Muito além da discussão sobre hidrelétricas, o Tapajós vive problemas com o garimpo e a expansão do agronegócio.

Ivo Lubrinna não se conforma com o fato de seu candidato à reeleição para a prefeitura de Itaituba – “mesmo com a máquina na mão” – ter perdido o pleito realizado em outubro passado. Dono de uma voz grave e de uma franqueza espantosa, ele sabe que os próximos anos serão bastante movimentados no município de 100 mil habitantes que cresceu às margens do rio Tapajós, no oeste do Pará.
Leia mais

Código Florestal e a corrida pela terra, por André Antunes.

Para ambientalistas, flexibilização do Código foi primeira etapa de um processo de desmonte da legislação ambiental brasileira, que deve mobilizar ruralistas pelos próximos 20 anos. A novela da votação do Código Florestal, pelo menos por enquanto, chegou ao fim. Por mais simplista que pareça, a analogia não é gratuita: assim como os folhetins televisivos, o processo de elaboração do novo Código foi repleto de idas e vindas, polêmicas e momentos dramáticos, mobilizando setores consideráveis da população Leia mais

Caderno informativo sobre a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, artigo de Marcos Godecke.

Apresentação feita pelo organizador do site sobre este material “técnico” que tenta trazer mais uma alternativa, extremamente tecnocrática, que demanda muito capital, é altamente poluente e que vem se agregar a mais uma ação do lobby (aqui no Brasil a Plastivida) das indústrias de plástico no planeta: a busca de “soluções tecnológicas” que “escondam” ou “eliminem” aquilo que o plástico tem mostrado ser, um grande problema para o ambiente global. Lembrem-se que a outra “solução inteligente” é o plástico “oxibiodegradável” (ver: http://nossofuturoroubado.com.br/aditivos-plastificantes/sacolas-plasticas-opiniao-do-professor-jose-carlos-pinto-coppeufrj). Não podemos, como sociedade em geral, nos deixar ludibriar por estas magias. Temos que nos convencer, de maneira definitiva, de que o plástico é originário de moléculas artificiais e por isso absolutamente contrários à Vida. Chegou o tempo dos seres humanos terem a responsabilidade de reconhecer, por terem sido seus criadores como pequenos aprendizes de feiticeiro, que criaram este triste e indestrutível legado para o futuro. E que a solução tecnológica do terceiro mundo passa obrigatoriamente pela inclusão dos catadores como os grandes parceiros de recolocação destes materiais no ciclo produtivo. Em vez de altos investimentos em máquinas e tecnocracia, estas sociedade devem investir na qualificação cidadã, empresarial e humana desta faixa da nossa sociedade no sentido que seu trabalho tenha tanta qualidade profissional, coletiva e social como qualquer empresário ou industrial que é recebido com tapete vermelho pelas estruturas governamentais e administrativas. Só desta forma, a sociedade como um todo, irá impedir que estes materiais se transformem em fumaça ou micropartículas imperceptíveis a olho nu, e assim ao se refazer o ciclo fechado e permanente de consumo destes plásticos, estaremos limitando e dando um basta à permanente produção de mais e mais matérias primas originais nos polos petroquímicos que por sua vez gerarão mais e mais plásticos, mais e mais poluição, mais e mais contaminação. Leia mais

Cinquenta anos de Silent Spring, artigo de Roberto Berlinck.

Em 1948 Rachel Carson, bióloga marinha, já sabia das consequências potencialmente devastadoras do acúmulo de defensivos agrícolas tóxicos (chamados de “biocidas” por Carson) em animais e plantas. Convencida da importância em tornar público o conhecimento sobre o perigo do acúmulo destas substâncias em plantas e animais, inclusive no homem, Carson procurou colegas para escrever um livro sobre o assunto. Mas não encontrou quem se dispusesse a fazê-lo. Buscou apoio financeiro, mas também teve dificuldade em conseguir. Decidiu, assim, assumir a responsabilidade em escrever e publicar o livro que seria considerado o marco inicial para o surgimento do movimento ambientalista: Silent Spring (“Primavera Silenciosa”), que neste ano completou 50 anos de publicação em 27 de setembro. Leia mais

Presidente do BNDES recebe documento sobre irregularidades no financiamento de Belo Monte.

Uma carta aberta contendo uma extensa lista de irregularidades e problemas econômicos, jurídicos e socioambientais associados a Belo Monte, assinada por 38 organizações brasileiras e 31 internacionais, foi protocolada nesta terça, 4, na sede do banco no Rio de Janeiro. O documento insta o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a não efetuar o empréstimo de R$ 22,5 bilhões anunciado na última semana. Leia mais

Nós, guaranis-kaiowás.

“A maioria dos 550 suicídios no período de 2000 a 2011, como registrado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, são de jovens entre 17 e 29 anos”, escreve Marina Silva Guarani-Kaiowá, ex-ministra do Meio Ambiente, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 28-10-2012. Leia mais

Epidemia de defeitos congênitos no Iraque após a guerra.

Nações Unidas, 30/10/1012 – Um novo estudo confirma o que muitos médicos do Iraque estão dizendo há anos: há uma virtual epidemia de raros defeitos congênitos nas cidades que sofreram bombardeios e disparos de artilharia em ofensivas lideradas pelos Estados Unidos. Os locais mais afetados parecem ser a cidade de Faluja, no centro do país, que sofreu uma forte ofensiva em 2004, e Basra, ao sul, em abril de 2003. Leia mais

Raoni pede ajuda à ONU contra infraestruturas na Amazônia.

O líder histórico dos indígenas da Amazônia, Raoni Metuktire, solicitou nesta segunda-feira (10) que as Nações Unidas e a comunidade internacional pressionem o governo de Dilma Roussef para que revise os projetos de desenvolvimento industrial na Floresta Amazônica e que, sobretudo, preserve os direitos dos povos autóctones. Leia mais

Raoni obtém dinheiro para criar aldeia.

O cacique Raoni arrecadou cerca de 18 mil (R$ 48,4 mil), com uma campanha publicitária veiculada em países europeus, para construir uma nova aldeia na fronteira entre Mato Grosso e Pará. A ideia é que ela fique próxima do local onde vive sua tribo e sirva como uma espécie de posto de fronteira para protegê-la. Assim, os índios ocupariam a área que, segundo eles, estaria ameaçada. Leia mais

Mais de 30% das terras indígenas na Amazônia sofrerão impacto por causa de hidrelétricas, diz procurador.

Belém – Mais de 30% das terras indígenas na Amazônia vão sofrer algum tipo de impacto com a construção das hidrelétricas previstas para a região. Na avaliação do procurador Felício Pontes, do Ministério Público Federal (MPF) no Pará, o projeto do governo brasileiro, que prevê a instalação de 153 empreendimentos nos próximos 20 anos, também vai afetar a vida de quase todas as populações tradicionais amazonenses. Leia mais