Entrevista bastante esclaredora da realidade do RS. Vale a pena conhecer as reflexões do professor.
Uma informação importante que mostra como nossas ações, aparentemente, tão simples e desconectadas podem gerar efeitos planetários. Podendo inclusive alterar a harmonia da Terra. Surpreendente como não temos ideia do que representa nossa volúpia de querer dominar as forças da natureza.
Incrível como os tempos de hoje acabaram tirando das pessoas a busca de soluções que nos tempos antigos que permitiam que se vivesse. Aqui entre nós como lá, a visão de prática apocalítica é a mesma.
Assim como o arroz ecológico do MST, a grande saída para a Amazônia ainda é a sua biodiversidade, seus habitantes originários e os agricultores familiares e associativistas que fazem coletivamente belíssimos processos de produzirem comida verdadeira. Viva todas essas soluções com a floresta em pé!
Até quando iremos ser irresponsáveis e inconsequentes com o futuro também de cada um de nós? Sem falar, é lógico, nos nossos descendentes?
Ao se reconhecer de que os povos originários são os que mostram que a Terra e todos seus seres são sagrados, que a Civilização Branca Ocidental e todas as suas variações, errou? Que o tempo é de retomada do Sagrado da Vida, sob pena de eliminarmos toda a existência?
Para os cínicos, negacionistas e venais, os dados são incontestes: a opção civilizatória supremacista branca é o auto-extermínio. Como ainda têm filhos? É o mais cínico dos seus paradoxos.
Em todas as frentes, há demonstração de que a inépcia pessoal de cada um de nós, da sociedade em geral, dos gestores tanto públicos como privados, levará inquestionavelmente ao colapso da sobrevivência global. Triste opção civilizatória dos tempos atuais.
Mais uma pesquisa que mostra o que a emergência climática poderá causar para todos os ecossistemas globais. Aqui é o bioma da Mata Atlântica com suas araucárias no sul.
Estudo mostra mais uma frustração gerada pelo ‘agronecrócio’, agora ligado à pecuária intensiva com o confinamento dos animais e por isso o favorecimento de doenças.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
