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Agrotóxicos e transgênico podem ser barreira para exportação para Europa.,

A ministra de Agricultura Katia Abreu veio à Bruxelas esta semana com uma difícil missão: convencer os europeus a aumentarem as exportações brasileiras de produtos agropecuários por meio da assinatura de um acordo sanitário entre Brasil e a União Europeia (UE). Pelo twitter, a ministra se mostrou otimista com a recepção das autoridades europeias no Parlamento Europeu e na Comissão Europeia -instituições fundamentais para criação e execução das leis na UE. Os europeus, porém, também sinalizaram que não estão dispostos a abrir mão de certas regras de vigilância sanitária, sobretudo no que diz respeito ao uso de agrotóxicos e a produção de alimentos transgênicos –amplamente difundidos no Brasil.

Brasil lança plano de combate a poluentes cancerígenos, destaque agrotóxicos.

O governo brasileiro concluiu o texto final do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. O documento traz medidas de controle relacionadas ao uso, à produção, importação, exportação e à disposição final de substâncias poluidoras, conhecidas como Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)(Nota do site: destaque para agrotóxicos e resinas com cloro como o PVC).

Brasil lidera consumo de agrotóxicos no mundo e Inca pede redução do uso.

Relatório divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Nacional de Câncer, o Inca, pede a redução do uso de agrotóxicos no país. O texto cita que o Brasil se tornou o maior consumidor desses produtos no planeta, ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas em 2009, equivalente a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante. A informação é do estudo “Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida”, publicado em 2011 pela pesquisadora Flavia Londres.

Agência Reuters publica reportagem especial sobre o mercado brasileiro dos agrotóxicos proibidos.

Uma reportagem especial publicada pela agência Reuters, nesta quinta-feira 2 de abril, mostra a realidade do uso de agrotóxicos no país, com destaque para o município de Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. Segundo trabalho do repórter Paulo Prada, enviado especial ao local, o Brasil superou os Estados Unidos como o maior importador de agrotóxicos em todo o Mundo. Por esse motivo, o país se tornou um mercado atraente para substâncias proibidas ou que tiveram a produção suspensa em países mais ricos por riscos à saúde e ao meio ambiente.

Carta da ABRASCO contra o PL que prevê acabar com a rotulagem dos transgênicos.

As organizações signatárias solicitam que Vossas Excelências rejeitem a votação do Projeto de Lei 4.148, de 2008, de autoria do Deputado Luis Carlos Heinze, além de extinguirem de seu regime de urgência, pois tal projeto nega o direito do consumidor à informação sobre a presença de transgênico em alimentos. A iniciativa também ignora a vontade da população que, segundo diversas pesquisas de opinião, já declararam querer saber se um alimento contém ou não ingrediente transgênico (74% da população – IBOPE, 2001; 71% – IBOPE, 2002; 74% – IBOPE, 2003; e 70,6% – ISER, 2005).

“Eucalipto transgênico representa um risco à saúde pública”.

Em artigo enviado ao Jornal da Ciência, Nagib Nassar, professor emérito da UnB, alerta sobre riscos devidos à possível aprovação do eucalipto transgênico pela CTNBio na próximas semanas. Depois do milho transgênico com suas variedades tóxicas e até fatais, chegou a vez deste tipo de transgênico. Nele é introduzido um gene que acelera o crescimento além de outro que confere resistência a antibióticos.

“A concentração dos recursos destrói a natureza e coloca vidas humanas em risco”, afirma Vandana Shiva.

Para a filósofa, física e ‘ecofeminista’ indiana Vandana Shiva, a concentração de riqueza do 1% da população não é apenas injusta. “É a receita para um genocídio e um ‘ecocídio’ mundial”, disse a ativista antiglobalização em sua visita à Espanha, neste mês de março, por ocasião da primeira edição do Parabere Fórum, em Bilbao. A filósofa voltou a disparar contra os dois inimigos sobre os quais articulou sua luta: o controle dos recursos naturais, por meio de patentes conferidas para grandes multinacionais, e os organismos geneticamente modificados (OGM) destas corporações.