Monitoramento brasileiro de florestas inspira plataforma internacional.

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O sistema de vigilância Global Forest Watch une tecnologia de satélite e dados abertos para o acompanhamento da gestão de áreas verdes em todo o globo. Projeto pioneiro do  inspirou criação da ferramenta. O sistema de monitoramento de devastação da inspirou um projeto internacional desenvolvido pelo Google, Programa das Nações das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma) e Word Resources Institute (WRI). No ar desde a semana passada, a plataforma Global Forest Watch oferece um mapa interativo, mostra os pontos de ganho e perda de áreas verdes e oferece um quadro geral sobre o desmatamento no mundo.

 

http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/arvores/7963-monitoramento-brasileiro-de-florestas-inspira-plataforma-internacional

 

“O Brasil foi o único país do mundo que criou um sistema de alertas sobre o desmatamento de áreas verdes. A perda de cobertura florestal foi reduzida na Amazônia em parte por causa desse mecanismo”, explica Nigel Sizer, diretor da Iniciativa Global de do WRI.

A iniciativa internacional foi baseada no projeto do instituto de pesquisas Imazon, com sede em Belém, no Pará, fundado em 1990. A organização sem fins lucrativos mapeia a devastação no bioma por meio Sistema de Alerta de Desmatamento, ou Sad. O Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também serviu como base para a criação do Global Forest Watch.

Vigilância e denúncias

Com a atualização dos dados de satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, a ferramenta colaborativa é atualizada em tempo real. Além de obter informações sobre a gestão das florestas em todo o globo, os usuários têm a oportunidade de contribuir, publicar histórias e fotos sobre a situação do desmatamento na região onde vivem. Instituições, ONGs, empresas e poder público também podem lançar alertas sobre a má conservação das florestas.

“Empresas podem utilizar o sistema, por exemplo, para monitorar a indústria extrativa e saber se, nesses locais, as florestas estão sendo devastada”, explica Sizer. “Um pequeno grupo local também pode usar o site para identificar pontos de desmatamento na sua comunidade e mobilizar ações para mudar esse cenário.”

Sistema de alertas

No portal, estão disponíveis informações sobre as dimensões da cobertura verde, a legislação florestal e as convenções ratificadas por cada país do mundo.

No tópico “Mudança Florestal“, por exemplo, o usuário pode filtrar a observação do mapa por diferentes tipos de alerta. A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, oferece um quadro geral sobre ganhos e perdas de cobertura vegetal a cada ano, enquanto que o alerta FORMA (sigla para Forest Monitoring for Action) apresenta dados sobre o desmatamento nos trópicos, mês a mês.

Em “Nasa Incêndios Ativos”, dados de satélite conseguem identificar onde estão ocorrendo queimadas, e essas informações são atualizadas diariamente.

No ano passado, o governo da Indonésia utilizou os serviços da WRI para identificar quais empresas estavam provocando incêndios florestais. “O governo agiu contra isso e as indústrias foram punidas. Esperamos que o mesmo aconteça com o uso do Global Forest Watch”, afirma Sizer.

Ao lado da Rússia, Canadá, Estados Unidos e Indonésia, o Brasil é um dos países com os maiores índices de desmatamento. De acordo com levantamento da Universidade de Maryland e do Google, o mundo perdeu 2,3 milhões de quilômetros quadrados de florestas entre 2000 e 2012. É como perder uma área florestal equivalente a 50 campos de futebol a cada minuto.

A plataforma também está disponível em português no endereço www.globalforestwatch.org.

 

Fonte: DW.De.

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