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Hidrelétricas do Madeira: “Usinas podem resultar em catástrofe”, alerta pesquisador.

O pesquisador Artur Moret, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), alerta que as usinas hidrelétrica de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, terão o que os hidrólogoss denominam de “curva de remanso” capaz de produzir resultados catastróficos em Rondônia e na Bolívia. "No lago de Santo Antônio, a altura pode chegar a 2 metros. No lago de Jirau, a “curva de remanso” pode chegar a 6 metros, por causa do sedimento que vai ficar represado nesse lago, aumentando assim as possibilidades futuras de alagamento da Bolívia, da BR-364 e de outros lugares que ainda não sofreram cheias desse porte. Sem estudos e planos de contingência, o futuro é incerto" – afirma.

Documentário ‘A saúde está entre nós’ inspira debate sobre agroecologia, saúde e comunicação.

Tema do documentário A saúde está entre nós, a construção de pontes entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico ainda se coloca como um desafio. O curta-metragem retrata experiências de cultivo de plantas medicinais e de redes sociais de apoio a produtores e também aborda iniciativas de capacitação comunitária em beneficiamento e comercialização de matérias-primas e de atendimento com fitoterápicos pelo SUS. Apesar destas iniciativas de aproximação, o filme evidencia um grande distanciamento entre os saberes.

Crônica de mais um conflito anunciado.

Sai um problema, entra outro. O deputado federal Paulo Quartiero (DEM/RR) não parece nada feliz quando começa a falar sobre os novos "ruídos" que vêm ocorrendo com comunidades tradicionais na Ilha de Marajó, para onde transferiu sua produção de arroz após ser obrigado pelo Supremo Tribunal Federal a sair da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Se antes eram os indígenas, agora quem tira o humor do congressista gaúcho são os quilombolas. "Ou um bando de gente que fica dizendo agora que é quilombola", diz.

Uma análise inicial da PEC 72/201 – Unidades de Conservação.

Assim como a PEC 215/2000 (emendas), a PEC 72/2011 pode, na prática, engessar a criação de unidades de conservação em todo o país, começando pelo nível federal e descendo para estados e municípios. Ou seja, bancada ruralista e outros setores retrógrados estão atuando em duas frentes para tentar legitimar o movimento anti Sistema Nacional de Unidades de Conservação/SNUC - via Câmara, via Senado.

Humilhação e constrangimento: “Eu quero meu direito de ser livre, de ser Indígena no Brasil”.

Quero me identificar: eu me chamo Wary Kamaiurá Sabino e sou da etnia Kamaiurá/Aweti do Alto Xingu do Estado de Mato Grosso. Sou professor, formado em LETRAS, Especialista em Educação Escolar Indígena na UNEMAT, Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, moro em Brasília-DF em virtude de meus estudos de Doutorado na UnB. Agora passa a relatar os fatos que me motivaram a escrever este texto.

‘La Chute du Ciel: paroles d’un chaman yanomami’, resenha de Mônica C. Lepri.

Ao futuro leitor da esperada tradução brasileira de La Chute du Ciel (CC),1 sobretudo o não-especialista em Etnologia Ameríndia que seu primeiro autor – o xamã yanomami Davi Kopenawa (DK) – visou alcançar, sugiro iniciar a leitura deste tesouro “desenhado na pele do papel” por seu segundo autor, o antropólogo francês Bruce Albert (BA), pelo Anexo IV do livro: Le Massacre Haximu.

O rio Madeira visto do Mirante.

O Madeira é um rio poderoso. Maior afluente do Amazonas, quando os dois se encontram, próximo a Itacoatiara, sua carga sedimentar é, em algumas épocas do ano, comparável à do grande rio. Esse poder não vem de graça, mas sim, literalmente, dos céus: os formadores do Madeira – rios Madre de Dios, Beni e Mamoré – nascem todos nos altiplanos da Cordilheira dos Andes, de onde despencam rapidamente de mais de quatro mil metros de altura até a planície Amazônica.