Povos Originários (Pág. 66 de 77)

Santarém, PA. Impactos ambientais irreversíveis.

Edilberto Sena, padre coordenador geral da Rádio Rural de Santarém, presidente da Rede Notícias da Amazônia – RNA e membro da Frente em Defesa da Amazônia – FDA, e membro da Comissão Justiça e Paz da diocese de Santarém, PA, enviou os dois artigos que publicamos a seguir. O primeiro artigo "Será que o Juiz Federal sabe o que é impacto ambiental irreversível?" foi publicado na imprensa de Santarém no dia 23 de janeiro. O segundo, "Errar é da natureza humana, mas permanecer no erro ultrapassa...", no dia 24 de janeiro.

Área de 12,4 milhões de hectares será protegida de forma integrada.

Uma área superior a 12.397.347 hectares, abrangendo o oeste do Amapá e o norte do Pará compõe, agora, um mosaico formado por Unidades de Conservação (UCs), áreas protegidas e terras indígenas dos dois estados. O Mosaico de Áreas Protegidas do Oeste do Amapá e Norte do Pará acaba de ser reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) por solicitação do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), a partir do Edital de Apoio ao Reconhecimento de Mosaicos nº 1/2005 do Fundo Nacional de Meio Ambiente.

Disputa entre índios e produtores rurais expõe diferentes visões sobre uso e valor da terra.

Nos últimos meses de 2012, o conflito entre índios e produtores rurais voltou a ganhar destaque nacional. Principalmente depois de dois episódios ocorridos na Região Centro-Oeste. Primeiro, a divulgação de uma carta escrita por guaranis kaiowás da comunidade Pyelito Kue, no Mato Grosso do Sul, equivocadamente interpretada como uma ameaça de suicídio coletivo. Em seguida, o início do processo de retirada dos não índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, homologada pelo Poder Executivo em 1998.

Continuemos Kaiowá Guarani.

"Uma boa notícia para o sofrido povo Kaiowá Guarani, em especial aos aguerridos guerreiros de Pyelito Kuê-Mbarakay, que conseguem um passo importante na reconquista de seu tekohá. Em em vista o processo n 08620.082252/2012-03 e o relatório circunstanciado realizado pela antropóloga Alexandra, coordenadora do Grupo de Trabalho, foi publicado o relatório da Terra Indígena Iguatemipeguá I .

Índios com mestrado e ideais.

Filho de cacique, Ywmonyry, da comunidade Apurinã — localizada no sul do Amazonas — nasceu para ser caçador e viver na floresta. Mas, aos 10 anos, saiu da tribo e iniciou os estudos na cidade de Boca do Acre (AM). Ganhou um novo nome, dado pelo homem branco: Francisco de Moura Cândido. Sofreu discriminação, pensou em desistir, mas continuou.