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Lutzenberger, o pioneiro verde.

A história da consciência e da militância ecológicas no Brasil tem como um de seus fundadores o agrônomo gaúcho José Lutzenberger. Ele foi, nos anos 1970, o pioneiro agitador das causas ambientais num país que expandia suas fronteiras econômicas derrubando e queimando florestas e invadindo o Cerrado.

RJ: Regiões agrícolas do estado com forte uso de agrotóxicos têm mais suicídios e mortes por câncer.

A silenciosa praga das lavouras – As lesões vermelhas no rosto, que vez ou outra se espalhavam para braços e pernas, não o fizeram parar de roçar a lavoura. Era seu ofício desde os 15 anos, de sol a sol. Por anos, conviveu com crises, mais ou menos intensas. Teve que amputar o dedo indicador direito, que encaroçou como uma espiga de milho. Para as lesões num braço, quase no osso, precisou fazer enxertos de pele. A audição, frágil, evoluiu para uma quase surdez. Vinte e cinco anos depois de os sintomas surgirem, mais de 40 dias de internação e biópsias, José de Andrade, de 77 anos, descobriu que podia ser mais uma vítima do uso indiscriminado de agrotóxicos. Era só ele e a enxada, sem capa ou máscara. Às vezes, até sem galochas.

Sem desenvolvimento sustentável não há futuro.

Roma, Itália, 1/6/2012 – A fome e a desnutrição devem ser abordadas de modo efetivo, pois estão tão intrinsecamente relacionadas ao desenvolvimento sustentável que deveriam fazer parte da agenda da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A agricultura orgânica versus o método de cultivo tradicional

"O que é melhor para a humanidade, um tomate orgânico mais caro, que ocupa uma área agrícola maior, mas que não utiliza agroquímicos e emprega três pessoas, ou um tomate convencional, mais barato, produzido em uma área menor, mas que utiliza insumos químicos e emprega uma pessoa?", pergunta Fernando Reinach,biólogo, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 24-05-2012.

Vende-se a natureza, artigo de Frei Betto.

Às vésperas da Rio+20 é imprescindível denunciar a nova ofensiva do capitalismo neoliberal: a mercantilização da natureza. Já existe o mercado de carbono, estabelecido pelo Protocolo de Kyoto (1997). Ele determina que países desenvolvidos, principais poluidores, reduzam as emissões de gases de efeito estufa em 5,2%.