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Crise econômica, Código Florestal e Rio+20 marcam os protestos da marcha de abertura do Fórum Social Temático.

O calor de 35 graus Celsius e um temporal não desanimaram os ativistas que participaram nesta terça-feira (24) da marcha de abertura do Fórum Social Temático (FST) pelas ruas de Porto Alegre. Com a chuva, o trânsito ficou caótico na capital gaúcha, desde as proximidades da Avenida Borges de Medeiros, na região central, até a Usina do Gasômetro, onde terminou a passeata por volta das 20h.

Agricultura tem que se comprometer com o planeta na Rio+20, diz FAO.

Ele, que participa do Fórum Social Mundial, que teve início em Porto Alegre (RS), afirmou que todos os ministros da agricultura, “do mundo todo”, têm que estar presentes na conferência para que a produção se comprometa de forma efetiva a limpar o planeta. “A agricultura não é só parte do problema, também é parte da solução da questão ambiental, tem muito que contribuir no desenvolvimento sustentável do planeta, encontrando técnicas menos agressivas com o meio ambiente, ajudando com a energia limpa e redistribuindo melhor a produção”, disse. Segundo Graziano, o setor contribui com 30% das emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, e que é necessário conscientizar os agricultores. O brasileiro assumiu a FAO no início de 2012. Rio+20 – De acordo com a organização da conferência da ONU, o encontro estará dividido em três fases. De 13 a 15 de junho está prevista a 3ª Reunião do Comitê Preparatório, que deverá acertar os últimos detalhes da negociação diplomática baseada nos três pilares do desenvolvimento sustentável (o econômico, o social e o ambiental). De 16 a 19 de junho serão programados eventos com a sociedade civil e de 20 a 22 do mesmo mês acontece o encontro com a presença dos chefes de estado. A conferência que o Rio de Janeiro sediará é de uma modalidade de “uma por geração”, realizada a cada 20 anos. Portanto, deve definir objetivos políticos mais amplos. No último dia 11, foi divulgado o primeiro rascunho do texto-base que vai pautar o encontro. Denominado “Draft Zero” (Rascunho Zero, na tradução do inglês), o material de 19 páginas convoca os países a criar soluções para erradicar a pobreza no mundo, reduzir o impacto na biodiversidade, além de resolver questões diplomáticas como a criação de uma “agência ambiental” independente, que seria sediada no Quênia. O documento, que poderá ser modificado até o início da conferência, afirma que entre 2012 e 2015, as nações terão que criar metas para se chegar a uma economia verde, colocadas em prática em três anos e consolidadas até 2030. Apesar do apelo, organizações ambientais consideram o texto pouco ambicioso, principalmente nas questões sobre mudança climática. (Fonte: Globo Natureza)

Alheia às mudanças climáticas, agricultura segue despreparada para alimentar a todos.

Na região Sul do Brasil, celeiro agrícola do país, o regime de chuvas não é mais o mesmo das últimas décadas. Santa Catarina, por exemplo, viveu sete anos de estiagem nos últimos dez anos – embora os cientistas ainda não possam afirmar categoricamente se a alteração foi causada por mudanças no clima. “Mas é, sem dúvida, uma anomalia. Temos que prestar atenção. E a ciência é responsável por buscar a causa dessas anomalias”, disse Carlos Nobre, do Ministério de Ciências e Tecnologia, em conversa com a DW Brasil.

Especialistas sugerem medidas para produção alimentar sem aumentar as emissões e a destruição de florestas.

O mundo se encontra diante de um gigantesco desafio: aumentar a produção de alimentos sem destruir a natureza nem piorar o aquecimento global. O problema, dizem os cientistas, é que a humanidade já chegou muito perto de seu limite seguro. O planeta abriga hoje 7 bilhões de pessoas, e a produção atual seria capaz de nutrir entre 8 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, e 10 bilhões, para os mais otimistas.

Proprietários de terra serão intimados por abrir crateras em Goiás.

A Delegacia do Meio Ambiente de Goiás vai intimar proprietários de terra para conter o aumento das voçorocas, crateras provocadas por desmatamento e por más práticas agrícolas que atingem o lençol freático e “engolem” o que está ao redor. Só no sudoeste do Estado, a polícia encontrou 50 novas voçorocas no ano passado, durante monitoramento feito via satélite e em sobrevoos na região. A maioria está em áreas particulares, no meio de pastagens ou em produções de soja, cana e milho.

A Bayer continua matando abelhas em todo o planeta.

É responsabilidade da Bayer o fenômeno conhecido como transtorno do colapso de colônias (CCD) – problema da mortalidade de colônias de abelhas – e está inserido entre os casos que serão apresentados de 3 a 6 de dezembro, no Tribunal Permanente dos Povos (TPP), em Bangalore (Índia) durante a sessão que processará as seis maiores multinacionais agroquímicas por violações dos direitos humanos.

SP: Monocultura dá lugar à diversidade produtiva em assentamento de Araraquara.

No lote de Leonel Fernandes Moço, no assentamento Bela Vista do Chibarro, em Araraquara (SP), a produção vai de vento em popa: mamão, maracujá, milho, feijão de corda, quiabo, abobrinha, jiló, manga, abacate e limão. Os produtos vão parar na alimentação escolar das cidades de Araraquara e São Carlos. Mas nem sempre a produção foi tão diversificada. Até dezembro de 2007, a cana-de-açúcar cobria toda a extensão do lote, arrendado ilegalmente para uma usina da região.

Tragédias decorrentes de desastres naturais reaquecem discussão sobre novo Código Florestal.

As tragédias causadas pelas chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro devem influenciar a discussão do novo Código Florestal na Câmara Federal, prevista para ser retomada em março. Os ambientalistas consideram que os desastres naturais são resultado do desrespeito à atual legislação ambiental, enquanto os ruralistas dizem que outros fatores contribuem para os alagamentos e deslizamentos de terras. Reportagem do Gazeta do Povo, PR.