Agrotóxico (Pág. 35 de 37)

Agronegócio avança no Baixo Parnaíba e preocupa pesquisadores.

O interior do Maranhão, especificamente a região de Baixo Parnaíba, que desponta como uma nova fronteira agrícola, principalmente para o plantio de soja e milho, começa a preocupar pesquisadores pelo fato de representar uma ameaça à produção de culturas tradicionais, como o babaçu e pequi; à agricultura familiar que abastece a população local, e ao meio ambiente.

População não conhece os riscos dos agrotóxicos.

Mesmo sob a crescente pressão da sociedade civil, quem vive na área rural do Brasil ainda é constantemente impactado por agrotóxicos pulverizados nas lavouras de monocultura do país. Muitas vezes, estes produtos são aplicados a menos de dez metros de escolas e residências. O pior: em casas de pequenos agricultores, que não fazem ideia dos riscos, acabam se tornando embalagem para acondicionar até comida. A situação é descrita no “Dossiê sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde no Brasil” feito pelos principais pesquisadores de saúde do país, ao qual o Razão Social teve acesso, e que será apresentado no Congresso Mundial de Nutrição Rio 2012, na próxima sexta-feira, em Brasília.

Anvisa defende regulação do mercado de agrotóxicos.

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Álvares, defendeu a necessidade de regulação do setor de comércio de agrotóxicos. Dados divulgados pela agência ontem (11) mostram que apenas metade dos registros aprovados pelo órgão para que o produto seja vendido no Brasil resulta em produção e venda de fato.