasil. Para quem? Para os europeus terem um corante vermelho, natural! Além, é claro, de móveis e utensílios de madeira, nobre, para os nobre! Leia mais

Resíduos: Lixões podem estar ‘regurgitando’ ‘químicos ‘eternos’: estudo

Mais um desastre que nem poderíamos imaginar que ocorreria. Claro que nos percolados, ou seja, os líquidos que saem dos aterros, já que miríades de produtos descartados, principalmente pelas embalagens dos ‘deliveries’, era esperado, mas sair como gás? Isto é aterrorizante. Mas novamente procurar destacar que isso acontece porque quem causa o verdadeiro problema ambiental de saúde pública é, na verdade, o consumidor. Sim, porque a indústria poderia produzir o que lhe der seu bel prazer, mas quem compra e incentiva a produção, é quem compra e quem descarta negligentemente. E é isso que estamos fazendo! Cada um e todos nós os consumidores. No nosso ponto de vista, é chegado o tempo de mostrarmos que estamos discordes com esta irresponsabilidade tanto das corporações como dos comerciantes que nos colocam estes produtos como se inócuos fossem. E isso só com nossa absoluta renúncia de todos estes produtos. Leia mais

Saúde: A Geração X enfrenta taxas de câncer mais altas do que qualquer geração anterior

Uma notícia que demonstra que apesar de todos os avanços da medicina alopática com seus recursos tecnológicos, a incidência de cânceres está avançando sobre as gerações que estão sendo criadas dentro também da ‘modernidade’ em outras áreas. Poderíamos conjeturar que aqui poderão estar os alimentos ultraprocessados, os agrotóxicos, os aditivos/plastificantes usados em todos os produtos comerciais de consumo que acessamos no dia a dia. Além disso, a liberação generalizada de poluentes na atmosfera por nossos meios de transporte, a liberação de químicos deletérios dos pneus, por exemplo, são outros indicativos. Levantamos então um questionamento do quanto todas as moléculas sintéticas que dominam nosso cotidiano, não poderiam estar contribuindo para isto. Hoje se vê que definitivamente as resinas plásticas não se degradam, elas se fragmentam. Daí os micro e nanoplásticos. Ou seja, elas jamais irão, como as moléculas naturais, chegar a um ponto de degradação que suas ‘partes’, seus elementos químicos básicos, se disponibilizariam para formação de novas moléculas naturais, como tem sido desde os tempos imemoriais do planeta. Hoje os fragmentos plásticos, com a efetiva identificação das resinas originais, como polietileno, PVC, PET e outras, estão sendo detectadas em todos os organismos vivos nas suas partes mais íntimas, como suas células. Passam, desta forma, a fazer parte dos processos fisiológicos mais básicos da vida de todos os seres planetários: dos vegetais mais minúsculos ao topo da cadeia alimentar como somos nós, os seres humanos. Leia mais