Agronegócio (Pág. 55 de 62)

Conjuntura político-indigenista no Brasil: enfrentamento ou retrocesso?

"É muito evidente que os setores político-econômicos anti-indígenas e antidemocráticos, representantes do agronegócio, das mineradoras, das grandes empreiteiras e o próprio governo brasileiro estão articulados e empenhados para ampliar o acesso, o controle e a exploração dos territórios indígenas, quilombolas, dos pescadores artesanais, dos camponeses, de preservação ambiental, dentre outros". A afirmação é do Conselho Indigenista Missionário - Cimi sobre a conjuntura político-indigenista no Brasil publicada em seu portal, 04-04-2013.

Dez grupos têm um terço da nova fronteira da soja.

Quem percorre os quase 120 quilômetros de chão batido da rodovia Transcerrados (PI-397), que corta a Serra do Quilombo, no Piauí, depara-se com um cenário em transformação. Longas extensões de pequenas árvores de galhos retorcidos e arbustos postos no chão anunciam o avanço das lavouras de soja e milho sobre a chapada. O Piauí integra aquela que é conhecida como a "última fronteira agrícola" do país - a porção de Cerrado que engloba ainda o sul do Maranhão, a parte leste do Tocantins e o oeste da Bahia e que ficou conhecida pelo acrônimo "Mapitoba".

Demarcação inconclusa de terra indígena provoca invasão, conflito e morte no MS.

Um cabo reformado da Polícia Militar (PM) invadiu à cavalo a aldeia Ita’y, na Terra Indígena Lagoa Rica/Panambi, município de Douradina, Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira, 12. Armado com revólver e facão, Arnaldo Alves Ferreira efetuou seis disparos contra os Guarani Kaiowá, acertando o indígena João da Silva na orelha. O PM possuía um terreno dentro da área identificada como terra indígena, a cerca de 300 metros da aldeia.