Categorias

Traduções

Publicações (Pág. 273 de 534)

Os assassinatos de Paris: uma armadilha mortal.

É triste ver como um continente que foi berço de uma civilização marcha cegamente para uma armadilha: a de uma guerra santa contra o Islã. Para isso bastaram três terroristas muçulmanos e um ataque assassino ao semanário parisiense Charlie Hebdo. É preciso sair da compreensível onda do “todos somos Charlie Hebdo” para examinar os fatos e entender que estamos em mãos de uns poucos extremistas, nos colocando em seu próprio nível.

BELO MONTE-A monstruosidade e descalabro em Altamira.Entrevista especial com D. Erwin Kräutler

A chegada de um novo ano quase sempre traz votos de renovação e esperança. Porém, 2015 não começa com esse espírito para quem vive nas cercanias das obras de construção da Usina de Belo Monte, em Altamira, no Pará. Em entrevista concedida por e-mail para IHU On-Line, o bispo do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, dom Erwin Kräutler, denuncia o que já havia previsto: “a grande euforia que cinco anos atrás tomou conta da cidade de Altamira, a ponto de muitos carros e motos exibirem adesivos “queremos Belo Monte”, cedeu lugar a um surdo desânimo.

COMUNIDADES INDÍGENAS-A força ritual dos povos originários.

"Quem acompanha os difíceis e duros embates dos povos indígenas, desde as aldeias até Brasília, não tem dúvidas de que o atual movimento indígena brasileiro está cada dia mais forte. Tem lideranças jovens, aguerridas e persistentes... Saberão responder à altura toda ignorância que insiste em se disseminar em declarações como essa vinda da boca de uma ministra de estado", escrevem Egon Heck e Laila Menezes, do Secretariado nacional do Cimi, em artigo publicado pelo Conselho Indigenista Missionário - Cimi, 10-01-2015.

A seca chega ao Velho Chico.

As consequências da estiagem que atinge algumas regiões brasileiras desde 2013 têm sido intensas. O Sudeste é uma das mais afetadas, como demonstra a seca que assola a cidade de São Paulo e seu entorno. A crise de abastecimento de água na metrópole com mais de 18 milhões de habitantes é um dos símbolos mais fortes dessa situação.

O desmatamento é uma má notícia – e a ciência não se cansa de nos alertar.

O desmatamento é ruim para o meio ambiente e para o clima. Também é péssimo para a biodiversidade, além de liberar gases do efeito estufa na atmosfera. Isso tudo nós já sabemos. Mas a ciência está agora cada vez mais certa de que o desmatamento também é um péssimo negócio para a agricultura. Ele provoca o aumento das temperaturas e interfere nos sistemas de chuvas, tornando o clima mais seco.

Alterações das precipitações e mau uso dos aquíferos estão entre os fatores da escassez de água em parte do país.

A Amazônia não é apenas a maior floresta tropical que restou no mundo. Esse sem-fim de verde entrecortado por rios serpenteantes de tamanhos e cores variados também não se limita a ser a morada de uma incrível diversidade de animais e plantas. A floresta amazônica é também um motor capaz de alterar o sentido dos ventos e uma bomba que suga água do ar sobre o oceano Atlântico e do solo e a faz circular pela América do Sul, causando em regiões distantes as chuvas pelas quais os paulistas hoje anseiam.