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Onde está o nó da questão ecológica (I)?

“Segundo o bioquímico e divulgador de assuntos científicos Isaac Asimov, é o grande legado das viagens espaciais: a unicidade da Terra e da Humanidade. Lá de fora, das naves espaciais e da Lua, diz ele e o confirmaram os astronautas, não há diferença entre ser humano e Terra”, escreve Leonardo Boff, ecoteólogo e escritor. Segundo ele, “devemos mudar nosso olhar sobre a Terra, a natureza e sobre nós mesmos. Ela é nossa grande mãe que como nossas mães merece respeito e veneração. Quer dizer, conhecer e respeitar seus ritmos e ciclos, sua capacidade de reprodução, não devastá-la como temos feito desde o advento da tecnociência e do espírito antropocentrista que pensa que ela só tem valor na medida em que nos é útil. Mas ela não precisa de nós. Nós precisamos dela”.

Para evitar o holocausto biológico: aumentar as áreas anecúmenas e reselvagerizar metade do mundo, artigo de José Eustáquio Diniz Alves.

O ser humano é uma das espécies caçulas da Terra. O Homo Sapiens surgiu na África a cerca de 200 mil anos e se espalhou por todo o território mundial. As grandes migrações do passado e o processo de globalização têm tornado o mundo cada vez mais ecúmeno, com impactos crescentes das atividades antrópicas sobre o meio ambiente e a redução das áreas anecúmenas. O termo anecúmeno designa uma área da superfície terrestre emersa que não seja habitada pelo ser humano de forma permanente, opondo-se ao termo ecúmeno que designa uma área onde os humanos permanecem no presente.

A natureza tem uma ótima maneira de estocar água.

É crescente o número de municípios que sofre crises no abastecimento de água. Em tempos de variabilidade climática e de imprevisibilidade no padrão de chuvas essas crises se tornam mais frequentes e graves. Dispor de reservas de água capazes de abastecer as necessidades humanas em períodos de seca é fundamental para a segurança hídrica local. Prover água de forma segura e permanente demanda estocá-la, gerir bem o estoque e distribuí-la de modo eficiente. Estocada, ela se torna uma poupança valiosa. Para isso, a capacidade de planejamento e gestão precisa ser aprimorada.

Romana e o bilionário do amianto: a dor que não prescreve.

“No tribunal, ao ver agigantar-se diante dela o espectro aniquilador da injustiça, Romana só conseguiu encontrar um adjetivo: ‘Abominável’. Depois, diria: ‘Estou cansada. Cansada de sofrer e de ver as pessoas morrerem ao meu redor. A decepção dói como eu jamais poderia imaginar'”, escreve Eliane Brum, escritora, repórter e documentarista, em artigo publicado pelo jornal El País, 24-11-2014.

O consumo sustentável como item de sobrevivência para o futuro.

Duas datas em outubro convidam o brasileiro para repensar seu papel diante da sustentabilidade. A primeira é o Dia do Consumo Sustentável, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente em 15 de outubro de 2009 para despertar a atenção das pessoas sobre o tema. Quatro dias depois, temos o início do horário de verão para a maioria dos estados brasileiros. O objetivo é prático: adiantar uma hora nos relógios para estender o dia e economizar energia. Porém, mesmo com eventos tão importantes, o país continua longe de implementar o consumo consciente na sociedade.