Poder econômico (Pág. 47 de 64)

Hidrelétrica etíope arrasa meios de vida indígenas.

Vale do Omo, Etiópia, 21/11/2013 – A construção de uma grande linha de transmissão que exportará eletricidade gerada por um dos grandes projetos hidrelétricos da Etiópia, Gibe III, é uma ameaça para centenas de milhares de pastores que vivem na área. A represa Gibe III, que gerará 1.800 megawatts (MW), está sendo construída no sudoeste do país, no rio Omo, ao custo de US$ 1,7 bilhão. O Estado estima que entraram mais de US$ 400 milhões anuais com a exportação de sua energia. Quando concluída, a hidrelétrica será a quarta do mundo em tamanho.

Relações éticas e pesquisa independente na liberação dos transgênicos no Brasil. Entrevista especial com José Maria Gusman Ferraz.

No ano de 2003, foi aprovada a lei brasileira que libera o uso e a entrada de organismos geneticamente modificados no País. Dez anos depois, no entanto, ainda não se chegou a um consenso sobre os reais riscos e benefícios da tecnologia. Para o agrônomo e pesquisador José Maria Gusman Ferraz, no entanto, as respostas já estão sendo apontadas, mas vem sendo ignoradas pelo Estado. “Os interesses das empresas e seus lobbies determinam o estabelecimento de políticas públicas e normas regimentais”, afirma. “Isto fica claro na flexibilização que a CTNBio vem tendo ao longo do tempo, passando de órgão consultivo para deliberativo.”

Governo declara emergência em MT por ataque de lagartas.

O Ministério da Agricultura declarou nesta segunda-feira estado de emergência fitossanitária em Mato Grosso devido ao ataque da lagarta Helicoverpa armígera nas lavouras. Até o momento, Bahia e Mato Grosso tiveram a emergência reconhecida. A especificação exata da área atingida pela praga será divulgada em outra portaria nos próximos dias (Nota do site: para conhecimento, quando em 1980, o RS começou com a discussão sobre os agrotóxicos, eles eram avaliados e liberados por um ‘setorzinho’ de quatro ou cinco ‘mafiosos’ do mesmo Ministério da Agricultura. Não existia nem avaliação sobre a saúde nem sobre o ambiente. 34 anos depois, sob nova roupagem, voltamos às mesmas trevas!! Será que nossa sociedade pode continuar tão apática como era então?? Só que agora os tempos deveriam ser outros, mas dramaticamente parece que não! Belchior profetizou correto em sua música – “Somos como os nossos pais”!).

“As sementes transgênicas não são mais produtivas, nem foram planejadas com este objetivo”. Entrevista especial com Leonardo Melgarejo.

“Quanto vale a diferenciação de mercados, e quem ganhou com o fato de o Rio Grande do Sul ter jogado fora a preferência dos consumidores europeus? Mas este não é um problema de miopia gaúcha. O mesmo aconteceu no Paraná, onde o governo local defendeu os interesses da soberania nacional por mais tempo”, constata o engenheiro agrônomo.

Transgênicos no Brasil. Ciência e perspectivas de futuro. Entrevista especial com Marcos Silveira Buckeridge.

Em 2003, o Brasil regulamentou a entrada de organismos geneticamente modificados – OGMs – no país e formou uma comissão de biossegurança para avaliar e regular a sua utilização. No entanto, para o pesquisador e professor da Universidade de São Paulo, Marcos Buckeridge, se por um lado a decisão organiza o setor e o conduz para não haver excessos, por outro seria um exagero comparável a “usar uma bala de canhão para matar uma pulga”. Isto porque, para ele, “já está muito claro que os transgênicos não oferecem todo aquele perigo que se imaginava aos seres humanos e ao ambiente”.