Contrariando a lei, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a liberação de um agrotóxico mais nocivo à saúde do que outros já existentes no mercado com o mesmo princípio ativo e para o mesmo fim. A agência justificou a liberação como sendo um “erro”. Afirmou que o produto foi classificado como mais tóxico porque não conseguiu fazer os testes corretamente. Agora, mesmo sem parte dos exames, a Anvisa vai reclassificar o produto como menos nocivo, a fim de regularizá-lo.
Herbicida
Agrotóxicos: pobre daquele que crê estar seguro pela atuação governamental.
“Apesar do negro cenário, o agrotóxico nosso de cada dia está presente em nossa vida conseguindo atravessar as autoridades fiscalizatórias com inacreditável facilidade. Partindo-se da legislação, pouquíssimas são as substâncias que possuem um limite máximo de exposição permitido ou mesmo um limiar tolerável no meio ambiente”, escreve Anderson Valle, biólogo e Agente Ambiental Federal do Ibama.
Outro herbicida em suspenso.
A Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), alertou que o herbicida 2,4-D, o segundo mais utilizado na Argentina, é “possivelmente cancerígeno”. O agrotóxico é empregado, entre outros usos, na fase prévia da semeadura de soja e milhos transgênicos. Em março passado, o mesmo organismo internacional havia confirmado que o glifosato produz dano genético (antessala de diversas enfermidades) e também o vinculou ao câncer. O 2,4-D é comercializado por Dow Agrosciences, Nidera e Monsanto.
Biodegradação de glifosato por bactérias isoladas de solos cultivados com macieira com diferentes históricos de aplicação deste herbicida.
O uso de herbicidas na agricultura para controle de plantas daninhas pode causar efeitos nocivos sobre processos biológicos do solo e organismos nãoalvo.
O Amaranto, a planta sagrada dos Incas, ataca os cultivos transgênicos da Monsanto.
Pânico entre os agricultores norte-americanos: a multinacional de sementes transgênicas não sabe o que fazer com o Amaranto, que dizimou os cultivos de soja transgênica.
MPF/RS e fórum de combate a agrotóxicos alertam para uso de herbicida paraquat.
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) e outras entidades participantes do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos alertam para a urgência da proibição da venda no estado do paraquat, herbicida altamente perigoso para os humanos. O alerta foi feito em nota, aprovada em plenária do Fórum.
O Glifosato induz o crescimento de células de câncer de mama humano via receptores estrogênicos.
O glifosato é o ingrediente ativo do herbicida mais largamente empregado nos cultivos atualmente e ele é tido como menos tóxico em relação a outros agrotóxicos. Estudo publicado no periódico no periódico Food Chem Toxicol. em setembro de 2013, mostra que a realidade é bem outra.
Novos Estudos Angustiantes Revelam os Efeitos Insidiosos do Glifosato/Roundup.
O glifosato, ingrediente ativo do herbicida da Monsanto, Roundup, é possivelmente “o fato mais importante no desenvolvimento de múltiplas condições e doenças crônicas que se tornaram prevalentes nas sociedades ocidentais”. Os resíduos de glifosato foram detectados nos alimentos mais comumente consumidos na dieta ocidental por meio do uso de açúcar, milho, soja e trigo transgênicos.
Doença celíaca: intolerância ao glúten ou ao glifosato?
No final de 2013 a revista científica Interdisciplinary Toxicology (do Instituto de Farmacologia Experimental da Academia Eslovaca de Ciências) publicou um artigo que coloca em questão a verdadeira origem da chamada doença celíaca – uma doença autoimune, cujos efeitos são precipitados pelo consumo de alimentos contendo glúten. O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e aveia, e os portadores da doença celíaca devem suprimir da dieta todos os alimentos contendo, sobretudo, trigo e seus derivados (por exemplo, massas em geral).
MPF/DF fixa prazo de 180 dias para Anvisa concluir sobre riscos do herbicida 2,4-D.
O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) recomendou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que conclua, em até 180 dias, a reavaliação toxicológica do herbicida 2,4-D, utilizado para combater ervas daninhas de folha larga. Recomendou, ainda, à Comissão Técnica Nacional de Biodiversidade (CTNBio), que adie, pelo mesmo prazo, qualquer decisão sobre a liberação comercial de sementes transgênicas de milho e soja resistentes ao agrotóxico. Os documentos foram entregues na última quinta-feira, 19 de dezembro.