Poder econômico (Pág. 62 de 64)

Especial 2012: O modelo neodesenvolvimentista do governo Dilma.

O governo Dilma, assim como foi o de Lula, é tributário do “modelo fordista tardio” na forma de pensar e ver a sociedade. A elite política no poder pensa a sociedade a partir do paradigma da Segunda Revolução Industrial – fordista. Este modelo assenta-se em bases produtivista e consumista. Investe pesadamente em matrizes energéticas centralizadoras e poluidoras (fósseis), perigosas (nuclear) ou devastadoras do meio ambiente (hidrelétricas).

Saudades de 1964. A nova direita.

Agrupados no Instituto Millenium, uma Organização Social de Interesse Público - Oscip, essa nova direita, capitaneada por grandes conglomerados da mídia nacional e apoiada por empresas nacionais e transnacionais funda os seus princípios na liberdade dos mercados, na defesa da propriedade privada, na resistência a políticas públicas que não se orientam pelo princípio liberal da meritocracia e no medo de um suposto “avanço comunista” personificado no bolivarianismo de Chávez, Rafael Correa e Evo Morales.

Brizola inspira prefeito mais rico do país.

São oito horas da manhã. Em um acanhado escritório ao fundo da recepção de seu hotel, Otaviano Pivetta, prefeito eleito de Lucas de Rio Verde, pequeno município encravado no centro de Mato Grosso, a 350 quilômetros de Cuiabá, discute com cinco assessores a composição do futuro governo.

Antonio Donato Nobre mostra que tem um rio em cima de nós.

Antonio Donato Nobre pesquisa as interações entre as florestas e a atmosfera. Sua pesquisa revelou que há verdadeiros rios de vapor correndo por cima da Floresta Amazônica e carregando umidade para boa parte do continente. Graças a esses rios, a América do Sul não é desértica como a África. Sua pesquisa mostra a fragilidade da floresta num cenário de mudanças climáticas e o imenso risco que corremos se a perdermos.

Desordem nas engrenagens da civilização.

"O capitalismo internacional e individualista decadente, sob o qual vivemos desde a Primeira Guerra, não é um sucesso. Não é inteligente, não é bonito, não é justo, não é virtuoso - "and it doesn't deliver the goods". Em suma, não gostamos dele e já começamos a menosprezá-lo. Mas, quando imaginamos o que se poderia colocar no seu lugar, ficamos extremamente perplexos", escreve Luiz Gonzaga Belluzzo, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, citando Keynes, em artigo publicado no jornal Valor, 14-09-2012.

Suspensão opõe agronegócio e índios.

A decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de suspender a vigência da Portaria 303, que regulamenta as salvaguardas das terras indígenas do País com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal, criou insegurança jurídica e reacendeu o conflito institucional entre setores do agronegócio, organizações indigenistas e órgãos do próprio governo, que não se entendem sobre o tema.

MST ataca pai do Fome Zero, que elogiou agronegócio.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e representantes de sete entidades que atuam na área da defesa dos direitos humanos e de agricultores se disseram ontem "indignados" e com "medo" por causa de artigo do diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, em parceria com Suma Chakrabarti, presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Berd), no qual os dois afirmam que "o mundo precisa de mais alimentos" na luta contra a fome e sustentam que "o setor privado pode ser o principal motor de tal crescimento". O texto, que saiu no último dia 6, na edição europeia do The Wall Street Journal, tem o título de "Fome por Investimento".

O resgate de uma dívida social. As concessões de usinas hidrelétricas.

No momento em que está em discussão a MP 579 que trata da renovação das concessões de usinas hidrelétricas, mais do que oportuno retomar o artigo de Ildo Sauer, especialista em fontes energéticas. diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e ex-diretor da Petrobras, sob o título O resgate de uma dívida social, publicado pela página da revista Carta Capital, 14-05-2012.