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Florestas: um patrimônio a ser protegido.

Como imaginar o seu dia a dia sem água, alimentos – como frutas, sementes, pesca, chocolate – ou até mesmo sem medicamentos? Como se locomover se faltar borracha para a bicicleta, para o pneu do ônibus? Pare e olhe: quanto existe de florestas ao seu redor? Por trás de diversas necessidades humanas, individuais e coletivas, foram precisos muitos recursos florestais.

Brasil é citado como exemplo de sucesso na redução do desmatamento, aponta relatório ONU.

Um relatório divulgado ontem (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento intitulado Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento: Nações Tropicais Onde as Políticas de Proteção e Reflorestamento Deram Resultado traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.

Monitoramento brasileiro de florestas inspira plataforma internacional.

O sistema de vigilância Global Forest Watch une tecnologia de satélite e dados abertos para o acompanhamento da gestão de áreas verdes em todo o globo. Projeto pioneiro do Brasil inspirou criação da ferramenta. O sistema de monitoramento de devastação da Amazônia inspirou um projeto internacional desenvolvido pelo Google, Programa das Nações das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma) e Word Resources Institute (WRI). No ar desde a semana passada, a plataforma Global Forest Watch oferece um mapa interativo, mostra os pontos de ganho e perda de áreas verdes e oferece um quadro geral sobre o desmatamento no mundo.

Floresta privada ajuda o país a cumprir metas.

Após amplo debate com o setor empresarial, organizações não governamentais, academia, Estados e municípios, o governo federal estabeleceu um plano de metas para a aplicação, em nível nacional, dos objetivos para 2020 definidos pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário. Um dos compromissos entre os vinte anunciados no ano passado é proteger 17% do território dos diferentes biomas brasileiros na forma de parques, reservas e outras unidades de conservação. No entanto, a Mata Atlântica, bioma mais rico e populoso do país, com floresta explorada desde o início da colonização, está longe dessa marca. Atualmente, apenas 9,5% da região se encontra em áreas protegidas.

Estudo defende harmonia entre floresta e agricultura sustentável no Brasil.

A agricultura brasileira cresce acima da média mundial e o país pode se tornar a principal potência do setor até 2020. Esse aumento na produção impulsiona a mudança do uso da terra e coloca o setor como um dos maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, tanto na produção agrícola – uso de fertilizantes e manejo das áreas agricultáveis – quanto na pecuária – uso de áreas desmatadas e emissão de metano pelo rebanho bovino.

ONU pede reconhecimento da importância das florestas para o desenvolvimento.

Funcionários das Nações Unidas pediram nesta sexta-feira (21) aos países para intensificar os esforços e recursos dedicados às florestas, que oferecem inúmeros benefícios econômicos e sociais, além de ser essencial para o combate às alterações climáticas. “As florestas são os pulmões de nosso planeta”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para o segundo Dia Internacional das Florestas e da Árvore, observado em 21 de março.