Poder econômico (Pág. 37 de 64)

Carajás, contradições do país num só projeto.

Em março deste ano, parte da população ocupou a prefeitura de Parauapebas por cinco dias, reivindicando serviços públicos básicos, como saúde, transporte e habitação. Nesse período, a entrada da Floresta Nacional de Carajás (Flonaca), onde estão localizadas as minas do complexo de Carajás, foi bloqueada pelos manifestantes. E o que, afinal, o acesso a serviços básicos tem a ver com a atividade mineradora? Pouca coisa não é.

A Monsanto além do mito.

"O oráculo Monsanto (que não tem cara, nem voz) apresenta a última palavra, literalmente, para redimir a humanidade do caos que está por vir: alimentar 9 bilhões de habitantes (previsão para 2050) com engenharia genética. Quem está disposto a crer para ver esse milagre?, questiona Juliana Dias, doutoranda em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia, na UFRJ, em artigo publicado por Outras Palavras, 09-05-2014.

Arco gigante cobrirá restos do acidente nuclear de Chernobyl.

"Se tudo correr como planejado, até 2017 o arco de 32 mil toneladas cobrirá os restos radioativos do reator que explodiu em abril de 1986. Quando for totalmente fechado, ele será capaz de conter qualquer poeira radioativa que tenha sobrado. O arco também permitirá que seja iniciado o estágio final da limpeza de Chernobyl - uma árdua tarefa de remover os detritos do reator contaminado."

Em ‘guerra’ contra a Nestlé, moradores e MP querem proteger o Parque das Águas de São Lourenço.

Da varanda do apartamento onde mora, Alzira Maria Fernandes olha para o Parque das Águas, em São Lourenço (MG), com tristeza. “Só acha bonito quem não viu como era antes. Eu frequentava muito ali. Era uma maravilha. Agora a Nestlé está acabando com tudo.” A principal preocupação da aposentada não está nos jardins planejados nem na mata nativa que o espaço, de 430 mil metros quadrados, abriga, mas no que ele esconde em seu subsolo: nove fontes de raras águas minerais e gasosas, com propriedades medicinais, que começaram a se formar há algumas dezenas ou centenas de anos.

Procurador quer responsabilização de empresa que contaminou com chumbo Vale do Ribeira.

Durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30), o procurador da República no Distrito Federal Peterson Pereira, assinalou que o governo precisa medir a dimensão dos efeitos da contaminação por chumbo e outros metais pesados na região do Vale do Ribeira, nos estados de São Paulo e Paraná, para responsabilizar a empresa exploradora.

Estudo demonstra que supermercados cobram mais do que deveriam por produtos orgânicos

Os alimentos orgânicos são cada vez mais encontrados nos supermercados. Apresentam características de nichos de mercado e atendem a um segmento seleto de consumidores que têm disposição de pagar um preço bem mais alto, em média com 200% de aumento em relação aos mesmos produtos provindos da agricultura convencional. A compra de produtos como o tomate, a cebola e a batata, em alguns casos, pode até sair com mais de 600% de aumento.

A “revolução” da agropecuária e a transnacionalização da terra.

“A pergunta a ser respondida em chave de projeto de desenvolvimento é se esta “revolução” anda de mãos dadas com um processo de transformação da estrutura produtiva capaz de permitir a redução dos níveis de dependência e aumentar a apropriação social da riqueza produzida ou, como tudo indica, vem para consolidar a condição periférica e desigual da formação social uruguaia”. A reflexão é de Gabriel Oyhantçabal, em artigo publicado na revista uruguaia Brecha, 24-04-2014. A tradução é deAndré Langer. Gabriel Oyhantçabal é engenheiro agrônomo, mestrando em Ciências Agrárias e professor na Universidade da República.

A exploração ambiental na Amazônia e a promessa de desenvolvimento. Entrevista especial com Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior.

Os reflexos do Projeto Grande Carajás, implementado na Amazônia oriental nos anos 1980, podem ser verificados ainda hoje, 30 anos depois, diante do crescimento econômico proporcionado em estados como o Maranhão, que é a 16ª economia entre os estados brasileiros. Contudo, a aparente expansão econômica “não significa melhoria da qualidade de vida” da população que vive no entorno da região onde se desenvolveu o projeto de exploração mineral, avalia Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior, na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line. “A grande expansão econômica tem provocado uma situação que leva a péssimos Índices de Desenvolvimento Humano - IDH, alto grau de exportação de trabalhadores para trabalho escravo, péssima assistência à saúde e à educação, altos índices de violência urbana e rural, somente para citar alguns indicadores”, relata. Ao invés do desenvolvimento, o Projeto Grande Carajás gerou “concentração de terras, a violência e a miséria no campo, o inchaço urbano e maior concentração de renda”.