Agronegócio (Pág. 33 de 61)

Alterações genéticas e glifosato.

Após oito anos de pesquisas, o grupo GEMA da UNRC elaborou um relatório no qual confirma a “clara” vinculação do glifosato com alterações genéticas que podem levar ao câncer, gerar abortos espontâneos e nascimentos com malformações.

Ruralistas viram maioria absoluta na Câmara.

Maior bancada suprapartidária do Congresso Nacional, os ruralistas aumentarão em 33% na próxima legislatura, segundo estimativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O grupo, que conta hoje com 205 deputados e senadores, deve chegar a 273 e já definiu sua prioridade: aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, que transfere para o Legislativo a decisão sobre a demarcação de terras indígenas.

Candidatos ruralistas chegam a quadruplicar patrimônios durante mandatos, acumulando acusações no STF.

Neste domingo, milhares de eleitores irão às urnas eleger ou reeleger candidatos e candidatas aos cargos majoritários e proporcionais da República. Desde julho, imagens sorridentes retocadas no computador atreladas a currículos supostamente ilibados, mostrando homens e mulheres predestinados a salvar vidas, escondem o que de fato se passa no covil biográfico e político de muitos deles: investigações por crimes variados, evolução patrimonial acelerada, posições racistas e preconceituosas, que de forma inexorável pautam as ações dos parlamentares na sede pela reeleição.

Mato Grosso do Sul: Onde um boi vale mais que uma criança indígena.

O Estado brasileiro de Mato Grosso do Sul, possui pouco mais de 35 milhões de hectares, comparavelmente é do tamanho da Alemanha a 3ª maior economia do planeta. A soma total de todas as áreas urbanas de seus 79 municípios somam apenas 44,1 mil hectares. Deste território, nada menos que 66% (22 milhões de hectares) é ocupado por gado (21,4 milhões de cabeça); cerca de6% deste território é ocupado por soja (2,1 milhões de hectares); 2,3% é ocupado pela cana (800 mil hectares); 2% é ocupado por eucalipto (700 mil hectares), a estimativa do setor é que exista 14 milhões de hectares disponíveis para seu plantio.

Com apoio do governo, agronegócio perdeu o medo do PT, diz o ‘rei da soja’.

“O agronegócio tinha resistência quando o PT entrou no poder. O medo era que o partido acabasse com tudo. Iríamos ser expropriados, perder prédios, terras, tudo. E foi o contrário. Com maior produção de grãos, teremos preços retraídos. Mas tivemos anos bons e agora vamos queimar um pouco de gordura. Defensor declarado da reeleição da presidente Dilma Rousseff, Eraí Maggi, conhecido como o “rei da soja”, justifica a sua posição pela regularidade do apoio do governo ao setor, com crédito farto, juros baixos e até avanços na infraestrutura. Para ele, o PT, que era visto como o grande inimigo do setor, acabou estimulando a expansão do agronegócio. “O governo entendeu que tem espaço tanto para o pequeno agricultor como para o grande. E deu apoio aos dois”, disse Maggi à Folha de S.Paulo, 28-09-2014.

O agronegócio brasileiro contribui para o aquecimento global.

“Este documento traz uma síntese de notícias veiculadas na imprensa acerca da relação do agronegócio com o aquecimento global e, em particular, do Brasil, baseado em estudos realizados pela Embrapa e pela Unicamp, os quais serão divulgados nesta semana”, a opinião é de João Marcelo Intini, engenheiro agrônomo, assessor técnico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados, 09-09-2013.

Maioria dos artigos de consumo vem do desmatamento ilegal.

Pelo menos metade do desmatamento mundial é ilegal e está vinculado à agricultura comercial, sobretudo para abastecer os mercados estrangeiros, afirma um novo estudo. Na última década, a maior parte do desmatamento ilegal de florestas do mundo se deveu pela demanda estrangeira por artigos básicos como papel, carne bovina, soja e óleo de palma.