Fracasso da Rio+20, artigo de Frei Betto.
Terminou em fracasso a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. Foram gastos US$ 150 milhões para promovê-la. Dinheiro jogado fora. Teria sido mais bem utilizado na preservação de florestas.
Terminou em fracasso a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. Foram gastos US$ 150 milhões para promovê-la. Dinheiro jogado fora. Teria sido mais bem utilizado na preservação de florestas.
"Em matéria de "capital natural" o Brasil ainda se situa em 5.º lugar entre os países estudados pela Universidade da ONU e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Mas essa não é a nossa prioridade, quando ainda parecemos imersos numa mistura de desenvolvimento econômico a qualquer custo e política externa independente, como se estivéssemos no fim do governo Kubitschek e início do governo Jânio Quadros", constata Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 29-06-2012.
“Nada como um dia após o outro para comprovar o que realmente interessa ao Governo e o que o mesmo despreza”, analisa Afonso Maria das Chagas, mestrando do PPG em Direito da Unisinos e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos, ao comentar a Medida Provisória no. 558, que altera a redução de 07 áreas de Preservação ambiental na Amazônia, para construção de Usinas Hidrelétricas, Regularização fundiária e Projetos de mineração.
Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, nos enviou o artigo que o IHU da Unisinos publicou a seguir.
"Barulho fizemos e até bastante. Mostramos, sobretudo no Aterro do Flamengo, a vibrante e até alegre diversidade que caracteriza os povos abrigados pelo Planeta Terra. Mas, é necessário reconhecer, faltou gente e nos faltou força para criar uma real densidade política democrática capaz de inverter o jogo ou, ao menos, ameaçar. Também, não conseguimos superar a nossa fragmentação", avalia Cândido Grzybowski, sociólogo e diretor do Ibase, em comentário publicado no sítio do Ibase.
Rio de Janeiro, Brasil, 18/6/2012 (TerraViva) O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, acredita que ele a Cúpula dos Povos coincidem quanto ao atual modelo econômico ter causado o colapso ambiental. Porém, o diálogo sobre como substituí-lo se transformou em áspero debate.
Rio de Janeiro, Brasil, 25/6/2012 (TerraViva) – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terminou com ganhadores e perdedores, mas principalmente com perdedores. A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil, junto com as grandes empresas, deram um giro positivo no resultado da Conferência, realizada 20 anos depois da Cúpula da Terra.
A declaração final da Rio+20 desapontou os que esperavam metas e prazos - respaldadas por transferências de dinheiro e tecnologia - para a conversão da produção e do consumo para padrões ambientalmente sustentáveis. Mas essa não era a ambição do Brasil nem de seus principais parceiros: China e Índia. Daí a discrepância entre a visão de sucesso de seus governos e a denúncia geral de fracasso por outros países e pelas organizações não governamentais.
"O primeiro obstáculo é o próprio consumidor", comentou um dos painelistas dos Diálogos do Desenvolvimento Sustentável, na fase inicial da Rio+20, sobre uma das respostas acordadas para lidar com o esgotamento dos recursos naturais do planeta, o consumo sustentável.
Longe das discussões políticas e da retórica anticapitalista de alguns, a Rio+20 pode ser considerada um sucesso para ONGs e empresas que apostaram no evento como oportunidade de concretizar parcerias e projetos.