Rio+20 (Pág. 6 de 7)

“Ainda há solução” – Achim Steiner, Diretor Executivo do PNUMA.

Enquanto aproxima-se a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), entre 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro, proliferam as dúvidas sobre a viabilidade de uma “economia verde”. Especialistas, ativistas e políticos estão divididos com relação ao que é necessário para tirar do ponto morto as negociações internacionais com vistas a uma redução nas emissões de carbono, causadoras da mudança climática.

O maior desafio de nossa espécie é manter o planeta habitável.

“O planeta funciona como um sistema biofísico que modera o clima (mundial, continental e regional) e forma o solo e sua fertilidade. Os ecossistemas oferecem uma variedade de serviços, inclusive o fornecimento de água limpa e confiável. A diversidade biológica é uma biblioteca viva essencial para a sustentabilidade. Cada espécie representa um conjunto de soluções único para uma série de problemas biológicos e pode ser de importância crítica ao avanço da medicina, da agricultura produtiva, da biologia que fornece a atual sustentação para a humanidade e, mais importante, pode fornecer soluções para o desafio ambiental”, escreve Thomas Lovejoy, professor de ciências e política pública na Universidade George Mason e diretor de biodiversidade do Centro H. John Heinz III de Ciência, Economia e Meio-Ambiente, em artigo publicado no jornal International Herald Tribune e reproduzido pelo Portal Uol, 06-04-2012.

Cúpula dos Povos: ativistas criticam mercado de crédito de carbono.

A política de emissão de crédito de carbono é “perversa” com o meio ambiente e não ajuda a reduzir a emissão de poluentes. A avaliação é de Graciela Rodrigues, que integra o comitê responsável pela organização da Cúpula dos Povos, evento que vai discutir o desenvolvimento sustentável do planeta de forma paralela à Rio+20, debate da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o mesmo tema, previsto para ocorrer entre os dias 15 e 23 de junho.

Existe um abuso do conceito de ‘sustentabilidade’.

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua irmã, a sustentabilidade, têm sofrido abusos. Quem diz é a mãe das crianças, a norueguesa Gro Harlem Brundtland. Ex-premiê da Noruega, Brundtland, 73, chefiou a comissão que em 1987 produziu o relatório “Nosso Futuro Comum”, onde o conceito foi cunhado. O relatório serviu de base para a Eco-92.