Poder econômico (Pág. 30 de 64)

As hidrelétricas e o processo de intervenção na Amazônia.

“Qual modelo de desenvolvimento e ocupação que nós queremos na Amazônia? A construção das hidrelétricas que estão sendo feitas corresponde ao modelo que se deseja?”, questiona André Villas-Bôas em entrevista à IHU On-Line, concedida por telefone. Na avaliação dele, é um equívoco “achar que as hidrelétricas não são uma força de atração de um conjunto de investimentos que acabam modelando a forma que estamos ocupando a Amazônia”.

MPF/MT e PF investigam interferência de ruralistas na tramitação da PEC 215.

Conversa telefônica legalmente interceptada revela que o líder ruralista Sebastião Ferreira Prado planejava o pagamento de R$ 30 mil a advogado ligado à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que seria o responsável pelo relatório da PEC 215, na Comissão Especial que aprecia a matéria na Câmara dos Deputados. No diálogo interceptado, Sebastião afirma que “o cara que é relator, o deputado federal que é o relator da PEC 215, quem tá fazendo pra ele a relatoria é o Rudy, advogado da CNA, que é amigo e companheiro nosso”.

Biologia Sintética, um projeto de desapropriação.

A biologia sintética ou “engenharia genética extrema” representa um avanço na biotecnologia e é algo que vai além da manipulação genética dos transgênicos. Trata da construção artificial de micro-organismos completamente novos, que têm a capacidade de mudar ou “reprogramar” o metabolismo de organismos para realizarem funções que não existem na natureza.

Presidente da Nestlé prevê a privatização contra o direito à água.

“Cada vez está mais claro que a água doce é um recurso finito, vulnerável à contaminação – que é excessiva por parte das empresas transnacionais. Esta situação contribuiu para conceber a água como um bem mercantil e não como um direito fundamental, em prejuízo à satisfação das necessidades humanas básicas, das concepções ancestrais das comunidades étnicas, gerando assim maior desigualdade social e afetando, por sua vez, a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas” é o que destaca a analista venezuelana Sylvia Ubal, em artigo publicado por Barometro Internacional, 12-08-2014. A tradução é do Cepat.

Não à aprovação de mais de empreendimento minerador! Fora Manabi!!

Manifestamos para a sociedade nossa indignação perante a possibilidade de mais um licenciamento de mineração irresponsável em Minas Gerais. Em tempos de insegurança sobre o abastecimento de água, ameaça de crise energética, de desmatamento recorde e outros ataques ao meio socioambiental, o que seguimos assistindo é o aprofundamento do caráter primário-exportador de nossa economia, que amplia as amarras do subdesenvolvimento de nosso Estado e de nosso País.

Não é o clima, é a desigualdade o estopim dos conflitos.

As discussões dos últimos anos sobre os conflitos derivados de problemas climáticos variam desde informes sensacionalistas que garantem que o mundo sucumbirá às guerras pela água até os que acreditam que o assunto não tem nenhum interesse. O título de cada artigo que trata da relação entre mudança climática e conflito deveria ser: “É complicado”, segundo Clionadh Raleigh, diretora do Projeto de Base de Dados sobre a Localização e os Eventos dos Conflitos Armados (Acled).

O lobby da Monsanto.

“As leis Monsanto, em escala mundial, impõem normas que criam um registro eletrônico de todos os camponeses que produzem suas próprias sementes. A partir disto, os governos podem remeter esta lista de camponeses à indústria, com a finalidade de persegui-los por “falsificação” diante dos tribunais”, denuncia R. Gómez Mederos, em artigo publicado por Rebelión, 08-08-2014. A tradução é do Cepat.

Investimento em Tapajós será 69% maior que o previsto.

Principal aposta do setor elétrico para os próximos anos, a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, que deve ser leiloada entre o fim deste ano e 2015, teve a previsão de investimentos ampliada para R$ 30,6 bilhões. O valor, incluído no Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica, entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ainda não divulgado ao público, é 69% superior à última estimativa do governo, de R$ 18,1 bilhões, previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Estudo mostra que quatro grandes grupos econômicos brasileiros são subordinados ao capital internacional.

Recentemente ressurgiu a discussão sobre um tema efervescente dos anos 1950 aos 70: que o Brasil, como naquela época, estaria passando por um novo momento desenvolvimentista, buscando uma autonomia relativa e ganhando base material para colocar o capitalismo a serviço de um projeto nacional, mais democrático e socialmente justo. A observação é do economista Artur Monte Cardoso, cuja dissertação de mestrado, porém, aponta para um processo de reversão das bases do desenvolvimento brasileiro ou, mais que isso, de reversão neocolonial. “Burguesia brasileira nos anos 2000 – Um estudo de grupos industriais brasileiros selecionados” é o título do trabalho orientado pelo professor Plínio Soares de Arruda Sampaio Junior e apresentado no Instituto de Economia (IE) da Unicamp.