Declaração final da Cúpula dos Povos na Rio+20.
Justiça social e ambiental em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.
Justiça social e ambiental em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.
A quantidade de fertilizantes comercializada por área plantada mais que dobrou no Brasil entre 1992 e 2010, segundo o relatório “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2012”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado no dia 18/06, na Rio+20.
“Há 20 anos o mundo corportativo não tinha a menor ideia do que era sustentabilidade. Hoje, todos os empresários aqui reunidos têm departamentos e estratégias de sustentabilidade em suas empresas e fazemos coisas fabulosas. Todos esses líderes estão integrados de verdade em sustentabilidade em todos os seus processos”, disse na tarde desta terça-feira (19) Peter Bakker, presidente do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, no Dia de Negócios, reunião de empresários num hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Representantes da sociedade civil se reuniram ontem (22) com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e disseram estar decepcionados com os resultados da Rio+20. Segundo Sharan Burrow, secretária-geral da International Trade Union Confederation, instituição que representa 175 milhões de trabalhadores de mais de 150 países, o documento final da conferência não contempla os interesses das populações vulneráveis, não tem metas concretas, nem prazos de implementação.
A Conferência das ONU sobre Desenvolvimento Sustentável terminou exatamente como começara: num tom melancólico e sem surpresas.
A venda de agrotóxicos no Brasil em 2010 teve um aumento de 190% em comparação a 2009. Isso significa que cada brasileiro consome cerca de cinco quilos de venenos agrícolas por ano. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo foi apresentado hoje (16) na Cúpula dos Povos pela médica sanitarista Lia Giraldo da Silva Augusto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com o tema “O futuro que queremos”, a Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável, começa na próxima quarta-feira (13), no Rio de Janeiro. O Brasil conta com vários exemplos de ações que envolvem sustentabilidade e produtividade. Em Mato Grosso, uma granja modelo produz carne e grão, sem poluição. É uma pequena amostra do que pode vir a ser a atividade agropecuária no futuro.
A agricultura orgânica, que não utiliza agrotóxicos nem a modificação genética das espécies cultivadas, não é necessariamente a forma mais sustentável de plantio, segundo uma pesquisa.
Durante quatro dias, cerca de 500 cientistas de 75 países se reuniram no Fórum de Ciências, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, do Conselho Internacional de Ciência. O secretário executivo do fórum, Steve Wilson enfatizou: “estamos anunciando uma evidência científica sobre a situação do planeta que necessita de uma ação clara e imediata. A ciência tem o papel crítico em encontrar soluções junto com a sociedade e com colaboração internacional”.
Um novo indicador lançado neste domingo (17) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) coloca o Brasil como a nação com o quinto maior crescimento sustentável anual per capita do mundo, à frente de potências como Estados Unidos e Canadá.