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Terras férteis e vida simples: ribeirinhos atraem oportunistas e sonhadores.

Para muitos ribeirinhos, é do roçado que vem o que comer. Como as várzeas – terras periodicamente inundadas pelos rios – são muito férteis, é comum que a roça ganhe maiores dimensões e o que seria para subsistência vira também fonte de renda. Parte dos ribeirinhos que conseguem se estabelecer como produtores encontram dificuldades para escoar seus produtos pelos rios ou estradas da Amazônia. É nesse cenário que surgem os atravessadores: com mais facilidades de logística, eles pagam barato e vendem caro os produtos obtidos com o suor dos ribeirinhos.

Estudo da EACH mostra que solados de calçados podem ser feitos a partir da fibra de coco verde.

A fibra de coco pode ser usada na indústria calçadista, na forma de solados de sapatos. Essa nova possibilidade dada ao material é conclusão de pesquisa realizada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP pela bacharel em têxtil e moda Célia Regina da Costa. O estudo conta com uma análise histórica do setor calçadista, englobando todos os tipos de calçados usados pela humanidade e reunindo informações sobre a fabricação, os materiais já usados, ergonomia e outros fatores relevantes para a fabricação do produto, o que oferece respaldo para melhorias no campo.

A naturalização da obsolescência.

Você se lembra de quantos celulares já teve? Por que motivos trocou sua última geladeira? Por quanto tempo espera usar seu novo computador? E por quanto tempo usou o anterior? Quanto se fala em produtos eletroeletrônicos as questões relativas ao tempo de vida útil dificilmente são associadas à questão da sustentabilidade. Não é só falha dos consumidores. A própria regulação estatal (demarcada pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos) omite falar no problema da obsolescência dos produtos.

Pesquisadores anunciam a ‘extinção inexorável’ do Rio São Francisco.

É equivalente a dar oito voltas na Terra — ou a andar 344 mil quilômetros — a distância percorrida por pesquisadores durante 212 expedições ao longo e no entorno do Rio São Francisco, entre julho de 2008 e abril de 2012. O trabalho mapeia a flora do entorno do Velho Chico enquanto ocorrem as obras de transposição de suas águas, que deverão trazer profundas mudanças na paisagem. Mais do que fazer relatórios exigidos pelos órgãos ambientais que licenciam a obra, o professor José Alves Siqueira, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Pernambuco, reuniu cem especialistas e publicou o livro “Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação” (Andrea Jakobsson Estúdio). A obra foi lançada em Recife este mês.

Novos formatos para ver o mundo e a vida.

Não é uma proposta de ambientalista radical, ativista político, esquerdista militante, é do próprio presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, no recente Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça: as emissões de dióxido de carbono ameaçam comprometer os avanços do desenvolvimento econômico nas duas últimas décadas; governos, corporações de negócios e empresas deveriam cancelar seu provimento de recursos para empresas de petróleo, gás e carvão, além de apoiar a criação de tributos para essas áreas; também será preciso obrigar esses setores a revelar seu nível de contribuição para os impactos climáticos.

Plantas da Amazônia são usadas na indústria de cosméticos e perfumes.

A viagem em busca dos óleos da floresta começa em um dos cenários mais bonitos da Amazônia, no município de Santarém, no estado do Pará. O mercado municipal de Santarém funciona todos os dias e atrai milhares de compradores e comerciantes que chegam de todos os pontos da região. Por estar em um lugar estratégico, no encontro do rio Amazonas com o Tapajós, é um dos mais ricos e mais completos da Amazônia.