Ftalatos: Ameaça à Sobrevivência Humana

https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2018/09/19/phthalate-affects-fertility.aspx

Written by Dr. Joseph Mercola

  • September 19, 2018

[Nota do site: Esclarecemos que esta molécula – ftalato – constitui uma grande família que é amplamente empregada principalmente em plásticos. Destaca-se na resina PVC para lhe dar características de maleabilidade como o filme de embrulhar alimentos.]

Resumo da história

  • As contagens totais de espermatozoides na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia caíram quase 60% entre 1973 e 2013 e não há evidência que sugira que esta queda esteja se estabilizando;
  • A redução na produção de espermatozoides é um sinal de advertência de que a saúde dos homens está em sério perigo, já que uma pobre qualidade dos espermatozoides está conectada a um maior risco para diabetes, doenças cardíacas, câncer e morte prematura;
  • Juntamente com os espermatozoides, os níveis de testosterona masculina também têm caído em décadas recentes e a exposição aos disruptores endócrinos tanto no útero como depois em suas fases da vida, parece ser um fator determinante;
  • Estrogênios ambientais como os ftalatos têm efeitos geracionais, e é por isso que os homens têm se tornado cada vez mais e sucessivamente, estéreis em cada geração que passa;
  • Estudos têm também conectado que a exposição aos ftalatos durante a primeira infância, à puberdade tardia em meninas, enquanto outra pesquisa adverte que os ftalatos em cosméticos e produtos de cuidado pessoal, podem desencadear menopausa precoce.

A infertilidade tornou-se, em décadas recentes, incrivelmente difusa. No artigo da revista GQ – “Sperm Count Zero1 (nt.: ver tradução em português neste site) discute este fato perturbador, observando que a situação tornou-se tão terrível que “dentro de uma geração poderemos ter perdido inteiramente a capacidade de reprodução.”

O artigo ressalta pesquisa, 2,3 publicada no ano de 2017, detectou que a contagem total de espermatozoides na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia, caiu em quase 60%, entre 1973 e 2013. (América do Sul, Ásia e África os homens não tiveram declínio considerável, embora esta discrepância pode ter sido devida ao pequeno tamanho das amostras obtidas destes continentes.)

O material em questão foi de uma meta-análise de 185 estudos e o maior de seu tipo. Em suma, homens em muitas áreas do mundo, em geral, estão produzindo menos espermatozoides e o sêmen que eles produzem contém menos espermatozoides. E o que é pior, os pesquisadores não detectaram evidências que sugerissem que esta tendência de queda tenha se estabilizado. Como observado pela revista ‘GQ‘:

“As contagens de espermatozoides caíram de 99 milhões por mililitro de sêmen em 1973, para 47 milhões em 2011. E o declínio está acelerando. Será nos próximos 40 anos — ou menos — levará a todos nós à contagem zero?”

Além das implicações que trazem para a espécie humana como um todo, a redução na produção de espermatozoides é também um sinal de advertência de que a saúde dos homens está em sério risco, já que a má qualidade do sêmen está conectada a numerosos outros aspectos da saúde, incluindo o maior risco para a diabetes, doenças cardíacas, câncer e morte prematura (diabetesheart diseasecancer). Os pesquisadores também advertem de que os homens estão se tornando cada vez menos viris.

Também os Níveis de Testosterona Estão Em Queda

Juntamente com os espermatozoides, os níveis de testosterona (testosterone levels) nos homens, também está em queda nas últimas décadas e a exposição aos disruptores endócrinos (exposure to endocrine-disrupting chemicals) no útero (nt.: lembrar sempre que o feto masculino que, com a produção por seu próprio corpo fetal, faz a passagem das caraterísticas femininas para as masculinas, durante toda a gestação) e depois de nascido parece ser um fator determinante. 4 A revista ‘GQ‘ relata: 5

“Um dos marcadores mais significativos na determinação do sexo de um organismo é a chamada distância anogenital (nt.: em inglês – anogenital distance/AGD) (nt.: vale ler este link que é de 2005 onde este tema já era trazido para toda a humanidade. No entanto, não se fez nada nem se mudou nada!). É a medida que marca da distância entre o ânus e os genitais. A AGD masculina é tipicamente o dobro do comprimento da fêmea, uma diferença muito mais dramática do que a altura, o peso ou a musculatura.

Baixa produção de testosterona leva a uma menor AGD (nt.: vale a importantíssima ressalva de que esta situação ocorre na fase fetal do menino. Este é um sinal de que nascerá com o que se chama de ‘vestígios do feminino). E uma medida que, estando abaixo da média, relaciona de que o homem terá a possibilidade de ser sub-fértil e dará a ele a grande probabilidade de ter testículos que não desçam, tumores testiculares e pênis menores (nt.: ver este link).6,7

‘O que estamos percebendo em vários sistemas, como o do desenvolvimento, é que as diferenças sexuais estão encolhendo,’ contou-me a Dra. Shanna H. Swan [epidemiologista reprodutiva, junto ao Hospital Mount Sinai, e uma das pesquisadoras líderes]. Os homens estão produzindo menos espermatozoide. E estão se tornando menos masculinos.”

Químicos Disruptores Endócrinos Causam Estragos ao Gênero Masculino

A revista GQ Também entrevistou um estudioso dinamarquês ancião de longa data, o Dr. Niels E. Skakkebæk, 82 anos, endocrinologista pediátrico junto ao Rigshospitalet, hospital em Copenhague, Dinamarca (nt.: vale acessar a este link porque ele é de 1995!). Neste país, 1 em cada 5 homens não pode ser pai e Skakkebæk vem investigando o crescimento da infertilidade no país desde os anos 70, quando descobriu pacientes homens inférteis com uma curiosa anormalidade idêntica que nunca havia visto.

“O que ele descobriu foi uma nova forma das células precursoras para o câncer testicular, uma rara doença cuja incidência havia então duplicado,” escreve a revista GQ. “Além disso, estas células precursoras começam a se desenvolver antes do paciente ter nascido.” Em outras palavras, Skakkebæk descobriu que o câncer testicular na verdade se origina na fase uterina do feto macho.

Além do mais, ele suspeitava que, se os testículos não estiverem se desenvolvendo adequadamente, a probabilidade de algo mais estar em desenvolvimento também era alta. Skakkebæk finalmente surge com o nome de uma nova “síndrome da disgenesia testicular” (nt.: em inglês – testicular dysgenesis syndrome) para descrever uma coleção de problemas reprodutivos que parecem ter origem no desenvolvimento fetal. Esses incluem:

  • Hipospádia (um defeito de nascimento em que a abertura do pênis – meato – é na parte inferior do órgão, em vez de ser no seu final);
  • Criptorquidismo (testículos que não descem);
  • Oligospermia (baixa contagem de espermatozoides) e má qualidade do sêmen; e
  • Câncer testicular.

A causa desses problemas? Os chamados produtos químicos – disruptores endócrinos – que distorcem a formação dos gêneros (nt.: já começam na fase fetal). A revolução química impingiu à sociedade, milhares de produtos químicos que atuaram sobre a população e muitos deles agora estão tendo impactos significativos sobre a saúde. Entre os mais perniciosos estão os produtos químicos chamados (nt.: são colocados nas resinas plásticas para dar características de mercado aos produtos finais de consumo. NUNCA APARECEM NAS ETIQUETAS, RÓTULOS OU INGREDIENTES), como os ftalatos 8 que tornam as resinas plásticas (nt.: e daí os produtos finais de consumo) macias e maleáveis.

Ftalatos e outros químicos disruptores endócrinos (endocrine-disrupting chemicals) como o Bisfenol A (bisphenol-A/BPA) são mimetizadores estrogênicos e quando os fetos masculinos são super-expostos no útero, alteram permanentemente seus sistemas reprodutivos, tornando-os menos masculinos e mais femininos (nt.: vale destacar que é no aspecto biológico. Por isso diz-se que nascem com ‘vestígios do feminino’, biologicamente tratando).

Nos adultos, quanto mais ftalatos o homem tiver em seu sistema, menor será o nível de testosterona e menor sua contagem de espermatozoides. Outra pesquisa recente 9 também confirma que os estrogênios ambientais têm efeitos geracionais e é por isso os machos estão se tornando cada vez mais estéreis a cada geração que passa.

Outros Fatores de Estilo de Vida Que Afetam a Fertilidade Masculina

Outros fatores ambientais e de estilo de vida que impactam a fertilidade masculina são:

  • Exposição a outras substâncias tóxicas como o PFOA, nonifenol (nt.: em inglês – nonylphenol ethoxylate/NPEs), hormônio de crescimento bovino (algumas vezes dado às vacas para estimular a produção de leite), glutamato monossódico (nt.: em inglês – monosodium glutamate/MSG)(nt.: empregado em todos os produtos salgados industrializados, vendidos em supermercados), flúor (fluoride) e agrotóxicos como o metoxicloro e vinclozolin (nt.: fungicida da BASF, proibido em países da Europa, desde 2006. Conforme material da Embrapa é registrado no Brasil. Marca comercial – Ronilan).;
  • Medicações como estatinas e antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina, tipo fluoxetina (nt.: sigla em inglês – SSRI) 10;
  • Dieta pobre e deficiente das vitaminas comuns, incluindo a deficiência da vitamina D (vitamin D deficiency);
  • Exposição aos campos eletromagnéticos (electromagnetic field/EMF exposures); e
  • Obesidade (obesity) e/ou inatividade.

Para uma lista de estratégias que podem auxiliar no tratamento da infertilidade e incrementar a fertilidade naturalmente, ver artigo anterior do autor: “Skyrocketing Male Infertility May Threaten Mankind’s Survival.”

Fontes Comuns de Ftalatos

Existe aproximadamente uma dúzia de diferentes tipos de ftalatos, podendo entrar no nosso corpo via ingestão, inalação e pela nossa pele.11,12 Muitos estudos têm conectado exposição por inalação aos ftalatos com asma e reações de alergia respiratória.13,14

Um estudo da Columbia University foi o que primeiro que demonstra uma associação entre asma infantil e exposição pré-natal aos ftalatos. Crianças nascidas de mães expostas a altos níveis de butil benzil ftalato e ao di-n-butil ftalato durante a gravidez, têm mais do que 70% de aumento de risco no desenvolvimento da asma entre as idades de 5 e 11 anos.15 Ftalatos de vários tipos são detectados entre várias coisas como:

Brinquedos infantisEmbalagens de fast food Mangueira plástica e tubação hospitalar
Capas de chuva e outros itens que imitam borrachaCortinas de boxes Pisos de PVC/Vinil e material para papel de parede plástico (nt.: tipo wallpaper)
Lubrificantes e adesivosDetergentesProdutos de beleza como maquiagem, esmalte de unhas, spray para o cabelo e xampus

Embora a maioria dos ftalatos tenha uma meia-vida de 24 a 48 horas e seja excretado do corpo dentro de 96 horas, estudos têm detectado uma carga tóxica de ftalatos na urina, sangue e leite materno, cortesia da exposição repetida (provavelmente diária). Em razão de serem estes químicos lipossolúveis, ou seja, solúveis na gordura, eles ficam estocados nas nossas células gordurosas e quando liberadas, contribuem para os níveis de ftalatos encontrados em nossa urina. 16

Os ftalatos são particularmente prevalentes em produtos de cuidado pessoal razão do porquê as mulheres tendem a ter níveis mais altos em seus sistemas do que os homens. Altos níveis também são evidentes em pessoas que regularmente se alimentam de fast food, já que os mesmos são embrulhados em plásticos e/ou embalagens antiaderentes, tipo caixas de papel/papelão com um película plástica interna (food is packaged in plastic and/or nonstick wrappers).17

Outra Pesquisa Conectando Ftalatos a Problemas Reprodutivos Masculinos e Femininos

A glândulas de nosso sistema endócrino e os hormônios que são liberados por elas, influenciam praticamente todas as células, órgãos e funções de nosso corpo, e é por isso que os disruptores endócrinos como os ftalatos podem ter tais terríveis consequências. Nosso sistema endócrino é fundamental na regulação de nosso humor, crescimento e desenvolvimento, função e metabolismo dos tecidos como também a função sexual e processos reprodutivos. 18

Em um estudo conduzido pelo cientista de saúde ambiental, Richard Pilsner, Ph.D., junto à Universidade de Massachusetts, pesquisadores determinaram que a exposição paterna aos ftalatos,
em tempo de pré-concepção, leva a um decréscimo pronunciado na qualidade do blastocisto (nt.: conjunto de células que formam os primeiros estágios do embrião, também chamado de embrião do quinto dia).19

Uma vez que a fertilização do óvulo é alcançada, o zigoto começa a se dividir ou a se desintegrar.20 Isso acontece repetidamente nos três a cinco primeiros dias da concepção. Neste ponto o embrião torna-se uma bola de células oca chamada blastocisto. É neste estágio que a fertilização in vitro é tentada.

O estudo avalou os óvulos imaturos de 50 casais submetidos a fertilização in vitro. Haviam 761 oócitos (óvulo imaturo) no estudo dos quais, somente 184 tiveram um bom desenvolvimento, o bastante para serem transferidos para a futura mãe. Os pesquisadores descobriram uma associação inversa entre homens que tinham altos níveis de ftalatos em suas urinas e o desenvolvimento de alta qualidade dos blastocistos.21

Estudos têm também conectado a exposição de ftalato durante a primeira infância com puberdade tardia em meninas,22 enquanto outra pesquisa 23 adverte que os ftalatos em maquiagens e produtos de cuidado pessoal podem desencadear menopausa precoce — efetivamente encurtando a idade reprodutiva de mulheres em ambos os momentos determinante de suas vidas.

Mulheres com altos níveis de ftalatos em suas urinas começam a menopausa 2,3 anos antes do que mulheres com menores níveis. No entanto, algumas podem entrar na menopausa algo como 15 anos antes. Isso pode ter severas consequências para a fertilidade das mulheres, especialmente porque as mulheres agora estão esperando ficar grávidas a partir de idades mais avançadas, trinta anos e mesmo mais velhas.

Outros Efeitos Associados Com a Exposição aos Ftalatos

Cientistas têm também conectado a exposição aos ftalatos a:24,25,26,27

Transtorno de deficit de atençãoCâncer de mamaObesidade
Diabete tipo 2 Abaixamento do QITranstorno do espectro do autismo
Problemas de desenvolvimento neurológico Problemas comportamentaisHormônio de crescimento desequilibrado 28
Câncer de fígadoFunção da tiroide alterada 29Aborto espontâneo

Ftalatos Afetando a Vida Selvagem

Os ftalatos também estão afetando a capacidade reprodutiva da vida selvagem. Têm sido detectados em ursos polares, veados, baleias e golfinhos, só para nomear alguns. Um relatório de 2008 do ChemTRUST, 30, focava sobre os efeitos nocivos de vários disruptores endócrinos sobre a vida selvagem. É lógico que também são relevantes para os seres humanos, uma vez que todos os vertebrados têm receptores sexuais hormonais similares.

Seu artigo lista os sintomas encontrados em cada uma das numerosas espécies testadas, incluindo câncer testicular, hermafroditismo, deformações genitais, baixa contagem de espermatozoides e infertilidade. Novamente, esses efeitos adversos são causados pela capacidade dos ftalatos de reduzirem a síntese da testosterona ao interferirem com uma enzima necessária para produzir o hormônio masculino.

Outras mudanças nas populações da vida selvagem que foram rastreadas até se chegar aos químicos endócrinos, incluem: 31

Redução da população das foca do BálticoAfinamento da casca dos ovos das aves de rapinaPopulação de jacarés em decréscimo em lago poluído
Decréscimo da população de saposAlterações dos órgãos sexuais masculinos e femininos de animais marinhos tais como búzios e caracóis Efeito negativo sobre a reprodução de peixes e seu desenvolvimento

Mais recentemente, os pesquisadores detectaram 71% de golfinhos nariz de garrafa em Sarasota Bay, Flórida, com metabólitos de ftalatos em suas urinas.32 Como observado pelos autores: 33

“Pela primeira vez, os metabólitos de ftalatos foram detectados na urina de golfinhos nariz de garrafa selvagens. Da família dos ftalatos, muitos componentes são usados a miúde como em plásticos e em outros produtos de consumo…

Como os golfinhos são bioindicadores ambientais sensíveis de seu entorno, a detecção da exposição ao ftalato nestes animais, sugere um certo nível de contaminação ambiental. Pesquisa adicional é necessária para determinar a fonte de suas exposições…”

Tratamento sobre Fertilidade Poderá se Tornar em Breve uma Norma

A revista ‘GQ’ conclui o artigo “Sperm Count Zero” com uma terrível previsão de que a gravidez pode brevemente se tornar um privilégio concedido somente àqueles com meios financeiros para se submeterem a tratamentos de fertilidade, bem como a possibilidade de acessarem a avanços tecnológicos com a eliminação completa da necessidade de espermatozoides, inaugurando uma nova era onde as mulheres poderão carregar todo o fardo da preservação da espécie: 34

“É verdade que os tratamentos da fertilidade já têm dado aos homens com contagens de espermatozoides extremamente baixas, a chance de serem pais. De fato, observando seus casos, nós podemos vislumbrar como seria o futuro de nossa baixa contagem de espermatozoides.

Sabemos que será muito penoso para engravidar, além de dispendioso — tão caro que ter filhos poderá não ser, daqui a algum tempo, uma opção disponível para todos os casais. Também é improvável que o futuro da fertilidade dependente de tratamento venha produzir uma taxa de nascimento, em qualquer lugar, próxima dos níveis atuais…

Enquanto ficamos pairando em algum lugar acima do que conta o artigo ‘Sperm Count Zero’, ainda assim teremos, com uma assistência da medicina moderna, uma chance. Os homens continuarão sendo essenciais para a sobrevivência da espécie. No entanto, o problema com as inovações tecnológicas, é que elas nunca param.

Um nova tecnologia, conhecida como IVGin vitro gametogenesis — está demonstrando ser uma promessa inicial ao tornar célula tronco embrionária em espermatozoides. Em 2016, cientistas japoneses criaram uma cria de rato pela fertilização de um óvulo normal de uma rata através de espermatozoide criado via IVG. As células tronco em questão foram tomados de uma fêmea de rata. Não houve, então, necessidade de nenhum macho.”

Proteger a Saúde Reprodutiva da Família pela Redução da Exposição aos Ftalatos

Considerando os efeitos geracionais dos ftalatos e de outros químicos disruptores endócrinos, seria sensato tomar medidas proativas para limitar a exposição e isso vale tanto para homens como para mulheres. Isso é particularmente importante para as gerações jovens. Embora seja praticamente impossível ficar fora de todas as fontes, pode-se minimizar a exposição mantendo alguns princípios chaves em mente.

Evitar embalagens e caixas de fast food além dos filmes plásticos. Em vez disso, guardar alimentos e bebidas em embalagens de vidro (store food and drinks in glass containers instead).
Evitar brinquedos infantis de plástico. Use brinquedos de substâncias naturais, como madeira e matriais orgânicos.
Ler os rótulos de todos os cosméticos e evitar aqueles que contenham ftalatos (nt.: lembrar que no esmalte de unhas são aqueles que não lascam, ai tem ftalato).
Evitar produtos rotulados com o ingrediente “fragrance” (nt.: ou fragrâncias em português). Como uma expressão abrangente, pode incluir ftalatos embutidos que são comumente usados como fixadores do ‘perfume/odor’ além de estender a vida do produto. Evitar os purificadores de ar.
Usar produtos de cuidado pessoal em embalagens de vidro.
Vascular nos rótulos se os produtos são livre de PVC/vinil, incluindo lancheiras infantis, mochilas e quaisquer recipientes de armazenamento.
Não use no microondas recipientes de alimentos plásticos ou coberto com filme plástico.
Salas, frequentemente, vazias ou com pó/poeiras e que tenham persianas, papéis de parede, pisos e mobílias feitas de Vinil/PVC, podem conter ftalatos, saber que o pó/poeira atrai estes químicos e facilmente são ingeridos pelas crianças por estarem pelo piso.
Perguntar aos farmacêutico se os medicamentos prescritos são revestidos com algum produto para controlar que ao se dissolvem, este revestimento pode conter ftalatos.
Comer na maioria das vezes alimentos integrais, crus e frescos. As embalagens são muitas vezes fontes de ftalatos.
Comprar produtos embalados em vidro em vez de plásticos ou latas e usar mamadeiras de vidro em vez de plástico. Aleitamento materno no primeiro ano, evitar o bico e a mamadeira, ambos de plásticos.
Remover frutas e verduras dos sacos plásticos imediatamente ao chegar em casa e lavá-los antes de armazenar.
Notas de caixa registradora que seja impressa com calor (nt.: notas de cartão de crédito, de super mercados, etc) e por isso, muitas vezes contêm bisfenol A/BPA neste processo. Faça contato o mínimo tempo possível e solicite ao gerente da loja que troque as notas por aquelas livres de BPA, se for o caso.
Usar produtos de limpeza natural ou fazê-los em casa.
Trocar produtos de higiene feminina por alternativas seguras.
Evitar amaciantes e lenços de papel embebidos em amaciantes; fazer-se em casa reduzindo-se a aderência estática nas roupas.
Verificar se a água que se acessa pelas torneiras está livre de contaminantes e filtrá-la se for necessário.
Ensinar as crianças a não beberem água das mangueiras já que muitas são feitas com plastificantes como os ftalatos.

Fontes e Referências

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2019.

3 Comments

    1. Grato, professor. Vale sempre incentivar para que as pessoas saibam destes plastificantes que jamais são mencionados em nenhum produto. Deves ter visto que este plastificante já está presente dentro de ovos de aves do Ártico. Incrível. Felicidades, Jacques.