A onda de cortes em gastos previstos no Orçamento deste ano, que deve ultrapassar a R$ 70 bilhões, pode colocar em risco a manutenção de áreas protegidas no Brasil. O ajuste fiscal promovido pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff poderá atingir em cheio a sobrevivência de unidades de conservação (UCs). Esta tem sido a grande preocupação do biólogo americano Philip Fearnside radicado no Brasil há quatro décadas. “Sabemos que o meio ambiente não é prioridade para o governo. E os cortes vão agravar essa situação”, alerta o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Membro da Academia Brasileira de Ciências, ele estuda questões ambientais na Amazônia brasileira desde a década de 70 e foi um dos cientistas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007.
Preservação ambiental
Pesquisa de 35 anos mostra como floresta se recompõe.
O que acontece com uma área de floresta 35 anos após a primeira colheita das árvores comerciais? Essa resposta, ainda inédita no Brasil, começa a ser dada pela Embrapa Amazônia Oriental após o início do segundo ciclo de corte em uma área de pesquisa na Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do Pará. Os dados são animadores, pois apontam para a regeneração da floresta em volume, mas atentam à necessidade de planos de manejo que visem à manutenção das populações de todas as espécies arbóreas, garantindo maior diversidade e rentabilidade.
Depois de desmatamento zero, soja na Amazônia precisa de ilegalidade zero.
A cadeia produtiva da soja na Amazônia avançou com acordos para reduzir o desmatamento, como a moratória da soja, que suspendeu a compra de soja vinda de novas áreas desmatadas. Agora ela está pronta para dar o próximo passo: zerar a ilegalidade, adequando todas as propriedades ao Código Florestal.
Projeto de Lei sobre biodiversidade fere tratado internacional, diz seu maior dirigente.
De acordo com o brasileiro Bráulio Dias, secretário executivo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), aprovação de projeto em tramitação no Congresso pode trazer consequências negativas para o Brasil e restringir direitos de povos indígenas e tradicionais.
Oito bilhões de turistas em áreas protegidas.
O turismo ecológico – quando empreendido em escala moderada e seguindo regras que preservem os ecossistemas visitados – é um excelente instrumento de conservação, por gerar renda para comunidades que, na ausência de outras opções, estariam obrigadas a caçar, derrubar florestas e expandir áreas cultivadas. Mas qual, exatamente, a dimensão do ecoturismo em áreas protegidas? E quanto dinheiro ele deixa nas regiões visitadas? Estudo publicado ontem na revista científica PLOS Biology apresentou a primeira valoração econômica dessa indústria em nível global.
Oferta de produtos agroflorestais é ampliada com alimentos processados.
Os alimentos ecológicos advindos das agroflorestas recebem um incremento. Trata-se da Agroindústria Frutos da Vida, iniciativa coletiva da Cooperafloresta(Associação dos Agricultores Agroflorestais de Barra do Turvo/SP e Adrianópolis/PR), que está processando produtos advindos das agroflorestas para compor o cardápio dos brasileiros. A iniciativa está sendo apoiada pelo Projeto Agroflorestar, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.
TECNOLOGIA-Por R$ 150, coletor de água de chuva ajuda a reduzir conta pela metade.
Em tempos de falta de água nas torneiras, um técnico agropecuário tem dedicado seus dias a percorrer escolas, associações e comunidades na Grande São Paulo para repassar um conhecimento útil: como coletar água de chuva.
ÁGUA-Publicação da Embrapa apresenta Índice de Vulnerabilidade de Água Subterrânea à Contaminação
Maior recurso natural do planeta, a água é fundamental para a sobrevivência humana e o desenvolvimento socioeconômico dos países. Por essa razão, é necessário garantir sua qualidade para um abastecimento econômico e seguro de água potável nos meios urbano e rural. Nesta perspectiva, as fontes de água subterrânea se mostram com importância estratégica, pois são uma alternativa de suprimento de qualidade a relativo baixo custo.
De 2003 a 2014: as hidrelétricas de Lula e Dilma.
“A construção das usinas incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como objetivo satisfazer a volúpia por grandes obras do cartel de empreiteiras, maiores doadoras das campanhas de Lula e Dilma”, escreve Telma Monteiro, ativista socioambiental.
Incêndios criminosos impedem regeneração florestal em terra indígena.
Buscar alternativas eficazes e viáveis para a recuperação da Terra Indígena mais desmatada da Amazônia Legal é o maior desafio. O fogo criminoso tem impedido o processo de regeneração natural. Sem floresta, os Xavante enfrentam muitas dificuldades para manter suas tradições