A Economia Verde na Amazônia, uma falácia a mais alardeada na Conferência Rio+20.
Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, nos enviou o artigo que o IHU da Unisinos publicou a seguir.
Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, nos enviou o artigo que o IHU da Unisinos publicou a seguir.
“A Rio+20 mostrou que os países industrializados não querem abdicar da sua posição; os países emergentes querem alcançar os industrializados; e os países pobres querem ser emergentes. Enquanto não houver entendimento acerca dos limites do planeta, inútil pensar em justiça social e desenvolvimento econômico. Por conseguinte, o ambiente é mais importante que o social e o econômico, já que sem ele não se pode encontrar solução para os outros dois. Por outro lado, o conceito de ecodesenvolvimento parece ser o mais correto enquanto tática e estratégia”, escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, ao reproduzir um artigo de Arthur Soffiati.
“Barulho fizemos e até bastante. Mostramos, sobretudo no Aterro do Flamengo, a vibrante e até alegre diversidade que caracteriza os povos abrigados pelo Planeta Terra. Mas, é necessário reconhecer, faltou gente e nos faltou força para criar uma real densidade política democrática capaz de inverter o jogo ou, ao menos, ameaçar. Também, não conseguimos superar a nossa fragmentação”, avalia Cândido Grzybowski, sociólogo e diretor do Ibase, em comentário publicado no sítio do Ibase.
A falta de uma definição do que seja “sustentável” na agricultura e os pedidos de investimentos para elevar a produtividade no campo – sem especificar quais práticas agrícolas poderiam ser beneficiadas – incomodaram representantes de organizações não governamentais presentes na Rio+20. Na opinião dos ambientalistas, o texto final produzido nesta semana escancara o que todos já sabiam: a polêmica em torno da modificação genética dos alimentos não é mais tabu. Ao contrário, confirmou-se como solução da lavoura.
A carta “A Rio+20 Que Não Queremos” expressa a indignação de ativistas e personalidades presentes na conferência da ONU com o rascunho do documento oficial do encontro e seus consequentes resultados.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, o Brasil pretendeu se apresentar como um país modelo no que se refere ao meio ambiente. Mas a devastação ambiental generalizada, continua na Amazônia, uma região na qual os ambientalistas são ameaçados por pistoleiros. Matéria de Jens Glüsing, do Der Spiegel, no UOL Notícias.
Rio de Janeiro, 22 junho (TerraViva) – O moçambicano Jeremias Vunjanhe conseguiu, na caótica Cúpula dos Povos, encontrar os ativistas do Movimento Xingu Vivo que denunciavam a criminalização dos seus ativistas pela policia de Altamira, no interior do Pará.
Rio de Janeiro, Brasil, 25/6/2012 (TerraViva) – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terminou com ganhadores e perdedores, mas principalmente com perdedores. A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil, junto com as grandes empresas, deram um giro positivo no resultado da Conferência, realizada 20 anos depois da Cúpula da Terra.
Na madrugada da última quarta feira, 20, indígenas xikrin da Terra Indígena Trincheira Bacajá, localizada às margens do rio Bacajá (afluente do Xingu), ocuparam a ensecadeira do canteiro de obras de Pimental, paralisando os trabalhos dos operários.
A declaração final da Rio+20 desapontou os que esperavam metas e prazos – respaldadas por transferências de dinheiro e tecnologia – para a conversão da produção e do consumo para padrões ambientalmente sustentáveis. Mas essa não era a ambição do Brasil nem de seus principais parceiros: China e Índia. Daí a discrepância entre a visão de sucesso de seus governos e a denúncia geral de fracasso por outros países e pelas organizações não governamentais.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino