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Tradições: A ofensiva da extrema direita sobre Terras Indígenas no Brasil

A insensatez das chamadas bancadas ruralista e da BBB/Bala/Boi/Bíblia, vem demonstrando que podem ser tudo menos concidadãos em nosso país. Mesmo que fossem praticantes da colonialidade, fundada no capitalismo indigno e cruel, e crentes da doutrina do supremacismo branco eurocêntrico em seu confronto com os povos originários, os verdadeiros 'donos' imemoriais de todo o continente das Américas, jamais poderão negar que são eles que criam as possibilidades reais de podermos superar os embates das crises climática, social e ambiental de todas as Américas. Esta pretensão dos eurodescendentes de se sobreporem aos povos que vieram por séculos mostrando que só com a integração objetiva com a natureza iremos legar um planeta saudável para todas as futuras gerações de todos os seres, humanos e não-humanos, demonstra como são realmente anti-humanos e tacanhos. Além de criminosos pela violência de suas ações inviabilizarem um devir harmônico para seus filhos e netos.

Tradições: Pensando como ancestrais para salvar o planeta

Reflexões que se coadunam com a visão de mundo do nosso 'parente' e imortal Ailton Krenak. Sim, existe entre nós muitos que também pensam que o que chamam de progresso foi um decisão equivocada e fantasiosa já que vivemos num planeta com seus patrimônios finitos. Recuperarmos práticas que nosso povos originários, nossos ancestrais, queiramos ou não, sempre utilizaram, mostram que humilde e sabiamente reconhecem exatamente isso: a Grande Mãe Terra nos disponibiliza tudo o que todos, mas todos mesmo, seres, humanos e não-humanos que aqui coabitam, tem o que precisam. O resto é roubo e crueldade.

Globalização: Os fundamentos míticos do capitalismo.

Os dois textos publicados hoje, longos no entanto indispensáveis, nos mostram a profecia levantada pela Dra. Theo Corborn, ao escrever seu livro "Our Stolen Future" (em português, 'O Futuro Roubado', L&PM). Não tratava do capitalismo, mas sobre os resultados da arrogância do chamada civilização ocidental, fundada na visão de mundo greco-romano-judaico-islâmico-cristão, que hoje abarcada toda a humanidade, queira-se ou não. E foi mobilizados por isso, que criamos, sem nenhuma noção de sua extensão, o nosso website. Ou seja, um local onde, em português, pudéssemos tocar contato com informações que nem sempre transitam entre nós.

Globalização: Crescimento – seis décadas de ilusões

Uma reflexão muito oportuna face a todas as mazelas que a humanidade sofre, talvez, deste momento histórico em diante. Em torno de 50 anos depois da trágica proposta hegemonia econômica trazida pelo Reino Unido e pelos EUA, estamos num impasse. Como romper de forma pública e social, o poder das economias serem geridos pelas nações e que foi, irresponsavelmente, transferido para os 'empreendedores', os 'meritocratas'? Agora, cada um e todos nós do planeta, vivemos ao seu bel prazer. Estão submetendo a humanidade a um sofrimento inquestionável em todas as áreas face sua autocracia econômica. E então? Como as pessoas e as nações poderão retomar o domínio de suas vidas econômicas depois de estarem completamente à mercê dos humores dos rentistas, com se egocentrismo e sua voracidade de Fantasmas Famintos que demonstram jamais saciarem sua fome e sua sede de 'dinheiro'?

Resíduos: Brasil importa resíduos, mas luta para reciclar seu lixo

Aqui está bem claro qual a 'commodity' que o Brasil 'troca' com a 'commodity' soja que o nosso 'agronecrócio', devastando a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, envia para o mundo. Pode-se ver explicitamente como tratamos a nossa nação. Importamos lixo e exportamos toda nossa riqueza que o Planeta nos colocou para sermos guardiões. As nossas florestas, os nossos povos originários e a nossa biodiversidade. E incrível, o Rio Grande do Sul, o berço dos primórdios da chegada da soja, lá no final dos anos 60, depois de ter devastado, junto com o Paraná e Canta Catarina, toda a sua floresta de araucárias que foi exportada, como madeira, para a reconstrução europeia. E o que o RS é hoje, o grande 'lixão' dos resíduos estrangeiros. E quem está noticiando isso? A mídia de propriedade púbica alemã, Deutsche Welle/DW. E com esta devastação, o quê os gaúchos receberam em troca? A modernização da agricultura com seus 'insumos modernos'= agrotóxicos (todos estrangeiros), adubos solúveis (praticamente todas as corporações que vendem são estrangeiras), máquinas (todas de matrizes estrangeiras) e as sementes (praticamente todas transgênicas e patenteadas por corporações estrangeiras). E para o que a soja brasileira serve? Para ser ração de vacas, porcos, salmões, galinhas e 'pets' europeus, principalmente. Esta é a opção cidadã dos 'brasileiros'=os invasores do século XVI e seguintes. Sim, porque 'brasileiro' era a alcunha dos portugueses que vinham 'fazer' o pau-brasil. Para quem? Para os europeus terem um corante vermelho, natural! Além, é claro, de móveis e utensílios de madeira, nobre, para os nobre!

Resíduos: Lixões podem estar ‘regurgitando’ ‘químicos ‘eternos’: estudo

Mais um desastre que nem poderíamos imaginar que ocorreria. Claro que nos percolados, ou seja, os líquidos que saem dos aterros, já que miríades de produtos descartados, principalmente pelas embalagens dos 'deliveries', era esperado, mas sair como gás? Isto é aterrorizante. Mas novamente procurar destacar que isso acontece porque quem causa o verdadeiro problema ambiental de saúde pública é, na verdade, o consumidor. Sim, porque a indústria poderia produzir o que lhe der seu bel prazer, mas quem compra e incentiva a produção, é quem compra e quem descarta negligentemente. E é isso que estamos fazendo! Cada um e todos nós os consumidores. No nosso ponto de vista, é chegado o tempo de mostrarmos que estamos discordes com esta irresponsabilidade tanto das corporações como dos comerciantes que nos colocam estes produtos como se inócuos fossem. E isso só com nossa absoluta renúncia de todos estes produtos.

Saúde: A Geração X enfrenta taxas de câncer mais altas do que qualquer geração anterior

Uma notícia que demonstra que apesar de todos os avanços da medicina alopática com seus recursos tecnológicos, a incidência de cânceres está avançando sobre as gerações que estão sendo criadas dentro também da 'modernidade' em outras áreas. Poderíamos conjeturar que aqui poderão estar os alimentos ultraprocessados, os agrotóxicos, os aditivos/plastificantes usados em todos os produtos comerciais de consumo que acessamos no dia a dia. Além disso, a liberação generalizada de poluentes na atmosfera por nossos meios de transporte, a liberação de químicos deletérios dos pneus, por exemplo, são outros indicativos. Levantamos então um questionamento do quanto todas as moléculas sintéticas que dominam nosso cotidiano, não poderiam estar contribuindo para isto. Hoje se vê que definitivamente as resinas plásticas não se degradam, elas se fragmentam. Daí os micro e nanoplásticos. Ou seja, elas jamais irão, como as moléculas naturais, chegar a um ponto de degradação que suas 'partes', seus elementos químicos básicos, se disponibilizariam para formação de novas moléculas naturais, como tem sido desde os tempos imemoriais do planeta. Hoje os fragmentos plásticos, com a efetiva identificação das resinas originais, como polietileno, PVC, PET e outras, estão sendo detectadas em todos os organismos vivos nas suas partes mais íntimas, como suas células. Passam, desta forma, a fazer parte dos processos fisiológicos mais básicos da vida de todos os seres planetários: dos vegetais mais minúsculos ao topo da cadeia alimentar como somos nós, os seres humanos.

Plástico: “Uma civilização inteligente não colocaria o seu alimento e bebida em plásticos”

O mais chocante desta matéria do professor é quando diz, expressamente: "Se eu tivesse uma varinha mágica, afirma, tocaria “a mente e o coração das pessoas para que recusassem o plástico descartável em suas vidas”. “Não sou a favor da proibição, sou a favor de que as pessoas optem por proteger a saúde de suas famílias, melhorar a sua economia com alimentos a granel, próximos delas, e eliminar os resíduos de suas vidas. Isto todos nós podemos fazer amanhã mesmo, não é necessário esperar que os legisladores em Bruxelas ou na comunidade autônoma tomem decisões. É algo gradual”. É algo que nos entristece porque há mais de 30 anos, estamos também, não nossa pequenez pessoal, trazendo a mesma percepção que tomamos contato em 1989 quando nos chega um texto sobre os efeitos dos chamados aditivos, melhor definido como 'plastificantes' sobre a saúde de todos os fetos machos, de todos os seres vivos, que ainda nem haviam nascido. O efeito era constatado então sobre os nossos espermatozoides que acontece deste os nossas primeiras semanas de vida uterina. Hoje, esta realidade vai muito além. Afeta todos os organismos naquilo que temos de mais rico em nosso processo humano de evolução: sobre nossos cérebros! Mas como afirma o professor, ainda há esperanças!

Globalização: O mito do livre comércio: como os EUA manipulam mercado global para obter supremacia econômica

As ponderações do professor que assina esta matéria, demonstram que a humanidade ainda vive na época das colônias onde o mundo sustentava meia dúzia de nobres que agora se transformaram em nações. A ideologia é exatamente a mesma, muitíssimos sendo usurpados por poucos. Essa visão de mundo imperial e autoritária não é um atributo inquestionável dos seres humanos. Temos que concordar de que espelha uma visão civilizatória já que existem grupos de seres humanos onde a equidade tem se mostrado muito mais presente do que a doutrina do capitalismo e do liberalismo vem pregando e praticando. E mais incrível é que, às vezes, temos a impressão de que as nações que estão na periferia das poderosas, esperam na 'fila' para superá-las e tomarem seus lugares. Onde poderemos nos alfabetizar com as culturas destas sociedade comunitárias e acolhedoras? Será que ainda existem estas 'joias' de humanidade?

Globalização: Mata Atlântica: estudo revela 92% de patentes em mãos estrangeiras

Mesmo que a autora do trabalho não identifique essa realidade como 'pirataria', no nosso entendimento, ainda estamos em pleno século XVI quando os portugueses e depois os outros europeus, vieram sempre fazendo conosco o que quiseram. Mesmo que haja certas manobras 'jurídicas', apropriar-se, nem que fosse de um só dos nossos componentes da nossa biodiversidade, não importa para que emprego, no nosso ponto de vista, já demonstra que houve uma usurpação de algo que não estava em seus territórios. Infelizmente, continuamos como uns 'boca aberta' hoje, em nossa percepção, por estarmos tão impregnados pela doutrina da colonialidade que nem nos atentamos para o que recebemos do Planeta para sermos guardiões. Como somos os descendentes dos imigrantes, descolados das nossas riquezas, por ainda não nos consideramos daqui, os que vierem de fora farão o que estamos fazendo com nossos irmãos povos originários e com nossos biomas do Cerrado, da Amazônia e do Pantanal. Simplesmente devastando tudo em nome de algo que não somos mais. Estrangeiros e 'piratas' na casa que nos viu nascer!