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População não conhece os riscos dos agrotóxicos.

Mesmo sob a crescente pressão da sociedade civil, quem vive na área rural do Brasil ainda é constantemente impactado por agrotóxicos pulverizados nas lavouras de monocultura do país. Muitas vezes, estes produtos são aplicados a menos de dez metros de escolas e residências. O pior: em casas de pequenos agricultores, que não fazem ideia dos riscos, acabam se tornando embalagem para acondicionar até comida. A situação é descrita no “Dossiê sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde no Brasil” feito pelos principais pesquisadores de saúde do país, ao qual o Razão Social teve acesso, e que será apresentado no Congresso Mundial de Nutrição Rio 2012, na próxima sexta-feira, em Brasília.

Parceria com empresas pode prejudicar ambientalismo de ONGs.

Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, verificou que parcerias entre Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientais e empresas pode alterar a maneira como as ONGs atuam. De acordo com o estudo, o problema dessas parcerias é que as empresas, visando somente o lucro, passam a interferir e a determinar o ambientalismo praticado. “Isso pode ser prejudicial à ideia inicial das ONGs”, analisa a gestora ambiental Helena Lemos dos Reis Magalhães Gomes, autora da dissertação de mestrado Parcerias entre empresas e ONGs e a constituição de um novo sistema de publicidade ambiental: um estudo de caso.

‘É um absurdo a academia insistir na tese de que há níveis toleráveis de agrotóxicos’.

A batalha contra a intensa utilização de agrotóxicos no país ganhou também o Congresso Nacional. No final de 2011, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou um relatório que revela os riscos desses venenos para a saúde humana e ambiental. Após mais de seis meses de trabalho de investigação e de escuta de todos os setores envolvidos na produção, comercialização, utilização e pesquisa dos agrotóxicos, a subcomissão criada especialmente para estudar o tema concluiu que o ideal é que esses produtos parem totalmente de ser usados na agricultura do país.

Representante do Pnud no Brasil diz que país deve promover a agricultura e proteger as florestas.

O representante do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), no Brasil, Jorge Chediek, disse nesta quinta-feira (29) que o país deve continuar promovendo a agricultura, porém sem se afastar da proteção às florestas. A declaração do coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil foi dada a menos de dois meses para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e em meio aos debates sobre o novo Código Florestal.

Produtos naturais ganham mercado e substituem fertilizantes e agrotóxicos.

Quarto maior consumidor de fertilizantes e um dos líderes mundiais no uso de agrotóxicos, o Brasil começa a expandir duas novas tecnologias naturais para aumentar a fertilidade dos solos e combater pragas. Resultado de pesquisas nacionais, os fertilizantes orgânicos da Embrapa e o controle de pragas com uso de vespas e ácaros, da empresa brasileira BUG, são opções sustentáveis que garantem a produtividade e saúde da lavoura.

Brasil Real: megaeventos, megaconstruções e injustiça ambiental.

"Ressaltamos a injustiça do modelo baseado na atividade do agronegócio voltado para exportação e na produção e o uso intensivo de agrotóxicos. Alertamos para os conflitos ambientais e territoriais, o racismo ambiental e as consequências deste projeto para as mulheres empobrecidas, negras e indígenas. Denunciamos que a legislação ambiental está sendo flexibilizada para acelerar a implantação dos projetos e políticas econômicas". O texto integra documento do Processo de Articulação e Diálogo Internacional para os Direitos Humanos – PAD publicado no blog “Notícias da Terra” da Comissão Pastoral da Terra – CPT da Rondônia, 20-03-2012.

Ecofeminismo é colocar a vida no centro da organização social, política e econômica, afirma Vandana Shiva.

Vandana Shiva é uma mulher multifacetada: física, filósofa, pacifista e feminista. É uma das pioneiras do movimento ecofeminista e diretora da Fundação para a Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ecologia (Research Foundation for Science, Technology and Ecology, em inglês) em Nova Déli. Em 1993, recebeu o Prêmio Nobel Alternativo. É uma das vozes mais críticas contra a globalização e os alimentos manipulados geneticamente.