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Emergência climática: Em meio a enchentes mortais, Alemanha se afasta de metas climáticas

A mensagem que o Planeta tem nos dado é definitiva e explícita. Vale uma correlação que poderá soar para muitos como exagerada, mas talvez não. Na linguagem planetária, não adianta os fatos serem sentidos por locais tão longe do Umbigo Civilizatório porque o individualismo do supremacismo branco, está convicto de que as fatídicas calamidades acontecem somente no mundo subdesenvolvido. Mas pasmem! Olhem o que, por uma segunda vez nos últimos anos, está se passando no centro da dispersão colonialista do século XIX, a Alemanha. Já se deram conta de que a enchente do Rio Grande do Sul aconteceu no 'berço' da colonização alemã no Brasil, a partir de 1824? São Leopoldo, no vale do Rio dos Sinos, e dali para cima no vale do rio Taquari com Estrela, Lajeado, Arroio do Meio e assim por diante? O que será que a Terra está querendo nos dizer quando a cheia do sul do Brasil se dá, poucas semanas antes da cheia que ocorre agora no sul da Alemanha? Pura coincidência ou grande conexão antropológica? Lembram todos de que foram os chamados colonos alemães, antes dos italianos, que 'colonizaram' essa região e depois 'subiram' para a região das Missões, onde chega a soja na década de 60? E que ali se dá o berço do hoje agronegócio com sua visão de mundo da colonialidade das 'commodities' e da devastação ambiental de todo o oeste brasileiro indo depois para a Amazônia e agora no Cerrado? Será que não está nos dando alguma informação dessa conexão climática com a visão de mundo da apropriação dos ambientes para satisfazerem suas crenças civilizatórias? Quem sabe? Será que não é o tempo de nos reavaliarmos como nos relacionamos com todos os biomas planetários? Com humildade e humanidade?

Emergência climática: Mais chuva e seca = Terra está virando ‘bomba climática’

Percebe-se que nas informações que são mais clamores do que simples partilhas, que os cientistas climáticos têm lançado ao mundo, as situações extremas não são isoladas nem desconectadas. Não importa se são secas, cheias, tornados, furacões etc., os efeitos devastadores, por serem extremos são os gritos que a Terra tem nos trazido. Infelizmente, 'distraída e infantilmente', temos sido negligentes, inconsequentes e irresponsáveis quando nos negamos a acolher essa amorosa fala daqueles que olham e captam muito além dos seu tempo o que egoicamente temos desprezado. Chorar depois como temos visto as populações ao sofrerem os resultados objetivos dessa 'burrice' global, demonstra como somos despresíveis nas nossas relações com a alteridade, seja ela qual for. Paciência, estamos colhendo o que viemos plantando a partir de nossos cegos e individualistas umbigos doentios

Emergência climática: Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Passarão alguns meses ou anos e todos diremos: "Puxa! Por que não acolhemos e agradecemos a cientistas como os irmãos Nobre que vêm, há anos, nos mostrando a loucura desses tempos em que não 'ouvimos' nem honramos os alertas que a Natureza tem nos dado?". Talvez possa ser tarde demais como todas as famílias arrasadas pelas cheias de maio de 24, no Rio Grande do Sul, estão plasmadas. Mas não foi o fizemos com os clamores, no verdadeiro sentido da expressão, que, furiosamente muitas vezes, José Lutenberger, o 'velho Lutz', 'berrava' nos nossos ouvidos? E nós, impassíveis, fazíamos ouvidos moucos. Pois bem... aí está o que amorosamente, com veemência, o Lutz nos instigava. Mas agora, não adianta 'chorar sobre o lenho seco', nem 'o leite (sic!) derramado'. A tristeza e a solidão é a herança que nós, os supremacistas brancos e os invasores, legamos para os conterrâneos gaúchos deserdados de hoje. Quem serão os de amanhã?

Emergência climática: O olhar das fotógrafas sobre a seca da Amazônia

Vale destacar que essa matéria é de novembro de 23, ou seja, há uns cinco mêses. Incrível para quem já navegou pelos rios Negro e Solimões e esteve em Tefé e foi até a Reserva Extativista de Mamirauá, pelos rios abundantes e pelos lagos cheios de vida e beleza, constatar isso. É impossível se crer que essa situação, mostrada abaixo, possa ser real. Ver agora essas paisagens desoladoras é uma realidade tão absurda que parecem cenas ficcionais. E é a repetição daquela inesquecível seca de 2005 que parecia que jamais haveria algo com aquela dramaticidade. Mas ocorreu e num tempo muito curto para ser ocasional. E o mais irônico é o contraste com as inundações históricas que acontecem agora no Rio Grande do Sul. É um imenso paradoxo. Infelizmente real e assustador.

Mudanças climáticas: Como troca de vegetação nativa por soja pode ter agravado as enchentes no Rio Grande do Sul

Matéria que nos mostra como foram várias as ações em todos os ambientes e que demonstram como os que chegaram lá pelo século XIX, vieram para tornar o estado num arredo do que conheciam em seus espaços de origem. Ou seja, eles não chegaram aqui, eles não sairam de lá. Desta forma, já que não dava para replicar exatamente a paisagem e a produção agrícola que lá faziam, agiram com total despreparo e desrespeito aos ecossistemas locais. Por que? Simplesmente porque nem passou por sua mente supremacista de que os que aqui estavam já moravam a milhares de anos nestes mesmos ecossistemas e até poderiam ter soluçãos muito mais adequadas do que as suas. Basta ver que os invasores até acharam que as terras e as florestas eram, misoginamente, 'virgens'. Dando a entender de que os 'homens' não haviam 'penetrado' nelas. Nem conseguiam ver que os povos originários, ecologicamente, sabiam como conviver, de forma harmônica e integrada, com os espaços e com sua biodiversidade, de forma pelo menos positiva. Caso contrário, se os povos originários agissem como os supremacistas brancos agiram e agem, os tais invasores não teriam encontrado pedra sobre pedra e viveriam as mesmas agruras que os descendentes do invasores estão vivendo agora. Sentem a diferença de relacionamento dos supremacistas com os espaços e que são completamente diferentes daquele que os povos originários têm?

Mudanças Climáticas: Por que apostar nos saberes ancestrais

Sem questionamentos supremacistas: o Brasil não pode mais abdicar dos saberes de quem vive há séculos nesse continente e que não o invade. Os povos originários, sempre desprezados e humilhados, mostram para os que têm por prática a invasão, a agressão, a submissao e o esbulho, que o futuro de todos somente acontecerá quando todos os que aqui habitam realmente cheguem nesse espaço geográfico chamado Brasil. Os tempos que os invasores têm passado por aqui não tem sido de harmonia e integração, nem com os espaços, nem entre eles e os povos originários. Até quando? Quando o último dos invasores for embora ou desaparecer?

Emergêcia climática: Há duzentos anos…

Ao se ler o texto da historiadora, pode-se constatar de como chegaram os europeus, desde o século XV, em nossas terras. Vieram não para ficar, mas para explorar o 'eldorado' para depois de enriquecerem, voltarem para seus torrões natais, agora sim para não passarem fome nem ficarem na periferia da sociedade excludente europeia. Vê-se que nunca nem se interessaram em se integrar com os povos que já viviam aqui há séculos. E assim continua até os dias de hoje. Basta ver como se invadiu a partir da ditadura militar, entre os anos 60 e 80 do século XX, todo o bioma do Cerrado e da Amazônia. Nunca procuraram ver como os povos se integravam como os ambientes, até para construirem uma troca de conhecimentos e possibilidades de não devastando, agregar conhecimentos que poderiam alavancar os saberes tradicionais. Esses diferentes dos brancos nunca desrespeitam os aspectos essencias de todas as Vidas que formam cada um dos ecossistemas que integram os riquíssimos e belíssimos biomas que moldam as nossas paisagens. E tem sido ainda muito pior do que se disse até aqui. Além de não se integrarem com os ambientes e os povos, ainda tiveram a firme intenção não só de arrasar com os espaços naturais, mas eliminar, literalmente, todos os povos originários. Temos convivido há séculos com assassinos supremacistas brancos que se apropriam do bem comum de todos os brasileiros para seu exclusivo desfrute. E deixam atrás de si uma tal paisagem que, por total desequilíbrio ambiental, quando não são os próprios que a devastam, favorecem que ações naturais como agora as climáticas, acabem se transformando em algozes de vastos ecossistemas como está acontecendo no Rio Grande do Sul. Quando os eurodescendentes se convencerão de que não são mais europeus, mas sim brasileiros para que possamos ter uma sociedade mais inteligente por acolher todas as diversidades que nosso país dispõe, tanto de gente como de vida natural?

Emergênica climática: O “maluco” Lutz já alertava, e ele tinha razão

Talvez se o Lutz, agora, tivesse a oportunidade de ouvir de novo o Ailton Krenak teria entendido que os tempos de hoje não são mais de ecologistas que ainda veem a 'natureza' como algo a ser 'defendido'. Penso que compreederia que mais do que ecologia, os dias de hoje é de todos tornarmo-nos Seres Coletivos. Exatamente como o Krenak coloca não como uma proposta humanista, filosófica ou espiritual, mas como uma maneira simples e humilde de ser e estar no mundo. Somente mais um Ser, dentre todos os outros que vivem no Planeta, que está, visceral e emocionalmente, integrado com todos os outros. Ou seja, todos estão no mesmo plano, ninguém é mais ou menos do que os outros. E a convivência com tudo seria entendido como divino e telúrico. Só isso! Indo além da ideia que Lutz trazia, nos termos europeus, da convivialidade, imaginado por Ivan Illich que pensava numa sociedade mais voltada para o ser humano. Krenak vai mais fundo ao se colocar somente como mais um Ser entre todos os terráqueos

Emeregência climática: Como as alterações climáticas estão provocando uma epidemia global de problemas de saúde imunitária e como travá-los

Uma matéria como essa de uma médica que atua exatamente nessa área, destaca, como faz, o que representa para a sociedade como um todo, os efeitos sobre sua saúde das mudanças climáticas. É uma joia. Estimula-nos a pensar como, individualemente, podemos agir dentro de nossas limitações, para contribuirmos efetivamente para aplacar esses prognósticos sobre essas realidades extremas do clima. Vivemos, no aqui e agora, plasmadas no Rio Grande do Sul/Brasil e Afaganistão, concomitamentemente, essas enchentes arrasadoras. Assim essas informações aqui compartilhadas por essa médica, ratifica todas as outras que tratam desse mesmo tema. Temos que nos insurgir contra esse paradigma do supremacismo branco eurocêntrico que se considerando efetivamente superior, faz ouvidos moucos inclusive para cientistas de sua mesma civilização porque não interessa à doutrina do capitalismo indigno e cruel saber dessas 'coisas'. Mostra que não enxerga um palmo além de seu nariz, a não o dinheiro a quem devota todo seu amor, sua competência, seus saberes e sua visão de mundo. Até porque muito dos atuais 'donos do mundo', cinicamente, não sofrerão os efeitos nefastos de suas ações irresponsáveis e criminosas. Ou porque já terão morrido ou porque terão condições de criar seus oásis para desviarem e/ou suportarem aquilo que a população planetária sofrerá, indefesa, em sua própria carne.

Emergência climática: “Não tem mais volta”

Temos, toda a população global, com todos os extremos que estão se plasmando em todo o planeta, que exigir de quem escolhemos para governar, legislar e administrar nossos países, total responsabilidade sobre todos os seus atos que estão levando à dor e à desgraça, nunca para eles, mas para toda a sociedade da Terra. E é claro, de todos os 'empreendedores', ruralistas e 'homens dos negócios' que têm feito toda essa devastação que origina essa afirmativa desse honorável cientista brasileiro. É terrível! Já basta os ouvidos de mercador que todos os inconsequentes que vieram antes e que estão agora, nababescamente sentados em suas poltronas ou em seus tratores, fasendo tudo contra a harmonia e saúde de todos. Basta estarem surdos para os profetas-cientistas e cidadãos como Lutenberger, Lewgoy, Magda Renner e tantos e tantos outros, por exemplo, no próprio Rio Grande, que clamavam de que isso iria acontecer. Bem, não ouviram e a população sofre. Mas agora a palavra chave é: chega!! Chega desse roubo não mais do futuro de todos, mas do nosso presente, aqui e agora.