Poder econômico (Pág. 47 de 66)

Os “inimigos alemães” do Papa Francisco.

(Nota do site - mesmo este espaço não dar destaque para assuntos constitucionais das religiões formais, este assunto de hoje interessa a toda a humanidade por mostrar duas visões de mundo que se refletem nas hegemonias e nos procedimentos cotidianos das práticas do mundo ocidental. Grato). Algo se move na Alemanha. A terra que viu nascer Lutero e Ratzinger, onde se traçaram as duas grandes linhas mestras da teologia conciliar (Tübingen e Regensburg), volta a apresentar-se hoje como exemplo das duas “almas” da Igreja católica: a reformista e a conservadora. Hoje [sexta-feira, 13], quando se completam nove meses do pontificado de Francisco, precisamente vozes alemãs exemplificam a discussão, o debate (e quem sabe um possível cisma adormecido) na Santa Sé.

MPF debate liberação de soja e milho resistentes a 2,4-D.

A CTNBio se negou a abrir o debate, mas o Ministério Público Federal mostrou-se disposto a ouvir a sociedade e realizou nesta última quinta-feira audiência pública sobre os impactos de uma eventual liberação comercial de variedades de soja e milho resistentes ao herbicida 2,4-D, classificado pela Anvisa como produto de extrema toxicidade.

Quase orgânicos.

Poucos consumidores sabem, mas a maioria dos alimentos orgânicos é produzida no Brasil com sementes convencionais que podem até receber tratamento com agrotóxicos. E essa contradição, que tinha prazo de término no final deste mês, vai se estender por mais alguns anos.

A Amazônia que o BNDES financia.

Nos calhamaços de papel assinados e rubricados diversas vezes por gigantes da economia brasileira – Vale, Eletrobrás, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Votorantim, Alcoa, dentre outros -, saltam cifras de 500 milhões, 1 bilhão, até quase 10 bilhões de reais. São os contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma série de megaempreendimentos na Amazônia, que não são disponibilizados publicamente pelo banco, embora todas essas obras sejam custeadas com o dinheiro de impostos.

Ruralistas instalam comissão da PEC 215 sob protestos de índios e conivência do governo.

A Câmara dos Deputados instalou, ontem à noite, a comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do governo federal para o Congresso a atribuição de aprovar a demarcação de Terras Indígenas (TIs) e a criação de Unidades de Conservação (UCs). Se aprovado, na prática o projeto deverá paralisar os processos de formalização de áreas protegidas.

Projeto libera mineração em Parques e de quebra muda SNUC.

O Projeto de Lei 3.682/2012 está pronto para ser votado na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Seu objetivo é abrir 10% das Unidades de Conservação de proteção integral à mineração. Em troca, os mineradores seriam obrigados a doar áreas com o dobro do tamanho das abertas à exploração comercial e com as mesmas características ecológicas e biológicas.

Empresas ainda lutam para evitar a rotulagem de transgênicos no Brasil.

Produtos contendo organismos geneticamente modificados são vendidos em todo o país sem qualquer identificação ou controle suficiente por parte dos órgãos de fiscalização. Confira na sétima reportagem da série. É apenas uma letra “T” pintada em preto sobre um pequeno triangulo amarelo fixado nas embalagens, mas as empresas que comercializam produtos que contêm ingredientes transgênicos fogem desse símbolo como o diabo foge da cruz. Regulamentada em março de 2004, nove meses após a autorização do primeiro plantio comercial de soja transgênica no Brasil, a rotulagem ainda é uma meia-realidade no país.