Carlos Nobre é eleito para a Royal Society

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Rio Amazonas

https://climainfo.org.br/2022/05/16/carlos-nobre-e-eleito-para-a-royal-society

ClimaInfo, 16 de maio de 2022.

A Royal Society, a Academia Científica mais antiga e prestigiosa do mundo, elegeu na semana passada o climatologista brasileiro Carlos Nobre como membro estrangeiro. Ele será apenas o 2o brasileiro na história a entrar nesse seleto grupo, depois do imperador D. Pedro II, ainda no século XIX. Nobre tornou-se um dos nomes mais importantes da ciência brasileira, com décadas de pesquisa nas áreas de e , publicações nos principais periódicos científicos do mundo e colaboração com órgãos importantes como o IPCC.

Carlos Nobre, climatologista brasileiro.

Em entrevista à Folha, Nobre associou sua escolha como fellow da turma 2022 da Royal Society à preocupação internacional crescente com o futuro da . “Salvar a Amazônia do ponto de não retorno se tornou uma preocupação mundial”, observou. “Os desmatamentos explodiram nos últimos anos, com degradação, fogo. A floresta era muito resiliente ao fogo, agora ela está muito menos úmida, o fogo está comendo o chão da floresta”. Mesmo em face à destruição, Nobre tem a esperança de que a conscientização crescente da sociedade, especialmente da juventude, sobre a importância da proteção da Amazônia e da ação contra a mudança do clima possa servir como um ponto de virada. “Temos que torcer muito para que essa nova geração consiga, no momento [em] que eles se tornarem participantes ativos da , do mundo político, das empresas, ter muita criatividade de inverterem essa trajetória, zerar as emissões, os desmatamentos de todas as do planeta. Eu tenho um moderado otimismo”.

Deutsche WelleEstadãog1 e Nexo Jornal, entre outros, também repercutiram a escolha de Nobre como novo membro da Royal Society.

Em tempo: Por falar em ciência brasileira, o físico Luiz Davidovich, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), conversou com Ocimara Balmant no Estadão sobre as possibilidades e os caminhos para a pesquisa científica avançar no , especialmente aquela relacionada com as vantagens comparativas do país no cenário da transição energética verde. Para ele, o país abdica dessas vantagens – como uma matriz energética majoritariamente renovável, recursos hídricos abundantes, rica – ao promover um projeto de desenvolvimento econômico mais interessado em devastar a natureza para gerar riqueza para poucos. “O garimpo de ouro da Amazônia está destruindo o nosso verdadeiro ouro. Nosso ouro é a nossa biodiversidade”.

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