Poder econômico (Pág. 26 de 64)

J&F ‘elegeu’ a maior bancada da Câmara.

A primeira campanha com o fim das doações ocultas expôs a força empresarial na eleição para deputados. Oito grupos econômicos que irrigaram o caixa dos candidatos à Câmara dos Deputados com R$ 162,6 milhões ajudaram a eleger bancadas maiores que as do PT e o PMDB, mostra levantamento do Valor com colaboração do Valor Data. Mais de 160 deputados eleitos receberam dinheiro da J&F, dona do frigorífico JBS, na disputa por cadeiras no Congresso Nacional. O grupo empresarial enviou cerca de R$ 57,6 milhões para financiar a disputa, se consolidando - com folga - como o maior doador da nova Câmara, segundo declararam as campanhas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nestlé mata água mineral em São Lourenço MG.

As águas minerais, de propriedades medicinais e baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.

“O neoextrativismo está acabando com a América Latina”. Entrevista com Boaventura de Sousa Santos.

Há alguns dias, Boaventura de Sousa Santos, pesquisador e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) visitou a Espanha para o lançamento de dois livros chaves para entender a complexidade da realidade social contemporânea no mundo e no continente europeu: A democracia à beira do caos (Siglo del Hombre) e Democracia, direitos humanos e desenvolvimento (Dejusticia). Nenhum dos dois está em português. El Espectador falou com ele sobre seus trabalhos, a crise europeia e os problemas enfrentados pela América Latina.

O caminho da inclusão.

"A última década de crescimento econômico brasileiro, depois de 30 anos de estagnação, foi obra do esforço e do trabalho da parte de baixo da população, que logrou dinamizar a economia e a sociedade como um todo", escreve Jessé de Souza, doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) e autor de 'A Ralé Brasileira: quem é e como vive' (Humanitas), em artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 26-10-2014.

Nanotecnologia e segurança do trabalho: impactos toxicológicos e psicológicos. Entrevista especial com Arline Arcuri.

O “segredo industrial” tem dificultado as pesquisas acerca dos impactos das nanotecnologias na saúde do trabalhador, informa Arline Arcuri à IHU On-Line. Pesquisadora da Fundacentro, instituição ligada ao Ministério do Trabalho, Arline menciona que é difícil saber quantas e quais empresas estão desenvolvendo produtos com nanopartículas no Brasil, porque há sigilo em torno das informações e ainda falta regulamentação na área.

O pássaro sobrevive, mas a um preço que não enobrece ninguém.

"Naomi Klein é uma escritora talentosa e há poucas dúvidas sobre o problema que ela identifica. Anos de afirmações de céticos quanto ao aquecimento mundial obscureceram a compreensão pública sobre o que os cientistas estabeleceram em relação às mudanças climáticas", escreve Pilita Clark, jornalista, em artigo publicado pelo Financial Times e reproduzido pelo jornal Valor, 14-10-2014. A tradução é de Sabino Ahumada.

Os países a favor da biologia sintética contra o resto do mundo.

Aumenta a tensão nas negociações da 12ª Conferência das Partes do Convênio sobre Diversidade Biológica (CDB –COP12) das Nações Unidas a respeito da regulação da biologia sintética. Entre os 94 países que participam da Conferência, um pequeno clube de nações ricas, com poderosas indústrias biotecnológicas (Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Suíça, Brasil e a União Europeia), tem se oposto aos países da África, do Sudeste Asiático, América Latina e do Caribe sobre a necessidade de uma governança internacional para a também chamada engenharia genética extrema.

Do Transgênico ao Sintético: como a biologia sintética escapa da Lei.

Produtos derivados da biologia sintética, uma nova tecnologia que cresce rapidamente, estão chegando para invadir o mercado sem uma estruturação de legislações e regulamentações no espaço que exija uma avaliação pré mercado de seus riscos únicos tanto quanto à saúde como ao ambiente. Num futuro muitíssimo próximo, uma série de produtos alimentícios e agrícolas podem estar sendo colocados tanto no mercado sem rotulagem como nos ecossistemas naturais sem controles de biossegurança ou ainda entendermos sobre seus efeitos destes organismos sinteticamente modificados/OSM sobre a diversidade biológica.