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A agricultura camponesa e ecológica pode alimentar o mundo?

Para a jornalista Esther Vivas, ativista social e política, “a agricultura camponesa e ecológica não só pode alimentar o mundo, como também é a única capaz de fazer isso. Não se trata de um retorno romântico ao passado, nem de uma ideia bucólica do campo, mas, sim, de fazer confluir os métodos campesinos de ontem com os saberes do amanhã e de democratizar radicalmente o sistema agroalimentar”. O artigo é publicado por Publico.es, 20-05-2014. A tradução é do Cepat.

No Paraguai, 2% detêm 80% das terras.

Grandes plantações de soja que expulsam os camponeses do campo para os bairros pobres da periferia das cidades ou para a emigração. Partilha das terras para empresários e políticos ligados à ditadura. Pagamento quase inexistente de impostos por parte dos grandes latifundiários. Este é o panorama traçado pelo diretor de Oxfam Intermón, no Paraguai, Óscar López, que afirma que “em termos de monopolização da terra temos provavelmente o índice mais alto: 2% dos proprietários acumulam 80% das terras no Paraguai”.

Dá para beber essa água?

Agrotóxicos, metais pesados e substâncias que imitam hormônios podem estar na água que chega à torneira da sua casa ou na mineral, vendida em garrafões, restaurantes e supermercados. Saiba por que nenhuma das duas é totalmente segura.

Por que reciclar pilhas e baterias?

Se as todas pilhas fossem todas recicladas no Brasil, seriam recuperadas mil TONELADAS de zinco e 1.500 toneladas de manganês, minerais usados na correção de solos para agricultura. Papel, plástico, vidro, alumínio já são expressivamente reciclados no Brasil. Contudo, reciclar pilhas e baterias esgotadas ainda não está no cotidiano do brasileiro.

Com o selo da Reforma Agrária, assentamentos plantam e colhem de tudo pelo país.

Seu Antônio carpina a terra. São 60 anos de experiência – aos 8, começou a ajudar os pais. Já foi meeiro, hoje é assentado. “Nunca trabalhei empregado em firma”, conta Antônio Paulino Santo, que trabalha na Agrovila III, uma área de assentamentos em Itapeva, no sudoeste paulista, a 270 quilômetros da capital e já perto da divisa com o Paraná. Sete agrovilas espalhadas na região reúnem 450 famílias, aproximadamente 1.800 pessoas, em 17.000 hectares. Em todo o país, há 54 cooperativas produzindo, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que completa 30 anos neste 2014. A produção é diversificada, de itens in natura a beneficiados. Parte vem de cooperados, parte de produtores individuais.

Os transgênicos e a fome: a revolução fracassada.

Parecem ter sido dissipadas as dúvidas sobre a sua periculosidade para a saúde e para o ambiente (sob condições específicas), enquanto – ao contrário das promessas – eles não resolveram a chaga da desnutrição. A única certeza é que as plantas geneticamente modificadas são fonte de enormes negócios para poucas multinacionais e de grandes problemas para os pequenos agricultores. O padre Paolo Fontana, professor de bioética do Seminário Teológico do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (Pime) de Monza, na Itália, analisa a questão a 40 anos da criação em laboratório do primeiro transgênico “moderno”.

10 números sobre a fome.

A FAO, a organização das Nações Unidas que luta contra a fome e a desnutrição, por ocasião da sua sessão anual de conferências realizadas em Roma, entre os dias 15 a 22 de junho, divulgou alguns dados que fornecem um quadro da situação alimentar no mundo.

Estudo demonstra que supermercados cobram mais do que deveriam por produtos orgânicos

Os alimentos orgânicos são cada vez mais encontrados nos supermercados. Apresentam características de nichos de mercado e atendem a um segmento seleto de consumidores que têm disposição de pagar um preço bem mais alto, em média com 200% de aumento em relação aos mesmos produtos provindos da agricultura convencional. A compra de produtos como o tomate, a cebola e a batata, em alguns casos, pode até sair com mais de 600% de aumento.

A “revolução” da agropecuária e a transnacionalização da terra.

“A pergunta a ser respondida em chave de projeto de desenvolvimento é se esta “revolução” anda de mãos dadas com um processo de transformação da estrutura produtiva capaz de permitir a redução dos níveis de dependência e aumentar a apropriação social da riqueza produzida ou, como tudo indica, vem para consolidar a condição periférica e desigual da formação social uruguaia”. A reflexão é de Gabriel Oyhantçabal, em artigo publicado na revista uruguaia Brecha, 24-04-2014. A tradução é deAndré Langer. Gabriel Oyhantçabal é engenheiro agrônomo, mestrando em Ciências Agrárias e professor na Universidade da República.