Preservação ambiental (Pág. 6 de 10)

Monitoramento brasileiro de florestas inspira plataforma internacional.

O sistema de vigilância Global Forest Watch une tecnologia de satélite e dados abertos para o acompanhamento da gestão de áreas verdes em todo o globo. Projeto pioneiro do Brasil inspirou criação da ferramenta. O sistema de monitoramento de devastação da Amazônia inspirou um projeto internacional desenvolvido pelo Google, Programa das Nações das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma) e Word Resources Institute (WRI). No ar desde a semana passada, a plataforma Global Forest Watch oferece um mapa interativo, mostra os pontos de ganho e perda de áreas verdes e oferece um quadro geral sobre o desmatamento no mundo.

Floresta privada ajuda o país a cumprir metas.

Após amplo debate com o setor empresarial, organizações não governamentais, academia, Estados e municípios, o governo federal estabeleceu um plano de metas para a aplicação, em nível nacional, dos objetivos para 2020 definidos pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário. Um dos compromissos entre os vinte anunciados no ano passado é proteger 17% do território dos diferentes biomas brasileiros na forma de parques, reservas e outras unidades de conservação. No entanto, a Mata Atlântica, bioma mais rico e populoso do país, com floresta explorada desde o início da colonização, está longe dessa marca. Atualmente, apenas 9,5% da região se encontra em áreas protegidas.

Livro revela segredos da Mata Atlântica preservada.

Em “Ka’á-eté: A Floresta Atlântica Intocada”, Octavio Campos Salles retrata com 161 fotos a diversidade da parte melhor preservada da mata; lançamento com noite de autógrafos acontece no próximo dia 24 de abril, às 18h30, na Livraria da Vila da alameda Lorena, em São Paulo; exposições, palestras para estudantes e site complementam projeto do fotógrafo.

Controverso, plantio de dendê no Brasil triplica em 4 anos.

Em quase quatro anos, a área ocupada por dendezais no Brasil triplicou: os 50 mil hectares de 2010 saltaram para os atuais 160 mil hectares. Deste total, cerca de 10 mil hectares são geridos pela agricultura familiar. Só o estado do Pará concentra 95% dessa área, aponta o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Empresas apoiam renovação da moratória da soja.

Após duras negociações, a moratória da soja foi renovada no dia 31 de janeiro até dezembro de 2014. Criada em 2006 como resultado de uma campanha liderada pelo Greenpeace, ela estabelece a não comercialização de soja oriunda de fazendas envolvidas em desmatamento na Amazônia após julho daquele ano, e assim ajuda a impedir a destruição da floresta.

Brasil pode liberar veneno mais tóxico para lavouras transgênicas.

Após uma década ao longo da qual o herbicida glifosato reinou absoluto nas lavouras transgênicas espalhadas pelo Brasil, a chegada de um novo produto, mais tóxico e com maior potencial de contaminação, coloca em alerta setores da sociedade e já é objeto de um inquérito civil por parte do Ministério Público Federal (MPF). Um dos principais componentes do tristemente célebre agente laranja, usado pelos Estados Unidos como arma letal contra civis durante a Guerra do Vietnã, o veneno conhecido como 2,4D pode ser uma realidade já na atual safra brasileira, em lavouras de soja e milho geneticamente modificadas para resistirem à aplicação do produto. Responsável pela possível liberação de três pedidos de plantio comercial relativos ao 2,4D – que seriam analisados em outubro – a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) foi aconselhada pelo MPF a realizar mais testes que comprovem a segurança do produto para a saúde e o meio ambiente.

Governo federal e os nove Estados da Amazônia Legal firmam pacto para combater o desmatamento na região.

O governo federal trabalhará em conjunto com os nove Estados da Amazônia Legal para combater o desmatamento na região. Acordo de cooperação firmado entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e as autoridades locais vai permitir a gestão florestal do bioma. A parceria valerá pelos próximos três anos e atuará, entre outras ações, no aperfeiçoamento dos documentos de origem da madeira e no rastreamento dos veículos que fazem o transporte do material em território amazônico.