• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Pular para sidebar primária

Nosso Futuro Roubado

  • Inicial
  • Quem Somos
  • Conexões
  • Contato

Raoni obtém dinheiro para criar aldeia.

14 de dezembro de 2012 by Luiz Jacques

Print Friendly, PDF & Email

O cacique Raoni arrecadou cerca de 18 mil (R$ 48,4 mil), com uma campanha publicitária veiculada em países europeus, para construir uma nova aldeia na fronteira entre Mato Grosso e Pará. A ideia é que ela fique próxima do local onde vive sua tribo e sirva como uma espécie de posto de fronteira para protegê-la. Assim, os índios ocupariam a área que, segundo eles, estaria ameaçada.

 

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/516335-raoni-obtem-dinheiro-para-criar-aldeia

A reportagem é de Jamil Chade e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-12-2012.

Ontem, Raoni esteve na Organização das Nações Unidas (ONU), e lideranças da entidade afirmaram sua preocupação em relação ao impacto de obras de infraestrutura na Amazônia.

A campanha e a declaração da ONU ocorrem às vésperas do encontro entre Dilma Rousseff e François Hollande, presidente da França, previsto para hoje, em Paris. Hollande recebeu Raoni há poucos dias e prometeu que falará com Dilma.

A nova aldeia, na região de Kapot-Nhinore, deve custar quase 18,5 mil. Segundo os organizadores, quase toda a quantia foi arrecadada com uma campanha que apelou à população europeia para ajudar o cacique.

“Praticamente o dinheiro que era necessário para a aldeia já foi arrecadado”, indicou ao Estado Gert-Peter Bruch, presidente da ONG francesa Planète Amazone e um dos líderes do projeto. “Esse é o lugar onde meu pai está enterrado”, afirmou Raoni.

O local que servirá de base para a nova aldeia tem sido alvo de conflitos intensos. Para a liderança dos caiapós, só a criação de uma aldeia na região frearia invasões por parte, principalmente, de fazendeiros e turistas que vão em busca da pesca.

Em maio, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União foram obrigadas a concluir o procedimento de identificação e delimitação da terra indígena – o Tribunal Regional Federal acatou parecer do Ministério Público Federal. A Funai apelou, argumentando que a delimitação já vem ocorrendo e, para a conclusão, restam uma pesquisa de campo e a coleta de novos dados.

Para a Funai, é a falta de controle sobre quem ocupa a área no entorno, e não a demarcação, que causa o conflito. Procurada, não se prONUnciou sobre a criação da nova aldeia.

A arrecadação foi a alternativa encontrada pelos indígenas para financiar a construção de um território próprio e, assim, deixar clara a posse. “Esse é um local tradicional para meu povo e os brancos não estão respeitando”, disse Raoni, ontem, em Genebra.

O spot publicitário, dirigido por Jan KounenVincent Cassel (estrela de filmes como Irreversível e Cisne Negro), que apela ao público que “ajude Raoni”.

Bruch diz que o dinheiro veio de “doações privadas” e nenhuma instituição bancou o projeto. Segundo ele, o custo necessário para erguer a aldeia foi calculado pelo Instituto Raoni.

Pressão

Além de dinheiro, Raoni está em busca de apoio diplomático. Ontem, ele foi recebido pela número 1 da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, e fez acusações contra as obras de Belo Monte, pedindo que a entidade tome uma posição de defesa de seus interesses.

A resposta, segundo as ONGs envolvidas, foi positiva. Pillay teria se mostrado preocupada com o impacto de grandes obras realizadas sem o acordo das comunidades locais e, segundo participantes da reunião, indicou que cobraria o governo brasileiro.

Outra preocupação da ONU é a Portaria 303 da Advocacia-Geral da União, que liberaria a mineração e outras atividades nas reservas indígenas. Raoni saiu do encontro confiante de que a ONU pressionará o governo.

Em novembro, Raoni foi recebido por Hollande e entregou a ele um documento escrito por lideranças indígenas solicitando que seus direitos sejam respeitados. O documento havia sido preparado durante a Rio+20, mas Raoni teria sido impedido de entregá-lo a Dilma. “Houve uma forte pressão diplomática por parte do Brasil para que Hollande não recebesse Raoni antes da visita de Dilma“, revelou Bruch

Print Friendly, PDF & Email
FacebookTweetPin

Arquivado em: Notícias Marcados com as tags: Cacique Raoni, Comunidades indígenas, França, ONU, Presidente Dilma

Gosta do nosso conteúdo?
Receba atualizações do site.
Também detestamos SPAM. Nunca compartilharemos ou venderemos seu email. É nosso acordo.

Sidebar primária

Busca do Site

Cadastro

Receba atualizações do site.

Categorias

  • Aditivos / Plastificantes
  • Agricultura
  • Agrotóxico
  • Água
  • Aquecimento Global
  • Biodiversidade
  • Biotecnologia
  • Corporações
  • Destaques
  • Disruptores Endócrinos
  • Ecologia
  • Energia
  • Engenharia Genética
  • Estrogênios Artificiais
  • Globalização
  • Meio Ambiente
  • Mudanças Climáticas
  • Notícias
  • Podcasting
  • Princípio da Precaução
  • Química Artificial
  • Relações Humanas
  • Resíduos
  • Revolução Industrial
  • Saúde
  • Sem categoria
  • Soluções / Alternativas
  • Sustentabilidade
  • Tecnologias
  • Toxicologia
  • Tradições
  • Vídeos

Tags

Agricultura Agricultura ecológica Agronegócio Agrotóxicos Alimentos Amazônia Aquecimento global Belo Monte Biodiversidade Bisfenol A BPA Capitalismo Comunidades indígenas Corporações Crime corporativo Código Florestal Desmatamento Devastação ambiental Direitos humanos Disruptores endócrinos Ecologia Glifosato Globalização Injustiça Justiça Lixo Mega hidrelétricas Mineradoras Monsanto Mudanças climáticas Plásticos Poder econômico Povos tradicionais Preservação ambiental Rio+20 saúde Saúde infantil Saúde Pública Sustentabilidade Terras ancestrais Transgênicos Transnacionais Venenos agrícolas Água Ética

Copyright © 2021 · Genesis Sample Sass em Genesis Framework · WordPress · Login