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A exploração ambiental na Amazônia e a promessa de desenvolvimento. Entrevista especial com Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior.

Os reflexos do Projeto Grande Carajás, implementado na Amazônia oriental nos anos 1980, podem ser verificados ainda hoje, 30 anos depois, diante do crescimento econômico proporcionado em estados como o Maranhão, que é a 16ª economia entre os estados brasileiros. Contudo, a aparente expansão econômica “não significa melhoria da qualidade de vida” da população que vive no entorno da região onde se desenvolveu o projeto de exploração mineral, avalia Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior, na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line. “A grande expansão econômica tem provocado uma situação que leva a péssimos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH, alto grau de exportação de trabalhadores para trabalho escravo, péssima assistência à saúde e à educação, altos índices de violência urbana e rural, somente para citar alguns indicadores”, relata. Ao invés do desenvolvimento, o Projeto Grande Carajás gerou “concentração de terras, a violência e a miséria no campo, o inchaço urbano e maior concentração de renda”.

Na Europa, 80% das plantas ornamentais têm pesticida prejudicial a abelhas.

Cerca de 80% das flores e plantas ornamentais vendidas em floriculturas e supermercados na Europa possuem pesticidas que são perigosos para as abelhas, revela um relatório do Greeenpeace publicado nesta quinta-feira (24). “Sem saber, jardineiros amadores servem coquetéis de pesticidas perigosos para abelhas e insetos. Jardins deveriam ser um oásis afastado da indústria agrícola para esses animais e não um bar de veneno”, afirma Christiane Huxdorff, especialista em agricultura do Greenpeace.

MPF e MP/GO conseguem impedir aplicação de agrotóxico com benzoato de emamectina nas lavouras.

Estudos comprovam que a substância é extremamente tóxica ao organismo do ser humano e prejudicial ao meio ambiente. O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), em conjunto com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP/GO), por meio de recomendação, conseguiu que a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) não autorize a aplicação de agrotóxicos que contenham o ingrediente benzoato de emamectina nas lavouras do estado.

Ex-ministro alemão diz que Dilma bloqueou fim do acordo nuclear Brasil-Alemanha.

O polêmico Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, base para a construção das usinas nucleares em Angra dos Reis, estava perto de ser encerrado em 2004 e hoje continua em vigor, afirmou nesta terça-feira (08/04) o político do Partido Verde Jürgen Trittin, na época ministro alemão do Meio Ambiente. Durante um debate em Berlim sobre a ditadura militar brasileira, Trittin lembrou um episódio daquele ano. Segundo ele, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, interferiu nas negociações que poderiam levar ao fim do acordo.

Grupo de Estudos entrega à Anvisa dossiê sobre impactos do herbicida 2,4-D e das plantas transgênicas associadas.

O GEA Grupo de Estudos em Agrobiodiversidade protocolou na Anvisa um dossiê sobre impactos à saúde causados pelos agrotóxicos à base de 2,4-D e pelas plantas tolerantes a esses herbicidas. O 2,4-Diclorofenoxiacético (2,4-D) está sendo reavaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que tem até junho para apresentar suas conclusões sobre manter, restringir ou retirar o produto do mercado.

Greenpeace defende mudanças no agronegócio.

Kumi Naidoo, ativista sul-africano que lutou pelo fim do apartheid e há cinco anos é o diretor-executivo do Greenpeace International, espera que o próximo relatório do IPCC (o braço científico das Nações Unidas), que está em discussão esta semana em Berlim, na Alemanha, “tire da letargia as negociações internacionais de clima”. O sumário para tomadores de decisão do IPCC, que será divulgado domingo, versa sobre a mitigação dos gases-estufa no mundo. Ele esteve em São Paulo há poucos dias para falar no Global Agribusiness Forum, megaevento promovido por entidades do agronegócio. Colocou sua perspectiva da mudança do clima sobre a agricultura e produziu, segundo ele, reações hostis na plateia. Disse que as grandes fazendas industriais são menos resistentes aos impactos do clima que as pequenas culturas ecológicas, que grandes terras tomadas por monoculturas e dependentes de fertilizantes e agrotóxicos não são sustentáveis e que é preciso mudanças urgentes e radicais. “A natureza está nos dando fortes sinais de que estamos correndo contra o tempo e que já ultrapassamos vários limites planetários.”

Venenos Ambientais Conectados ao Aumento do Autismo.

Um estudo recente detectou de que para cada 01 (um)% de aumento em malformações genitais em meninos recém nascidos, havia um aumento associado de 283% quanto ao autismo. Esta correlação entre malformação genital e autismo oferece forte sustentação para a noção de que o autismo é o resultado de uma superexposição parental a tóxicos ambientais. O flúor sozinho que está sendo agregado a muitos suprimentos de água pública em todos os EUA, pode contribuir na queda, em média, de sete pontos no QI de uma criança.