Agora a ciência branca reconhece que a forma de viver a vida e a integração com a natureza em sua totalidade, sentida e praticada pelos povos originários, supera a pretensa visão eurocêntrica de que teria superioridade humana sobre os outros irmãos planetários.
A alegria de viver num tempo da história dos eurodescendentes no Brasil, e poder participar da chegada dos Povos Originários numa posição político-administrativa da república onde terão voz e vez para serem acolhidos, depois de mais de 500 anos, para todos vivermos a autêntica integração nacional.
Que maravilha! Enfim o arrogante supremacismo branco eurocêntrico demonstra como está derrotado por sua própria ganância desde que saiu invadindo a terra, a cultura. a espiritualidade e os corpos dos outros. Agora deve, se quiser sobreviver planetariamente, curvar-se frente às 'tecnologias' dos povos originários. Caso contrário leva toda a humanidade e todos os seres à extinção.
Mais uma aula do Krenak. Sempre direto e certeiro. Grato pelas reflexões. Agora todos estamos juntos, povos originários, povo preto escravizado e eurodescendentes conscientes de sua espaço natal.
Importante irmos, os eurodescendentes, cada vez mais nos alinhando com outras subjetividades no sentido de ampliarmos nossa humanidade que nos é presenteado com as várias formas de se ver o mundo e a espiritualidade de todas as etnias que vivem no Brasil.
É a primeira demonstração de que o Brasil pode e deve ultrapassar tanto a ideologia como a doutrina do supremacismo branco eurocêntrico e teocrático. O país, como um fragmento da Mãe Terra, pode e deve acolher todas e todos, com suas identidades e subjetividades, em todos os planos.
Nada como trazer a história recente, mas não tanto para muitos jovens, para se reconhecer que a visão de integração, ou seja, de eliminação da cultura e da espiritualidade dos povos originários, pela absorção da sociedade envolvente, tornou-se o caminho do extermínio de todos no planeta. Hoje se reconhece que os povos originários de todo o planeta tem muito a ensinar aos supremacistas brancos em sua relação viva e humilde com a Terra e todos os seres.
Com toda essa revisão atual sobre a presença efetiva e afetiva dos povos originários no seio da comunidade brasileira, é o mínimo depois de mais de 520 anos de esbulho, etnocídio e rejeição pela ideologia do supremacismo branco.
Mais uma matéria que traz a memória de que forma os povos invasores, os brancos que nunca haviam vivido nos territórios onde os povos originários sempre viveram, tratam os espaços. Nem lhes afeta se são sagrados ou não para as populações dos nativos. O que importa para os invasores é o lucro. O resto é o resto!
Mais uma demonstração de que o genocídio dos povos originários, aparentemente proposto e incentivado pelo governo federal que agora sai, já vem desde a ditadura militar. Reforça a percepção de que o que não se fez, através dos exércitos, o que os outros países sul-americanos fizeram no século XIX, vem sendo sutilmente feito nos tempos de agora, séculos XX e XXI.
