Destruição ambiental (Pág. 6 de 21)

Lista global das dez maiores áreas de desmatamento inclui Amazônia e Cerrado.

Um relatório que vai ser publicado este mês pela organização não governamental WWF coloca duas regiões brasileiras no mapa das dez maiores frentes de desmatamento no mundo. A versão preliminar do documento, à qual o Valor teve acesso, aponta que a Amazônia e o Cerrado poderão perder 59 milhões de hectares de mata até 2030, caso não sejam reforçadas as políticas de controle do desmatamento. O volume representa 40% de todas as áreas verdes que poderão desaparecer do planeta nos próximos 15 anos.

Plásticos. Fragmentos em todos os oceanos.

Altas concentrações de fragmentos plásticos boiando nos oceanos vêm sendo reportados em suas áreas mais remotas, aumentando a preocupação sobre a acumulação de lixo plástico sobre a superfície dos oceanos. Desde a introdução das resinas plásticas nos anos 50, a produção global de plástico vem crescendo vertiginosamente e deverá continuar nas décadas vindouras. No entanto, a abundancia e a distribuição dos fragmentos plásticos ainda são desconhecidos, apesar dos efeitos sobre os organismos que vão desde os pequenos invertebrados às baleias.

De 2003 a 2014: as hidrelétricas de Lula e Dilma.

"A construção das usinas incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como objetivo satisfazer a volúpia por grandes obras do cartel de empreiteiras, maiores doadoras das campanhas de Lula e Dilma", escreve Telma Monteiro, ativista socioambiental.

Estudo confirma impactos humanos, socioambientais e econômicos da mineração no país.

Durante os últimos três anos, pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estudaram 105 territórios em 22 estados brasileiros que sofreram impactos da mineração e confirmaram que a extração de minerais é uma atividade “extremamente impactante nas regiões onde está instalada. Ela gera um conjunto de consequências ambientais e socioeconômicas”, de acordo com o pesquisador do Cetem, Francisco Rego Chaves Fernandes.

Batalha pela fronteira munduruku: indígenas lutam por terra que governo quer alagar para hidrelétrica.

Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós no Pará pode alagar solo sagrado para os índios munduruku. À beira do rio Tapajós, no oeste do Pará, a floresta estala sob os passos dos guerreiros munduruku. São cerca de 20 homens fortes, com braços pintados com traços iguais aos da casca do jabuti. Eles trabalham em silêncio, as poucas palavras são ditas na língua materna, o munduruku. Avançam com atenção sobre um perigoso manto que cobre o chão: cipós, galhos forrados de espinhos e troncos em decomposição. As pisadas são lentas e firmes. Sem pressa, os guerreiros abrem a mata para o campo de batalha.

Declaração Final do 2° Encontro Latino-americano sobre Igrejas e Mineração.

Com alegria e esperança, homens e mulheres de fé, provenientes de diversas congregações e confissões religiosas de 13 países da América Latina e Caribe, inspirados na dimensão social e profética do Evangelho e acolhidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), partilhamos as reflexões, valores e compromissos que temos assumido ao longo do 2° Encontro Latino-americano sobre Igrejas e Mineração, celebrado em Brasília de 2 a 5 de dezembro de 2014.

Mineração – buracos de morte.

"Quando o final de mais um ano bate em nossas portas, desencadeia intensas mobilizações e muito nos faz refletir a partir de nossas convicções, espiritualidade e estratégias políticas. Em Brasilia, no Congresso nacional estavam pautadas, para debate e votação o relatório da Comissão Especial da PEC 215 e no Senado a regulamentação do parágrrafo 6 do artigo 231, para regulamentar o "Relevante interesse da União". Por esses caminhos os inimigos dos povos indígenas, das populações tradicionais dentre outros, tentaram avançar e consolidar seus interesses. Houve mobilizações contrárias, especialmente dos índios. Essas pautas foram adiadas para a próxima semana. Precisamos nos mater mobilizados", escreve Egon Heck, do secretariado nacional do CIMI, ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Bhopal, a 30 anos de um crime corporativo impune.

Na madrugada de 02 para 03 de dezembro de 1984, um vazamento de gás na fábrica de pesticidas da Union Carbide na região de Bhopal, na Índia, provocou um dos mais graves desastres humanitários e ambientais da história. Vinte e quatro toneladas de isocianato de metilo (MIC), um composto altamente tóxico e mortal, arrasaram qualquer resquício de vida e recursos em vários quilômetros do entorno. Calcula-se que entre 22.000 e 25.000 pessoas morreram em consequência do vazamento químico e que mais de 57.000 se viram expostas a níveis nocivos deste composto, que causou malformação e sequelas que, em alguns casos, passaram de geração para geração.