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Multipolar, contraditória e beligerante.

Um mundo multipolar será necessariamente um ambiente conflituoso, afirma o cientista político José Luís Fiori. Enquanto os Estados Unidos tentam exercer seu poder de forma mais indireta, as potências regionais buscam firmar sua influência e, em último grau, se unem em estratégias comuns contra o império. Dessa contradição nascem as possibilidades de conflito. “O sistema interestatal capitalista se estabiliza por meio de sua própria expansão contínua e, portanto, em última instância, através das guerras”, afirma. Na entrevista a seguir, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o mais arguto analista de relações internacionais do País, analisa as mudanças globais e o papel do Brasil na nova ordem.

Potencial de reciclagem do plástico em destaque na Interplast 2014.

O plástico faz parte da vida contemporânea. Do computador ao avião, da telecomunicação aos foguetes interplanetários, da agricultura à construção civil, da área médica ao artigo de higiene pessoal, ele é matéria-prima indispensável. Mas poucos sabem de onde ele se origina e como ele se transforma e se recicla ao longo da cadeia de produção e consumo. Um painel de grandes dimensões vai mostrar ao público da Interplast 2014 todo o ciclo de vida do plástico. A iniciativa é da Termotécnica com o patrocínio da Innova e com apoio da Plastivida (Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos), INP (Instituto Nacional do Plástico), Instituto do PVC, Simpesc (Sindicato da Indústria de Plástico de Santa Catarina) e Messe Brasil.

As hidrelétricas e o processo de intervenção na Amazônia.

“Qual modelo de desenvolvimento e ocupação que nós queremos na Amazônia? A construção das hidrelétricas que estão sendo feitas corresponde ao modelo que se deseja?”, questiona André Villas-Bôas em entrevista à IHU On-Line, concedida por telefone. Na avaliação dele, é um equívoco “achar que as hidrelétricas não são uma força de atração de um conjunto de investimentos que acabam modelando a forma que estamos ocupando a Amazônia”.

MPF do PA propõe acordo sobre Soja.

Com o fim anunciado da Moratória da Soja, o MPF do Pará tenta medida para evitar o crescimento desenfreado da cultura no Estado. Enquanto isso, soluções concretas ainda estão longe da realidade. Compradores de soja que atuam no Pará assinaram, na noite de sexta-feira (15), o “Acordo Verde dos Grãos”, onde assumem junto ao Ministério Público Federal (MPF) do Estado o compromisso de não adquirir soja cultivada em áreas que sofreram desmatamento ilegal.

Mistura de urina e compostos pode dar origem a fertilizante sustentável.

Os problemas da fabricação e do uso de fertilizantes nitrogenados são muitos, de emissões de gases do efeito estufa, à contaminação dos lençóis freáticos, passando pela eutrofização de lagos, perda da produtividade do solo e intoxicação de animais, entre outros. Mas a principal questão sobre esse tema está no fato de que não há alternativas ou substitutos realmente eficientes ao uso de fertilizantes nitrogenados, o que faz com que a produção agrícola em larga escala esteja necessariamente atrelada ao uso desse tipo de produto.

Líder yanomami ameaçado com “a vida ou a selva”.

Davi Kopenawa, máximo dirigente do povo yanomami na Amazônia brasileira, reconhecido internacionalmente por sua luta contra a invasão de seu território por latifundiários e garimpeiros ilegais, agora trava nova batalha, desta vez contra as ameaças de morte contra ele e sua família. “Em maio me disseram (os mineradores) que ele não chegaria vivo ao final do ano”, contou à IPS o yanomami Armindo Góes, de 39 anos, companheiro de luta de Kopenawa a favor dos direitos deste povo milenar.

Nota de repúdio às reportagens da série “Terra Contestada” do Grupo RBS.

Os membros do Simpósio Temático nº 13: “Indigenismo e Movimentos Sociais Indígenas” proposto no XV Encontro Estadual de História, com tema “1964-2014 – Memórias, testemunhos e estado”, realizado entre 11 e 14 de Agosto de 2014, na Seção Santa Catarina (ANPUH-SC), vem a público divulgar Nota de Repúdio à Empresa Rede Brasil Sul de Comunicação (Grupo RBS) devido à reportagem “especial” veiculada em seus meios, sobretudo no Jornal Diário Catarinense, intitulada: Terra Contestada, nos dias 07 a 12 de Agosto de 2014.

“O colonialismo não pode morrer enquanto subsistir o capitalismo”.

Said Bouamama, sociólogo especializado em questões de imigração, discriminações e processos de dominação, bem como animador do Coletivo Manouchian, acaba de publicar o livro “Figures de la Révolution Africaine (de Kenyata à Sankara)" (Editions La Découverte, 2014). Em entrevista, afirma que “não há capitalismo, por um lado, e colonialismo de outro, mas, sim, são as faces de um mesmo processo. O desaparecimento do colonialismo significa, a curto prazo, uma crise mortal para o capitalismo. Do mesmo modo, o fim do capitalismo significa o desaparecimento do colonialismo”.