Agronegócio (Pág. 52 de 62)

Nota do Cimi: O Governo Dilma, o agronegócio e os Povos Indígenas.

O Governo Federal dá mostras cada vez mais evidentes que não entende e que não está disposto a entender os povos indígenas brasileiros. As medidas anunciadas pelo governo com o intuito de superar os conflitos em torno das questões indígenas no Brasil parte do pressuposto equivocado segundo o qual os povos indígenas estariam causando os conflitos e agindo sob o comando de organizações não indígenas, de modo especial o Cimi. Além de preconceituosa e racista, uma vez que considera os povos seres inferiores e incapazes de decisões próprias, o pressuposto é sociologicamente falho. Julgamos que algumas informações acerca da realidade que envolve a temática são importantes e suficientes para entendermos a situação.

Atividade agrícola impactou florestas brasileiras, revela estudo na ‘Science’.

O grande desaparecimento de aves frugívoras (que comem frutos) das florestas tropicais brasileiras, em decorrência da agricultura, tem causado um impacto sobre as árvores da região, que têm produzido sementes menores e mais fracas ao longo do último século. A conclusão é de uma equipe de pesquisadores brasileiros, mexicanos e espanhóis, cujo estudo será publicado na revista “Science” desta sexta-feira (31).

Produtores rurais pedem suspensão de demarcação de terras indígenas e ameaçam “parar o país”.

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul se reuniram na terça-feira (28) com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para pedir a suspensão da demarcação de terras indígenas no estado até que os processos sejam submetidos a pareceres da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. A interrupção da criação de novas reservas indígenas está suspensa no Paraná e o mesmo também deve ocorrer no Rio Grande do Sul por determinação do governo federal.

Antropólogos brasileiros divulgam Manifesto sobre demarcação de terras indígenas.

"Nada, nem mesmo a ideologia empresarial, pode ser sobreposta à Constituição Federal do país ou justificar sua brutal violação. Seu fim primordial é garantir fundamentalmente o bem-estar de sua população como um todo, o que inclui todos os segmentos diferenciados do país e as gerações vindouras. Mais do que notícias alarmantes e discursos que visam o bem privado, cobramos todos os setores envolvidos, incluindo os meios de comunicação brasileiros, que tornem acessíveis à população, antes de mais nada, as luzes da Constituição Federal do nosso país", afirma Manifesto coletivo divulgado por antropólogos brasileiros, publicado pela Agência Repórter Brasil, 27-05-2013.

O Veneno está na mesa.

Vídeo do cineasta Silvio Tendler aprofundando a questão do uso abusivo de agrotóxicos no Brasil, o país que mais se alimenta com veneno no mundo. Entrevistas com agricultores, especialistas em saúde, representantes da Anvisa e ambientalistas mostram a realidade vivida no camp0 – fruto de questões políticas e um lobby poderoso das indústrias. Produtos banidos há anos em diversos países ainda encontram mercado por aqui e os agricultores perdem cada vez mais autonomia para grandes corporações, que controlam as sementes geneticamente modificadas e os agrotóxicos.

A Engrenagem – Instituto Nina Rosa.

O vídeo de 16 minutos é inspirado na série de filmes da norte-americana Annie Leonard, que começou com “A História das Coisas”. Produzido pelo Instituto Nina Rosa, mostra os processos que estão por trás da indústria de carnes e defende que mudar o padrão alimentar da sociedade está nas mãos dos consumidores.

Omissão do governo e lobby ruralista: projeto floresta zero a todo vapor.

E a bancada ruralista do senado federal continua trabalhando freneticamente – ainda que em claro benefício próprio e de seus pares. Dessa vez, ao aprovar em decisão terminativa o projeto PLS 626/2011, por meio da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, eles miram um novo e gigantesco alvo: toda e qualquer área alterada da Amazônia e dos biomas Cerrado e Campos Gerais da Amazônia Legal.