Globalização: 50 anos depois, a culpa dos sobreviventes persiste entre veteranos do Vietnã e suas famílias
O lado de uma moeda que demonstra ser orgulhosa e com arrojos de bravura e patriotismo. Aqui está relatado somente o lado emocional e supremacista, mas não os efeitos que os veteranos sofreram somente por terem trilhado onde a arma química Agente Laranja foi aspergida. Sim, porque foi pelos efeitos que começaram a aparecer nos filhos dos veteranos, que se desvelou o que era essa arma química que tem sua história. Antes e depois. Antes era conhecida, a molécula, sob o codinome de LD, arma que seria jogada no Japão como alternativa às bombas atômicas. Finalidade? Eliminar todo o arroz japonês e assim fazerem com que se rendessem. Como a opção foi a arma atômica, os galões com a arma voltaram para os EUA. E como mataria o arroz, por que não criar também, junto com os inseticidas, depois de DDT na IIª Guerra Mundial, os herbicidas? E assim surge o maligno 2,4,5-T. Nem se sabia nada da terrível dioxina, essência da arma química/herbicida. E assim, de herbicida viram os Agentes Laranja, Branco, Roxo e outras variações, da indigna guerra no sudeste asiático. E só em 1976, pela explosão de uma fábrica de cosméticos no norte da Itália, na comunidade de Seveso, que se desvela o que era conhecida até então como substância 'X', a dioxina. E os efeitos dela se manifestam até hoje no Vietnam e nos países vizinhos onde os EUA despejaram milhares de toneladas do 'Agente Laranja'. Isso também muda a história dos agrotóxicos.