Vão fazer 51 anos que o DDT foi proibido na maioria dos países (no Brasil foi em 1995) e ele ainda está por aí com seu metabólito mais conhecido, o DDE. Como sempre, moléculas com o elemento CLORO. É terrível, mas a maioria das moléculas de laboratório agora se mostram que são muito resistentes para se metabolizarem e quando fazem, transformam-se em metabólitos, às vêzes, mais tóxicos do que as originais.
Mais uma pesquisa que constata que algo está se manifestando pela ampla utilização e disseminação de moléculas sintéticas e que a natureza não conhecendo, não 'sabe' como processá-las. Mas a pretensão da sociedade moderna insiste em querer 'corrigir' o que considera 'equívocos' da natureza.
Sem comentários! Desde 1989, todos nós da humanidade passamos a saber que algo estava comprometendo a saúde dos homens. E pior, também por tecnologias 'modernas', como plásticos e agrotóxicos, primeira e principalmente desenvolvidas por homens. Os resultados e a realidade estão postos.
Se em 1991 tivéssemos seguido o que os cientistas já demonstravam cientificamente o que estava acontecendo com os espermatozoides masculinos e sua fertilidade, possivelmente teríamos hoje, menos dores e frustrações.
Matéria dramática pela violenta alteração, para maior, nos percentuais da queda do número de espermatozoides, nas últimas décadas. E há ressalva sobre os possíveis efeitos negativos sobre a fertilidade das mulheres.
Mais um dado que mostra que, como para os homens, é fundamental estar-se a par do que está comprometendo a vida futura dos machos no planeta. Onde está cada um de nós, nessa realidade?
25 anos depois, de novo a reportagem que levou ao conhecimento do livro de T.Colborn, Our Stolen Future. Hoje o livro é Count Down: tradução livre: Contagem Regressiva, S.Swan.
Por que matéria de 2018? Para relembrar a infertilidade masculina estar ligada aos disruptores endócrinos pelas fibras sintéticas das roupas até desportivas.
E aqui, alguém pensou sobre microplásticos nas nossas torneiras? E nossas crianças, iremos continuar contaminando-as com nossas embalagens plásticas?
Inquestionável ! Alimentação 'lixo' está comprometendo, definitivamente, a saúde masculina.
Seremos uma espécie em extinção, conforme levantam cientistas, pela realidade constatada quanto à fertilidade masculina?
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
