O capitalismo ‘verde’ na Rio+20.
- À primeira vista, uma planície com fortes rajadas de vento no norte do Oregon pode não parecer o mais óbvio dos locais para o Google investir US$ 100 milhões.
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Silêncio em nome de qual desenvolvimento? Estudo ouviu a versão dos grupos indígenas afetados por Belo Monte e revelou os impactos na vida dessas populações que os discursos e relatórios oficiais subestimam.
Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Ministério da Agricultura apresentou na quarta-feira (6) documento com metas ambientais e de produção agropecuária que serão discutidas a partir da próxima semana no evento, no Rio.
Tema central da Rio+20, a transição da atual economia “marrom” para a “verde” está longe de ser consenso. Grosso modo, a primeira é o sistema produtivo atual, poluente e baseado em combustíveis fósseis; a outra preconiza uma baixa emissão de carbono e um uso mais eficiente dos recursos naturais.
O Brasil ainda não é, como pretende, o maior exportador de alimentos do mundo, mas já traz outro título bem menos louvável: o de campeão em uso de agrotóxicos, muitos deles banidos em outros países por seus malefícios comprovados à saúde.
Um em cada três brasileiros diz saber o que é consumo sustentável. A constatação está em pesquisa divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente. Entre aqueles que disseram saber do que se trata, 54% disseram que consumo sustentável é consumir produtos que não agridam o meio ambiente nem a saúde humana.
Atualmente, existe uma tendência de aceleração da construção de grandes barragens para projetos hidrelétricos, especialmente nos chamados países em desenvolvimento da América Latina, sudeste da Ásia e África. No caso do Brasil, a polêmica usina de Belo Monte é apenas a ponta do iceberg na Amazônia, principal frente de expansão da indústria barrageira, onde o governo Dilma pretende promover a construção de mais de sessenta grandes barragens (UHEs) e mais de 170 hidrelétricas menores (PCHs) nos próximos anos.
Esta terça-feira, 5 de junho, marca o Dia Mundial do Meio Ambiente (WED, na sigla em inglês), data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) há 40 anos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo (Suécia), no intuito de colocar o tema no centro das preocupações da humanidade, além de reforçar que o futuro do planeta Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que busquem a garantia do equilíbrio ecológico.
O lendário bispo do Xingu, ameaçado de morte e sob escolta policial há seis anos, afirma que o PT traiu os povos da Amazônia e a causa ambiental. Afirma também que Belo Monte causará a destruição do Xingu e o genocídio das etnias indígenas que habitam a região há séculos. Há 47 anos no epicentro da guerra cada vez menos silenciosa e invisível travada na Amazônia, Dom Erwin Kräutler encarna um capítulo da história do Brasil.
“O futuro que queremos”, lema central do documento da ONU, não é outra coisa senão o prolongamento do presente. Este se apresenta ameaçador e nega um futuro de esperança. Num contexto desses, não avançar é retroceder e fechar as portas para o novo", escreve Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor.