Lixo (Pág. 2 de 8)

Cidade Sustentável: Logística reversa em Porto Alegre.

"O Brasil produz aproximadamente 2,6 kg por ano de resíduos eletrônicos por habitante. Estes produtos podem conter chumbo, cádmio, arsênio, mercúrio, bifenilas policloradas (PCBs), éter difenil polibromados, entre outras substâncias perigosas que em contato podem causar danos à saúde da população, bem como, grave impacto ao meio ambiente e que necessitam de tratamento adequado.", escrevem Margarete Panerai Araujo, professora de pós-graduação na UNILASALLE e Manolo Silveiro Cachafeiro, pesquisador mestrando em Memória Social e Assistente Técnico do Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa/GP).

50 milhões de toneladas de lixo eletrônico.

Até 90% do lixo eletrônico do mundo, com valor estimado em 19 bilhões de dólares, é comercializado ilegalmente ou jogado no lixo a cada ano, de acordo com um relatório divulgado na última terça-feira (12) pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA). A indústria eletrônica, uma das maiores e que mais crescem no mundo, gera a cada ano até 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico de bens como computadores e celulares smartphones. Segundo previsões, este número pode chegar a 50 milhões de toneladas já em 2017.

Em Porto Alegre, os Ecoprofetas são reprimidos.

"Porto Alegre cidade com coração de pedra, hoje deveria ver hasteada em cada casa uma bandeira negra porque hoje é dia de luto para os ecoprofetas: de 23 bairros da capital de todos os gaúchos por um poder repressivo serão retiradas todas as carroças e, dentro de mais um pouco de tempo, também terão que desaparecer os carrinhos de todos os catadores ou moradores de rua que, com sua ferramenta de trabalho descobriram que podem sobreviver e ainda, de lambuja salvar o planeta inteiro", escreve Antônio Cechin, irmão marista, miltante dos movimentos sociais, autor do livro Empoderamento Popular. Uma pedagogia de libertação. Porto Alegre: Estef, 2010.

O lixão pontocom da África.

Doze mil quilômetros separam Acra, a capital de Gana, do Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos, centro da revolução tecnológica do século XXI. Há, no entanto, outra distância maior do que a geográfica. Acra e o Vale do Silício estão no extremo de um ciclo de vida. Computadores, tablets e celulares nascem da cabeça de nerds sob o sol californiano e morrem e são descompostos no distrito de Agbogbloshie, periferia africana.