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Hoje, somos todos indígenas.

Não só no Dia Internacional dos Povos Indígenas, os brasileiros são todos um pouco índios. Foto: Dal Marcondes Neste dia 9 de agosto se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas. No Brasil, eles são mais de 800 mil cidadãos, distribuídos em 230 diferentes etnias, que falam mais de 150 línguas. Os números são extensos, como também têm sido as ameaças a seus direitos adquiridos, principalmente no que diz respeito à ocupação de seus territórios tradicionais. E é em apoio a sua luta contínua que ocorre, na data de hoje, em diversas cidades do país, o Ato Indígena Nacional.

Agronegócio, um modelo esgotado.

Perante uma atenta plateia composta por mais de 3 mil pessoas, a renomada cientista indiana Vandana Shiva (foto) fez uma palestra de uma hora, respondeu a perguntas e encantou a todos com suas ideias, experiências e convicções, durante a abertura do III Encontro Internacional de Agroecologia, no dia 31 de julho, na cidade de Botucatu, interior de São Paulo.

CTNBio pode liberar plantas transgênicas resistentes a componente do agente laranja.

Os herbicidas à base de glifosato, anunciados em anos anteriores como solução definitiva contra pragas na agricultura, já não exercem a mesma eficácia sobre plantas daninhas. Como resultado, as espécies invasoras ocupam lavouras e resistem à pulverização, prejudicando ou até inviabilizando safras inteiras. Uma solução apresentada propõe o plantio de variedades transgênicas de soja e milho resistentes a um defensivo mais agressivo, o 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético). Nota do site=a DIOXINA).

Ambientalista e biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hermandéz é assassinado no Sul Fluminense.

Corpo de biólogo espanhol é achado perto de cachoeira. Ambientalistas que atuam na região do Parque Estadual Cunhambebe, no Sul Fluminense, consideram que o assassinato do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hermandéz, nas imediações do parque, seja um caso de morte anunciada. Hernández, que tinha 49 anos e estava há pelo menos uma década fixado ali, vinha se indispondo com pessoas que praticavam crimes ambientais. Matéria de Roberta Pennafort, da Agência Estado.

Baú do desmatamento aberto na Amazônia.

A rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), é uma das portas de entrada – e saída – do desmatamento na Amazônia oriental, região alvo de observação e acompanhamento do Greenpeace há alguns anos. Em sobrevoos recentes realizados nas áreas adjacentes à estrada, nossas equipes detectaram o progressivo avanço da degradação florestal, dessa vez sobre as áreas protegidas, especialmente a Terra Indígena Baú, do povo Kayapó. Isso demonstra, na prática, a consolidação da investida da bancada ruralista do Congresso Nacional contra os territórios indígenas e seus direitos adquiridos. O levantamento foi publicado em reportagem na edição de hoje do jornal O Globo.

“Me sinto em um lugar onde direitos humanos não existem”, diz secretário da Anistia Internacional no MS.

Uma comitiva da Anistia Internacional visitou nesta quarta-feira, 7, comunidades indígenas Guarani Kaiowá da região de Dourados (MS). Durante o encontro, lideranças Kaiowá, Guarani, Terena, Kinikinau e Ofayé se encontraram com o secretário geral da entidade, o indiano Salil Shetty, para denunciar a demora na demarcação de terras e as violências sofridas por estarem fora de seus territórios tradicionais ou confinados em pequenas reservas.

CNA estima redução de 48 milhões de hectares de área agricultável devido a demarcações.

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse, na quarta-feira (10), que o país corre o risco de diminuir em 48,8 milhões de hectares (ha) o tamanho das áreas de produção agrícola, entre 2011 e 2018, caso sejam mantidas as médias de demarcação de terras indígenas e de unidades de conservação ambiental dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Isso, segundo ela, representaria no período, uma perda de R$ 204,6 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país -, considerando o preço de R$ 4,19 mil por hectare.

Insegurança alimentar é resultado de um contexto político, econômico e social.

A fome no Brasil é um “fenômeno socialmente produzido e reproduzido, pela mão do homem, que iniciou com a usurpação de terras indígenas pelos colonizadores, que deram origem a nossa aristocracia rural”, diz Brizabel da Rocha, autora de Política de segurança alimentar nutricional e sua inserção ao sistema único de assistência social (São Paulo: Paco Editorial, 2012). Ao avaliar as políticas públicas brasileiras de combate à fome, ela enfatiza que “desde a República até o nosso século encontramos políticas públicas reprodutoras da pobreza, na tentativa de sua superação, com supremacia dos interesses econômicos sobre os direitos sociais”.