Raoni: “Pode ser que nos matem, mas vou com meus guerreiros impedir Belo Monte”.

Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe, kayapós de Mato Grosso, (Foto abaixo: Reprodução/CI e Lindomar Cruz/ABr) estão no Rio de Janeiro para participar do seminário Fundo Kayapó um doseventos paralelos da Rio+20. Mais uma vez, falarão em defesa dos povos indígenas – é a luta que iniciaram há mais de seis décadas, quando entraram em contato pela primeira vez com não índios, nos anos 1950. Leia mais

Vítimas de agrotóxicos na Chapada do Apodi, CE: Uma população expropriada e adoecida.

Desmatamento, destruição da biodiversidade, contaminação das águas, poluição sonora, pulverização aérea de agrotóxicos, passividade da comunidade, intoxicações, abortamentos, exploração do trabalhador e má distribuição de renda. A lista, resultado da reflexão de comunidades impactadas pelo agronegócio, é um dos dados da pesquisa coordenada por Raquel Rigotto, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Também coordenadora do Núcleo Tramas (Trabalho, Meio Ambiente e Saúde), ela participou do seminário ‘Desigualdade Ambiental e Regulação Capitalista: da acumulação por espoliação ao ambientalismo-espetáculo’, promovido nos dias 31 de maio e 1º de junho pelo Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN) do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ippur/UFRJ). Leia mais

Além do mito das barragens como ‘energia limpa’, por Brent Millikan, da International Rivers.

Atualmente, existe uma tendência de aceleração da construção de grandes barragens para projetos hidrelétricos, especialmente nos chamados países em desenvolvimento da América Latina, sudeste da Ásia e África. No caso do Brasil, a polêmica usina de Belo Monte é apenas a ponta do iceberg na Amazônia, principal frente de expansão da indústria barrageira, onde o governo Dilma pretende promover a construção de mais de sessenta grandes barragens (UHEs) e mais de 170 hidrelétricas menores (PCHs) nos próximos anos. Leia mais

América Latina e Caribe e o meio ambiente. O lado bom e ruim da história.

A região da América Latina e do Caribe é muito rica em recursos naturais – tem 23% das florestas, 31% da água doce e 6 dos 17 países considerados megadiversos em biodiversidade do mundo. Esse é o lado bom da história. O ruim é que esse patrimônio está ameaçado pelo aumento da população e por padrões insustentáveis de produção e consumo. Há países com boa legislação ambiental, mas a aplicação das leis é precária. Para piorar, existe um vácuo entre as políticas públicas e as práticas de produção.
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‘É preciso reinserir a ética no centro do debate econômico’.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa nesta quarta-feira, o mundo discutirá a transição para uma economia verde, mas talvez o debate devesse ir muito além disso, num processo do qual emergisse um novo arranjo s social que pusesse a ética no centro da vida econômica. A proposta, do economista da USP Ricardo Abramovay, está em Muito Além da Economia Verde, livro que ele lançou na semana passada para jogar mais lenha na fogueira às vésperas da Rio+20. Leia mais

O falso verde, artigo de Míriam Leitão.

Em tempos de construção de imagem verde para o mundo ver, o governo tem dito que está incluindo o econômico na questão ambiental. Não é verdade. Se incluísse, determinaria às montadoras o desenvolvimento de motores mais eficientes ao usar o álcool; os bancos públicos fariam exigências de respeito às leis ambientais na concessão dos empréstimos; os impostos seriam reduzidos para produtos e energia de fato sustentáveis. Leia mais