O primeiro genocídio do século XX – em vídeos.

O primeiro genocídio do século XX foi esquecido. Cometido entre 1904 e 1908 na atual Namíbia, à época colônia alemã, acabou se tornando uma verdade inconveniente demais no período em que a região foi dominada pela África do Sul, depois da Primeira Guerra Mundial. A Namíbia ficou independente apenas em 1990 e hoje, 110 anos depois do início da tentativa de extermínio dos Herero e dos Nama, tenta ir adiante e se tornar uma democracia em todos os sentidos – inclusive racial. Leia mais

Grilagem de terra e saque de recursos: a máquina de matar na Amazônia.

Nesse domingo, 24 de maio, completam-se quatro anos do assassinato de José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santos, em Nova Ipixuna, Pará. O crime foi sucedido, naquele momento, por uma série de outras mortes, espalhando ainda mais sangue na Amazônia, como o assassinato de Adelino Ramos, em Rondônia, no dia 27 de maio, no total de 29 assassinatos no campo no Brasil inteiro – e entre elas, a de Nísio Gomes, liderança Guarani Kaiowa no Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo, a bancada ruralista no Congresso avançava na defesa de seus interesses, garantindo um novo código florestal, financiamento para seus projetos, ameaças a direitos indígenas, paralização das demarcações e, nesse mesmo sentido, facilidades em mecanismos mais sofisticados, juridicamente, de regularização da grilagem de terra. Leia mais

Laudato si’: a íntegra e um “guia” para a leitura da Encíclica .

Este texto oferece um instrumento de suporte para uma primeira leitura da Encíclica, ajudando a compreender o seu desenrolar na totalidade e a identificar as linhas principais. As primeiras duas páginas apresentam a ‘Laudato si’ na sua globalidade; depois, cada página corresponde a um capítulo, indica seu objetivo e reproduz alguns trechos significativos. Os números entre parêntesis remetem aos parágrafos da Encíclica. As últimas duas páginas oferecem o índice completo. Leia mais

A nova encíclica também fala das tribos indígenas isoladas da Amazônia.

Delas também fala a nova encíclica do Papa Francisco, a Laudato Si’, dedicada ao meio ambiente e ao destino da humanidade. Porque elas são uma parte fundamental do meio ambiente, embora não se saiba por quanto tempo, caso as coisas continuarem como até agora. Lamentavelmente, em torno delas seu habitat vai se estreitando como uma armadilha à medida que é contaminado irremediavelmente, deixando-as desamparadas. Estamos falando de comunidades inteiras de indígenas da Amazônia, dizimadas por doenças e um processo de desmatamento que as leis dos governos não são capazes de controlar. A consequência é que há tribos que estão prestes a desaparecer, do Peru ao Brasil, como denuncia, baseando-se em dados concretos, a revista Science. Leia mais

O grito da Terra.

“Na encíclica Laudato si’, lançada nessa semana, o papa Francisco traz uma grande surpresa: ele elabora o tema dentro do novo paradigma ecológico, coisa que nenhum documento oficial da ONU até hoje fez”. O comentário é de Leonardo Boff em texto publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, 20-06-2015. O texto será publicado como um capitulo de um livro italiano, Curare la Terra (Editrice Emi, Bologna 2015). O texto também foi publicado pelo jornal La Repubblica, 20-06-2015. Leia mais

Lei da Mineração em terras indígenas: uma nova tentativa de tutelar os indígenas.

As tentativas de aprovar a Lei da Mineração em terras indígenas “fere o espírito da Constituição. Esse é o primeiro aspecto que me salta aos olhos”, afirma Carlos Bittencourt em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Segundo ele, o PL 1610/96, que autoriza a exploração mineral em terras indígenas, não pode ser “desvinculado” da PEC 215, que sugere uma mudança no artigo 231 da Constituição Federal, atribuindo ao Congresso Nacional a aprovação da demarcação e ratificação das terras indígenas já homologadas. As duas medidas, pontua, sinalizam que “estamos diante dos antecedentes da batalha final contra os povos indígenas, muito próximos de um etnocídio completo”. Leia mais

Matar o projeto europeu.

“Ser um membro da zona do euro significa que os credores podem destruir a economia de um país caso este decida sair da linha”, atesta Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia, em artigo publicado por El País, 13-07-2015. Segundo ele, “é mais evidente do que nunca que impor duras medidas de austeridade e sem alívio da dívida é uma política condenada ao fracasso, não importa o quanto o país esteja disposto a aceitar o sofrimento. E isso, por sua vez, significa que mesmo uma capitulação completa da Grécia seria um beco sem saída”. Leia mais

Especialista brasileira em dívida pública, na Grécia, compara os países.

Dois meses antes de o governo Dilma Rousseff anunciar oficialmente o corte de 70 bilhões de reais do Orçamento por conta do ajuste fiscal, uma brasileira foi convidada pelo Syriza, partido grego de esquerda que venceu as últimas eleições, para compor o Comitê pela Auditoria da Dívida Grega com outros 30 especialistas internacionais. A brasileira em questão é Maria Lucia Fattorelli, auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida” no Brasil. Mas o que o ajuste tem a ver com a recuperação da economia na Grécia? Tudo, diz Fattorelli. “A dívida pública é a espinha dorsal”. Leia mais