Cúpula repete promessas e adia ações para 2015.
A Conferência das ONU sobre Desenvolvimento Sustentável terminou exatamente como começara: num tom melancólico e sem surpresas.
A Conferência das ONU sobre Desenvolvimento Sustentável terminou exatamente como começara: num tom melancólico e sem surpresas.
A venda de agrotóxicos no Brasil em 2010 teve um aumento de 190% em comparação a 2009. Isso significa que cada brasileiro consome cerca de cinco quilos de venenos agrícolas por ano. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo foi apresentado hoje (16) na Cúpula dos Povos pela médica sanitarista Lia Giraldo da Silva Augusto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com o tema “O futuro que queremos”, a Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável, começa na próxima quarta-feira (13), no Rio de Janeiro. O Brasil conta com vários exemplos de ações que envolvem sustentabilidade e produtividade. Em Mato Grosso, uma granja modelo produz carne e grão, sem poluição. É uma pequena amostra do que pode vir a ser a atividade agropecuária no futuro.
A agricultura orgânica, que não utiliza agrotóxicos nem a modificação genética das espécies cultivadas, não é necessariamente a forma mais sustentável de plantio, segundo uma pesquisa.
Durante quatro dias, cerca de 500 cientistas de 75 países se reuniram no Fórum de Ciências, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, do Conselho Internacional de Ciência. O secretário executivo do fórum, Steve Wilson enfatizou: “estamos anunciando uma evidência científica sobre a situação do planeta que necessita de uma ação clara e imediata. A ciência tem o papel crítico em encontrar soluções junto com a sociedade e com colaboração internacional”.
Um novo indicador lançado neste domingo (17) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) coloca o Brasil como a nação com o quinto maior crescimento sustentável anual per capita do mundo, à frente de potências como Estados Unidos e Canadá.
"Após a realização de centenas de atividades autogestionadas, começou hoje, na Cúpula dos Povos o segundo momento que é das plenárias de convergência. Os povos indígenas acabaram mantendo uma atividade do Acampamento Terra Livre, procurando construir um documento e preparando suas mobilizações. Estão cansados de palavras, buscam respostas a seus clamores", escreve Egon Heck ao enviar o artigo que publicamos a seguir.
Paralelo ao evento das Nações Unidas, evento reúne organizações civis de 50 países em debate sobre desenvolvimento sustentável. Crítica principal é que Rio+20 busca resposta no mercado, se afastando dos cidadãos.
Maior evento do setor empresarial na programação da Rio+20, o Fórum de Sustentabilidade Corporativa dará voz ao empresariado durante a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A mensagem é clara, na perspectiva do empresariado "a questão não é reduzir o consumo, mas transformar os modelos de produção e consumo", define o porta-voz da iniciativa, Tim Wall.
É concebível uma economia capitalista moderna que não se baseie no crescimento? A pergunta foi o centro de um debate, na tarde desta sexta, entre dois economistas com ponto de vista distintos: Tim Jackson, professor de sustentabilidade da Universidade de Surrey (Reino Unido) e autor do livro "Prosperidade sem Crescimento", e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, do fundo Gávea Investimentos.